Cada vez mais os gatos conquistam famílias com a sua personalidade forte, independência e peculiaridades. O comportamento dos bichanos, que muitas vezes é um mistério até mesmo para os verdadeiros “gateiros”, ainda causa dúvidas. Não se sinta só se você já se perguntou “Porque os gatos ronronam?”, ou então, “O que será que os gatos pensam?”. A veterinária Letícia Stella explica como os gatos enxergam o mundo.
O que será que os gatos pensam?
Mesmo sendo um assunto muito discutido, nenhum especialista chegou a uma resposta conclusiva. Segundo Letícia, as pessoas cometem o erro de pensar que os gatos são animais anti sociais e até mesmo “interesseiros”, comparando-os a cães.
“É nítida a diferença de comportamento entre um cão e um gato, pois são espécies diferentes. Alguns estudiosos afirmam que os gatos nos veem como ‘gatos maiores’, pois seu comportamento com o ser humano é parecido com o feito com outros da sua espécie. Claro que o comportamento dos felinos pode sim variar de um para o outro, e cabe a nós nos atentarmos quando os pets mudam repentinamente a rotina, pois pode ser um sinal de que algo não vai bem”, informa.
O comportamento do seu felino mudou? É hora de ligar o alerta!
Segundo a veterinária, qualquer sinal de mudança repentina no comportamento dos gatos pode ser sinal de que o animal está doente ou estressado. Alguns comportamentos que podem demonstrar que a saúde dos bichanos está comprometida, são:
– Parar de se alimentar ou diminuição do apetite;
– Diminuir ou aumentar o consumo diário de água;
– Não urinar ou defecar em quantidades e intervalos regulares;
– Não brincar como de costume;
– Mostrar indisposição;
– Vocalizar (miar) de forma diferente da habitual;
– Ter coceiras intensas;
– Parar de pular ou subir em objetos como de rotina;
– Lamber apenas um local do corpo com uma frequência maior.
Letícia ressalta que, qualquer alteração no comportamento, por mínima que seja, deve ser levada em consideração. Assim, o tutor deve prontamente levar o bichano ao médico veterinário para entender melhor essas mudanças.
Comunicação entre os felinos e seus tutores
Os gatos utilizam da linguagem corporal para se comunicar com outros gatos e com seus tutores. É comum que os bichanos “ronronem” quando estão felizes e satisfeitos, porém, alguns estudos demonstram que o ronronar também pode estar associado à fome ou até mesmo à dor. “Ronronar nesse caso, seria para estimular o sistema defensivo.
Deve-se observar quando o ronronar do gato se associa a algum comportamento que difere do normal. Os gatos têm como hábito se esfregarem em outros gatos ou em seu tutor, o que demonstra carinho e confiança. Outro exemplo de comunicação corporal envolve as orelhas. Quando estão abaixadas, demonstram medo, já quando estão erguidas e para trás, demonstram confiança e agressividade.”, informa a profissional.
Afinal, posso ou não dar banho no meu gato?
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é proibido dar banho em gatos, mas também não é preciso dá-los com frequência. Segundo a veterinária, os pelos dos bichanos produzem óleos naturais, que são essenciais para a saúde da pele e dos pelos. Quando os banhos são frequentes, a produção destes óleos fica prejudicada, portanto, cada animal deve ser avaliado de forma individual.
Geralmente, uma boa escovação já é suficiente para manter os pelos saudáveis. O banho a seco é uma alternativa menos estressante para o animal. Caso opte pelo banho tradicional use produtos adequados, seque bem o pet e após o banho recompense-o para que ele não fique estressado e se afaste depois do banho”, complementa.
Gato saudável, gato feliz!
A veterinária avisa que para manter seu bichano feliz e com uma vida confortável, além de muito amor e carinho, é preciso se atentar aos detalhes da comunicação do animal com o ambiente. “É importante enriquecer o ambiente com brinquedos, comedouro interativo, prateleiras e casinhas no alto. Além disso, uma alimentação de boa qualidade é fundamental para manter o pet sempre bem nutrido e saudável. Ainda falando em saúde, a castração ajuda a evitar vários problemas comportamentais e muitas doenças.
É de extrema importância que seu gatinho esteja com as vacinas em dia e tenha sempre um acompanhamento com o médico veterinário de confiança para ter uma vida feliz, confortável e longeva. Por fim, a caixinha de areia deve estar sempre limpa e é recomendado que haja duas caixas para cada gato”, finaliza.
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