Pessoas com paralisia grave de nervos e músculos têm imensas dificuldades para interagir por meio de conversas. Mas um novo dispositivo médico desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Loughborough (instituição pública da Inglaterra) pode causar uma reviravolta e beneficiar quem enfrenta essa dificuldade. O aparelho, considerado o primeiro do tipo, capta a respiração dos pacientes para transformar em voz. Com isso, eles conseguem ter uma alternativa para expressarem-se.
Existem diversos aparelhos de Augmentative Alternate Communication (AAC) que são usados em pacientes com paralisias das mais diversas origens e amplitudes. A tecnologia destes produtos disponíveis varia bastante e vai de soluções que necessitam de um quadro, com figuras e palavras, até a complexos sistemas com sensores digitais. No geral essas máquinas trabalham captando movimentos das pálpebras, globo ocular ou algum músculo da face. Um dos mais conhecidos, liberado recentemente pela fabricante, ajuda o cientista Stephen Hawking a comunicar-se.
Mas esse novo desenvolvimento inglês foi criado para os pacientes que nem sequer conseguem fazer esses movimentos. O novo dispositivo também tem a capacidade de aprender com os sinais do usuário.
Um software reconhece os padrões de respiração e velocidades e transforma isso em fala. A mesmo tempo, armazena as informações e vai catalogando o que é comum na expressão e trata isso como um vocabulário. Com isso, há a possibilidade de criar uma linguagem própria.
A equipe diz que conseguiu 97,5% de sucesso com o aparelho. Os pesquisadores também garantem que é o AAC mais rápido para esse fim, já que analisa vários sinais ao mesmo tempo e guarda-os na memória. O grupo de tecnologia da Universidade de Loughborough tem planos de expandir o uso do novo AAC em outras situações do setor de saúde. Eles acreditam que poderia ser usado em pacientes que estão em ambientes de cuidados intensivos e não conseguem falar por terem outras máquinas de monitoração ou terem sofrido algum dano que os impeça.
Assista ao vídeo divulgado pelos pesquisadores ingleses.
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