Tido como a terceira atividade ilícita mais praticada do mundo, o tráfico de animais silvestres é altamente rentável no Brasil. No país, a lei dos crimes contra a fauna ainda não é rígida como poderia (e deveria) ser, e assim acaba sendo um ótimo custo-benefício para o criminoso. Isso tudo foi documentado em um filme! [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Em 2003, a polícia civil apreendeu, num posto de gasolina em Guarulhos, um caminhão proveniente do Nordeste. A carga? Na parte inferior, tambores com produtos químicos e, acima deles, 4.300 animais: 97 saguis, 64 iguanas e os demais, aves. Essa foi uma das muitas histórias relatadas durante o debate que se seguiu após a exibição do documentário E agora? O tráfico de animais silvestres no Brasil, de Humberto Bassanelli, na segunda-feira, 11/12, no Auditório Augusto Ruschi, da Secretaria do Meio Ambiente.
Participaram do debate Roberto Cabral Borges, coordenador de Operações e Fiscalização do IBAMA; Paulo Demarchi, da Polícia Rodoviária Federal; Cel. Alberto Sardilli, comandante da Polícia Militar Ambiental; Sergio Marçon, coordenador da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental; Vilma Geraldi, do Departamento de Fauna da CBRN; e Juliana Machado, da ONG Freeland Brasil, que intermediou o bate-papo que procurou responder à questão do filme: e agora?
A plateia teve acesso a muitos números e informações importantes desta triste realidade brasileira. De acordo com o Cel. Alberto Sardilli, de agosto de 2016 a agosto de 2017, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 4.785 animais. O número nacional chega à casa de 25 mil animais silvestres provenientes de diversas regiões do país. Recolocar esses animais na natureza torna-se praticamente impossível devido aos altos custos e diversas questões técnicas envolvidas. Então, o que fazer com esses animais? E agora? Acompanhe o trailer:
O consenso entre os debatedores é que deve haver alterações na legislação e, também, intensificação na educação ambiental, sobretudo com as crianças. “Se não houvesse a demanda, não haveria o tráfico”, afirmou Roberto Cabral, do Ibama. Prosseguiu dizendo que “se as crianças participarem de programas de educação ambiental, elas vão cobrar os pais por manter um passarinho na gaiola. Isso tem que começar agora. Se fizermos trabalho consistente, daqui a 30 anos não haverá pássaros engaiolados”.
Gostou do tema? Prestigie o filme!
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