Em junho de 2009, a Apple já havia dado a volta por cima e reconquistado o glamour de décadas passadas. Seus produtos ganhavam rapidamente mercado e a marca tornava-se cada vez mais forte. O arquiteto da mudança foi o então CEO Steve Jobs, que havia sido reconduzido ao cargo em 1997, após ter sido demitido em 1985. Jobs morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos de idade, devido a um câncer pancreático. Mas em 2009, o executivo viveu uma saga para conseguir doador de fígado.
Em janeiro daquele ano, Jobs pediu afastamento para tratar da saúde. Ele havia aparecido bem mais magro em um evento e especulações sobre sua saúde começavam a afetar as ações da empresa em bolsa. O executivo vinha de uma luta contra um tumor do tipo neuroendócrino de pâncreas e os acionistas temiam uma falta de planos de sua substituição. Sabia-se que Jobs precisava de um transplante de fígado para evitar proliferação da doença.
Espera que não se esquece
A fila de transplante de fígado nos Estados Unidos não é diferente da maioria dos países. Cerca de 120 mil americanos pela mesma saga de Jobs em conseguir um doador, algo angustiante. No livro Becoming Steve Jobs, (Tornando-se Steve Jobs na tradução livre) os jornalistas norte-americanos Brent Schlender e Rick Tetzeli, descrevem que o atual CEO da empresa, Tim Cook, chegou a oferecer parte de seu órgão para o transplante. Oferta recusada por Jobs, mas que mostra – além da proximidade dos dois – o ponto dramático que chegava a situação.
Em junho de 2009, Jobs foi submetido à cirurgia e recebeu um fígado novo. Mas essa angustiante espera não saiu da cabeça de Tim Cook. Em uma entrevista à Associated Press, o CEO da Apple disse que o novo iPhone a ser lançado trará um botão para doação de órgãos nativo na atualização do sistema operacional iOS 10.
A funcionalidade foi integrada no aplicativo Saúde e permitirá aos utilizadores tornarem-se dadores, sem burocracia. Cook confidenciou que a funcionalidade foi inspirada em Steve Jobs e na sua espera por um transplante de fígado em 2009. “Assistir tudo aquilo, vê-lo todos os dias, naquela espera e sem saber quando – foi algo que ficou comigo e deixou impressões que eu nunca vou esquecer”, disse Cook,
A aposta em apps e funcionalidades relacionadas com a área da saúde tem sido frequente por parte da Apple. Para muitos, esse ramo novo para as empresas de tecnologia é visivelmente o futuro dos relógios e pulseiras inteligentes, assim como outros wearables.
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