Cada vez mais próxima do fim, a guerra pela audiência nas redes sociais está polarizada. O vencedor já é certo – o Facebook atingiu a marca de 2 bilhões de usuários mensais. Isso só contando o site e sem levar em conta seus outros braços, como o Whatsapp, o comunicado Facebook Messenger e o Instagram. Em segundo lugar, com cerca de 1,5 bi, está o Youtube. E, sinceramente, esqueça o resto do ranking. Os números foram divulgados pelo próprio Facebook, em um comunicado oficial ao mercado e à imprensa, além de um festivo post do CEO e fundador Mark Zuckerberg em seu perfil oficial.
O patamar de audiência da rede social é impressionante. O planeta inteiro tem 7 bilhões de pessoas. E com esse volume e importância, o Facebook chega a um momento de repensar sua própria existência. Os desafios para o futuro são enormes.
A empresa, e a rede social, ficaram marcadas no último ano por ajudar a disseminar notícias falsas e pós-verdades. A eleição de Trump nos Estados Unidos foi um marco nisso. Temia-se uma falta de controle total nesse aspecto, mas a empresa conseguiu dar, ao menos, algum rumo para práticas de eliminação de conteúdo falso.
Porém, o aspecto mais desafiador do futuro do Facebook é sua fonte de receita. Desde sua virada de uma startup criada por estudante para um modelo de negócio, a rede depende de anúncios para fazer lucro. Com 2 bilhões de utilizadores, parece não haver dificuldade nisso. Só que as coisas não são assim.
O próprio consumidor digital, a mobilidade e a comunicação imediata das redes sociais estão transformando a experiência de compra. Isso tem gerado impacto em diversas empresas e o Facebook não é diferente. A empresa precisa evoluir para uma forma menos intrusiva de propaganda e mais adaptada à experiência do usuário.
Atualmente, o Facebook utiliza vídeos que reproduzem automaticamente, com som, algo que já foi banido por Apple e Google.
Comunidade
Com o tamanho conseguido, o Facebook tem outro problema. A empresa começa a virar vidraça para uma série de demandas da sociedade. Não por acaso, anunciou há poucos dias que sua missão mudaria para um foco maior em comunidades. Lançou, conjuntamente a essa mudança, uma série de ferramentas para administradores de grupos fortalecerem e limparem suas comunidades on-line.
A incógnita é se o Facebook consegue todos esses objetivos com a mesma rapidez com que tem crescido. Sua ampliação não para. Cerca de 17% de sua base de usuários está crescendo tão rápido ou mais rápido do que qualquer ano desde 2012. E 66% dos usuários mensais do Facebook retornam todos os dias agora. Quando a rede atingiu 1 bilhão de usuários, esse dado era de 55%.
O equilíbrio entre sucesso de negócio, lucratividade e adequação social é complicado para qualquer empresa. Muitas sequer sobrevivem quando se agigantam. O Facebook está chegando a esse limite e há muita torcida para que a rede se desenvolva bem nos caminhos escolhidos.
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