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Duas gigantes cortam vagas e mostram que a tecnologia não é uma festa



O setor de tecnologia é invejado por muitos. Dinheiro aos montes, pesquisas de produtos incríveis, inovações toda semana e um glamour que poucos podem exibir. Mas a vida não é fácil nesse mercado. Essas próprias características que fascinam também arrastam qualquer empresa para a dificuldade. Basta uma mudança, uma novidade, e tudo vira do avesso.

Quando a Lenovo comprou a operação de computadores da IBM, o mundo notou que a tecnologia estava mudando. Por um lado, uma empresa tradicional estava concentrando-se em serviços – e isso era o que todos viam como mais lucrativo. Por outro, uma estreante chinesa ficava mais musculosa para lançar equipamentos bons de suas fábricas. Todos também sabiam que, se tem fábrica no meio, o negócio é bom pra China.

A HTC foi outro exemplo parecido. A empresa taiwanesa foi fundada em 1997 e foi ganhando o mercado de celulares e smartphones aos poucos, até tornar-se uma das principais marcas por volta de 2010, quando entrou com força no mercado chinês. Seu HTC ONE foi por muito tempo considerado um dos melhores smartphones já feitos.



Mas chegamos a 2015 e duas notícias dão sinais que as coisas já não andam bem. A Lenovo cortará 3.200 empregados. O número representa um total de 5% de sua força de trabalho, mas reflete um segundo trimestre de 2015 complicado. A queda de lucro no período foi de 51%. Culpa do mercado de computadores pessoais (PC). O consumidor tem deixado de comprar computadores de mesa (desktops) e notebooks para adquirir smartphones. T

E o maior mercado de smartphones, a China, tem uma concorrência feroz. Várias marcas e produtos realmente ótimos, com preços adequados, fazem de lá um teritório para quem gosta de emoções fortes nos balanços trimestrais. O mercado de tablets também vem decaindo e hoje já se fala que esse, na verdade, era o último suspiro do PC e não um produto novo.

Já a HTC saiu de matadora de gigantes para fantasma errante. A empresa não é mais aquele concorrente capaz de tirar nacos do mercado de Apple e Sansung. Ela divulgou que irá cortar mais de 2 mil empregos, o que dá 15% de sua força de trabalho. Os problemas são semelhantes.

É bom lembrar que a Lenovo comprou parte da antiga Motorola para entrar no mercado de smartphone, em 2014. Só que as vendas da marca adicionada caíram vertiginosamente. Podemos chamar isso de ressaca. Mas planos e produtos estão na ponta da agulha para fazer uma reviravolta nos números e voltar ao crescimento contínuo. O desafio é grande, mas certamente a resposta não está no mercado de PC e notebooks.

Já a HTC tem missão igualmente complicada. Ela já está nos smartphones e esse mercado tem estrelas novas como Xiaomi e ZTE. O corte na HTC deve fazer a empresa voltar ao lucro e aí pensar melhor numa saída. Ambas as companhias terão de apostar em algo que vá além dos smartphones. E esse futuro do mercado atualmente está tirando o sono de nove entre 10 empresas da tecnologia. As notícias e análises das notícias de HTC e Lenovo nos fazem pensar que a melhor definição do mercado de tecnologia hoje é – Não está fácil pra ninguém.

 

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