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É ficção ou realidade?

Como a higiene sanitária pode estar atrelada diretamente a demanda global por sistemas de reconhecimento facial? Parece loucura essa pergunta, mas na verdade não é.

Reconhecimento facial


Por Maria Cristina Diez *

Um relatório apresentado pela Allied Market Research, organização norte-americana que busca compreender a aplicação de novas tecnologias no cotidiano, esclarece e certifica a resposta para tal dúvida.

Conforme o documento, este tipo de tecnologia permite a extinção do contato para acessibilidade de sistemas digitais, usando apenas a captação da imagem da face como chave de acesso. Num momento de pandemia, quando as pessoas sequer se abraçavam, tocar telas, digitar senhas e qualquer outro tipo de contato físico tornou-se antiquado e, por segurança, o mundo precisou atualizar.



Foi neste momento de distanciamento que empresas produtoras de tecnologia de reconhecimento facial perceberam um mercado promissor. Se para alguns essa realidade era remota e até roteiro de filmes de Hollywood, para outros foi uma oportunidade assertiva de negócios presentes em um gargalo que acompanha o futuro tecnológico. Longe da ficção, ainda segundo o relatório da Allied Market Research, a demanda global por este serviço movimentou US$ 3,78 bilhões, ou cerca de R$ 21 bilhões, apenas em 2020.

Este cenário veio para ficar. Outro ponto concordante quanto a permanência da tecnologia no mundo vem novamente da pesquisa desenvolvida pela Allied Market Research, a qual tem projeções mais otimistas para 2021 e 2022, calculando a possibilidade de um faturamento na casa de US$ 9,6 bilhões em todo o mundo, o que deve ficar em torno de R$ 53 bilhões.

Mas o que são sistemas de reconhecimento facial?
Basicamente se trata de uma forma de identificar ou confirmar a identidade de uma pessoa usando apenas o rosto. Nós introduzimos o reconhecimento facial à categoria de segurança biométrica, permitindo que sistemas especializados realizem o reconhecimento de traços ou pontos dos rostos. Em muitas vezes, a tecnologia é usada para segurança, seja para proteção de dados, acesso a espaços, pagamentos, entre outros.

Tomando o reconhecimento facial como base, são muitos os tipos de produtos e serviços desenvolvidos a partir deste princípio. O que eles têm em comum, além obviamente do registro facial, é a promoção de maior segurança e validação de informações para que tanto o usuário quanto o desenvolvedor possam ser assegurados da possibilidade de fraudes.

Muitas pessoas estão familiarizadas com a tecnologia de reconhecimento graças ao Face ID, que é uma forma de desbloqueio de aparelhos celulares, mas ele é muito mais que isto. Além de desbloquear telefones, o reconhecimento facial funciona fazendo a correspondência entre os rostos de pessoas que passam por câmeras especiais com imagens em uma lista de observação.

Estes avanços indicam que há um novo horizonte para o qual aponta a inteligência artificial. As tecnologias da informação são capazes de oferecer um nível de segurança absoluta aos usuários sem sequer haver a necessidade do toque. Segurança, aos olhos de quem aposta na tecnologia, passa a ter um sentido mais amplo. Vai além dos dados e passa também pela própria forma de captação das informações por meio da biometria. A tecnologia é capaz de proporcionar proteção à própria saúde.

* Maria Cristina Diez é diretora comercial e de marketing da Most Specialist Technologies

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