Em tempos de atritos entre grandes potências nucleares e um tirano belicista querendo se impor às nações livres, o futuro da humanidade começa a ser um jogo de adivinhações entre os poderosos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz bravatas ao ditador da Coreia do Norte, ditador Kim Jong-un, após esse ter afirmado possuir uma bomba de hidrogênio e alguns dias após ter lançado um míssil sobrevoando território japonês. Há tensão suficiente para o mundo pensar: vem 3a. Guerra Mundial aí.
Mas não é assim que pensa o excêntrico milionário CEO da Tesla (fabricante de carros elétricos esportivos), Elon Musk. O executivo é considerado um visionário, pelo menos no campo dos negócios. Após o sucesso de seus potentes veículos elétricos, ele investe em energia solar para residências e transporte público de massa com uma espécie de trem de alta velocidade e sustentável (o Hyperloop). Tem também grande interesse em viagens espaciais e, ao que parece, um grande temor que é bem diferente da picuinha destrutiva entre EUA x Coreia do Norte.
“A Coreia do Norte deveria ser uma preocupação secundária para nós”, disse Musk em sua conta pessoal do Twitter. O executivo usou o final de semana para dar sua visão sobre a 3a. Guerra. “A corrida para a superioridade de IA (inteligência artificia) entre nações, será a causa mais provável da WW3 (sigla em inglês para a terceira guerra mundial).”
Em uma série de posts, Musk defendeu essa visão durante o final de semana. “Os governos não precisam seguir as leis normais”, escreveu ele em um tweet. “Eles obterão IA que será desenvolvida por empresas, sob a mira de armas, se necessário”, postou em tom pouco animador.
Suas declarações públicas na rede social ocorreram pouco tempo depois de o presidente da Rússia Vladimir Putin ter também se referido ao tema. “A inteligência artificial é o futuro não só da Rússia, mas de toda a humanidade”, disse Putin. “Quem se tornar o líder nesta esfera se tornará o governante do mundo”.
Corrida da inteligência
A tecnologia de IA avançou rapidamente nos últimos anos. Ela saltou de tema de ficção científica para produtos disponíveis bem mais rápido do que se imaginava. Avanços na computação de alta capacidade, melhoramentos na forma como os dados são cruzados e acesso a esse universo de informações que antes estavam estanques foram as principais causas. Em pouco mais de três anos, a IA passou de algo interessante para o futuro para uma realidade presente.
Musk está correto quando analisa a corrida da IA por grandes nações. A China já disse que investirá pesado para dominar esse mercado, Rússia e Estados Unidos são as outras grandes potências que já divulgaram intenções semelhantes.
O milionário empreendedor parece ter mais do que um receio do que seria a IA nas mãos de governos que adoram guerras. Para ele, a IA pode começar a 3a. Guerra Mundial “se decidir que um ataque preventivo é o melhor caminho”.
Atritos
A visão de Musk sobre o apocalipse e a AI é conhecida. Sempre que tem oportunidade ele traz o tema à tona. Recentemente, ele se envolveu em uma rusga com o dono e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que chamou a teoria de Musk de sombria e irresponsável. O CEO da Tesla, por sua vez, disse que Zuckerberg era limitado.
A IA tem tomado mais do que o tempo nos finais de semana de Musk. O milionário abriu duas novas frentes de negócio nesse ramo. A OpenAI, uma empresa de pesquisa sem fins lucrativos, e a Neuralink, uma companhia que trabalha em um dispositivo para conectar o cérebro humano com computadores para que haja equilíbrio nessa nova forma de criar, fazer negócios e conduzir o destino de nações.
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