A economia, aos poucos, vai mostrando sinal de melhora no país. Mas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil finalizou o ano de 2017 com o fechamento de 20,8 mil postos formais de trabalho. O número, que é a diferença entre as contratações e as demissões no país, é o melhor dos últimos três anos. A região sudeste é que teve mais demissões, com um saldo de – 76 mil vagas, já a região sul a que teve o segundo melhor resultado, com um resultado positivo de 33 mil vagas.
Santa Catarina foi o estado que mais gerou empregos no país. Nos últimos 12 meses, foram abertas 29,4 mil vagas formais, sendo que as empresas catarinenses de tecnologia e informação foram responsáveis por 1,5 mil oportunidades no período, representando 5% do total no estado. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Daniel Leipnitz, isso se deve ao fato de as empresas de tecnologia, ao contrário da maioria dos outros setores, enxergarem oportunidades e crescerem mesmo em cenários econômicos desfavoráveis. “Ao desenvolver soluções que podem ajudar empresas de todos os segmentos a economizar ou vender mais, as empresas de tecnologia conseguem fazer da crise um momento para inovar e auxiliar outros setores a se reerguer”, explica.
Além de empresas consolidadas e scale-ups de destaque – como a Softplan, que abriu mais de 350 vagas; Resultados Digitais, com mais de 300 contratações na equipe, e a Involves, que aumentou seu quadro de colaboradores em 55% -, as pequenas empresas se destacaram no cenário de contratações em Santa Catarina. A startup Smarket, por exemplo, que desenvolve tecnologias voltadas para o varejo, ampliou a equipe em mais de 50% e abriu sete vagas em 2017. “O perfil de rápido crescimento das startups naturalmente impulsiona o aumento das contratações, abrindo oportunidades principalmente para profissionais qualificados e com perfil inovador”, afirma a CEO Marcela Graziano.
Expectativas
Para 2018, o cenário não é muito diferente no setor de TI em Santa Catarina. Além das pequenas empresas, representantes tradicionais, como é o caso da Paradigma Business Solutions, pioneira no desenvolvimento de soluções digitais para gestão de negócios em compras públicas, setor privado (SRM – Supplier Relationship Management) e energia (ETRM – Energy Trading and Risk Management). A empresa prevê 15 novas admissões até o final de fevereiro, tanto no estado quanto fora dele. A perspectiva é aumentar o quadro de funcionários na sede da organização em Florianópolis, que passará por uma ampliação ainda este ano.
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