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Empresas com maior diversidade de gênero são mais lucrativas, aponta estudo



Um novo estudo da consultoria McKinsey mostra que as empresas com maior diversidade de gênero são 21% mais propensas a desfrutar de uma rentabilidade acima da média do que as empresas mais homogêneas.

No caso da diversidade étnica, o impacto é maior ainda: as companhias mais inclusivas são 33% mais propensas a desfrutar de lucratividade acima da média do que as empresas menos inclusivas.

O estudo “Delivering Through Diversity” (“Entregando por Meio da Diversidade”) está sendo publicado nesta sexta-feira (19/01). Foram analisadas 1007 empresas em 12 países, com diversas métricas de diversidade e de desempenho financeiro. Os números acima são fruto da comparação do quartil superior (ou seja, as 25% mais bem posicionadas em diversidade) contra o quartil inferior (as 25% em pior colocação).



“A correlação entre diversidade e desempenho financeiro é clara em diferentes setores e geografias: equipes mais diversas equivalem a um desempenho financeiro significativo”, afirma Vivian Hunt, managing partner da McKinsey no Reino Unido e uma das responsáveis pelo trabalho.

“O caso brasileiro é muito interessante, porque somos um país com composição étnica muito diversa. As conclusões globais do estudo se replicam no Brasil. Equipes heterogêneas têm maior capacidade de pensar em soluções criativas para os desafios que surgem, ainda mais em mercados complexos como o nosso”, afirma Heloisa Callegaro, sócia da McKinsey e líder para ações de diversidade da consultoria para a América Latina.

As companhias de serviços financeiros se destacam mundialmente no quesito diversidade de gênero. Já as empresas de telecomunicações, mídia e tecnologia se destacam em diversidade étnica, mas na média contam com pouca diversidade de gênero.

Um case de sucesso no campo da inclusão apontado pelo estudo é o da Sodexo. A empresa francesa comprometeu-se publicamente a ampliar a sua diversidade em várias dimensões: gênero, pessoas com deficiência, gerações, origem e orientação sexual. O objetivo é que, até 2025, 33% dos seus executivos sênior sejam mulheres. No campo financeiro, a empresa tem uma entrega de retorno aos seus acionistas 13% acima da média do seu setor.

O relatório indica iniciativas que as empresas podem tomar para aumentar a sua diversidade:

• Os líderes devem articular uma visão clara de diversidade. Eles e seus gerentes devem ser responsabilizados por deixar isso claro para as equipes;
• Não existe solução única a ser replicada. Os esforços a favor da diversidade devem ser cuidadosamente projetados para atender às necessidades específicas de cada negócio e das suas estratégias de crescimento;
• O aumento da diversidade dentro das organizações deve ser apoiado por iniciativas para que os grupos entrantes sintam-se incluídos.

“O objetivo da McKinsey ao publicar esta pesquisa é construir uma compreensão mais detalhada e holística sobre o vínculo entre diversidade e rentabilidade da empresa, além de fornecer orientações claras e práticas de como as empresas podem usar a diversidade para ajudar a atingir seus principais objetivos comerciais. Esperamos que a pesquisa promova novos debates e mudanças tangíveis na estratégia das empresas”, completa Vivian Hunt.

Os pesquisadores reforçam que a correlação não necessariamente significa relação causal. Eles encorajam as empresas a examinar os impactos da inclusão e da diversidade fazendo suas próprias medições de produtividade, satisfação do consumidor e inovação, entre outros indicadores.

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