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Empresas de tecnologia criticam lei de imigrantes de Trump



O mundo da tecnologia está se tomando um lado nesse início de governo de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos promulgou um decreto, na última sexta-feira, 27 de janeiro, para impedir que imigrantes e refugiados de diversos países árabes entrassem em solo americano. Entre sexta-feira e domingo. Diversas empresas de tecnologia emitiram comunicados oficiais criticando a decisão. Vários dos principais executivos desse setor também se pronunciaram contra.

O decreto foi assinado na sexta-feira e causou confusão logo de início. Dezenas de passageiros muçulmanos foram detidos. Durante o final de semana, vários dos aeroportos dos EUA tiveram protestos de centenas, alguns deles milhares, de pessoas contra a lei. Advogados especializados em imigração lotaram as salas de embarque com notebooks e impressoras para liberar pessoas que ficaram detidas em salas de averiguação.

A lei de imigração foi contestada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), no sábado, e um tribunal federal impôs a primeira grande derrota de Trump frente ao Judiciário. O presidente recuou de alguns pontos da medida, como a que incluiria inclusive portadores de visto oficial de permanência (green card) serão retirados. Mas a confusão já estava feita e algumas empresas de tecnologia foram rápidas em emitir críticas em comunicados.



De uma forma geral, as empresas de tecnologia lembram que o setor depende do talento de estrangeiros. Várias das principais companhias foram fundadas por imigrantes de primeira ou segunda geração que chegaram aos Estados Unidos com a promessa de liberdade e infraestrutura para inovar. O receio geral é que isso esteja sendo dilapidado pelo polêmico governo de Trump.

Duras críticas
Foi o atual CEO do Google, Sundar Pichai, que iniciou a onda de críticas. O executivo, nascido na Índia, lembrou que a empresa e todo o setor de tecnologia americano depende de imigrantes. Mostrando-se extremamente preocupado com seus funcionários, Pichai alertou para que eles procurassem o “departamento de segurança global” da empresa para que pudessem ter apoio para sair e voltar aos EUA durante seus compromissos.

O CEO da Apple, Tim Cook, seguiu a mesma linha e disse em comunicado que “essa política não tem apoio da empresa”. A Microsoft chamou a lei de “passo fundamental para trás”. A Intel lembrou em comunicado que um dos fundadores da empresa era imigrante e apoiará funcionários impactados por qualquer lei discriminatória.

O CEO do Twitter, Jack Dorsey postou críticas em seu perfil, chamando a lei de perturbadora. A empresa, no perfil oficial dela, colocou que “foi construída por imigrantes” e “os apoiará sempre”. Reed Hastings, co-fundador e CEO da Netflix foi enfático ao apontar a lei como “antiamericana” e que “ferirá todos nós”.

Uber, AirBnb, Mozilla, Lyft, Box, foram outras empresas que criticaram a lei.

ONGs e jornalistas estão pressionando outras empresas de tecnologia e as principais companhias de todos os setores a se posicionarem sobre essa lei e outros possíveis decretos de Trump que possam causar confusão e paralisação de negócios. Muitas empresas conhecidas ainda mantém silêncio sobre isso.

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