Com o avanço da Covid-19 no Brasil, muitos engenheiros têm colocado em prática técnicas que podem ajudar no tratamento da doença de alguma forma. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Dois deles, Guilherme Custódio e Giovanni Piffer, resolveram reprojetar um modelo de máscara para profissionais de saúde, a partir de um projeto open source disponível em comunidades de impressão e modelagem 3D.
Para isso contaram com a tecnologia: usaram o software Autodesk Fusion 360, que pode ser manipulado por meio da nuvem e assim evitar o contato físico na fase de projeto.
“O Fusion é a única ferramenta que estamos utilizando para projetar as máscaras. Ele nos permitiu testar diversas iterações de projeto e atingir uma redução de 75% no tempo de produção de cada máscara, em comparação com o primeiro projeto utilizado pelo grupo”, afirma Guilherme.
O modelo de máscara produzido atualmente foi baseado em um projeto criado no Reino Unido para fabricação em larga escala em impressoras de grande porte.
A partir deste modelo, foram feitas alterações em diversos aspectos da geometria das peças com objetivos específicos, tais como: ajuste de espessura; aumento do encosto da testa para mais conforto do usuário; ajuste do ângulo de curvatura do escudo de acetato do produto, o que eliminou a necessidade de uma peça extra e melhora dos suportes para elástico e pinos de fixação, o que tornou a montagem mais rápida.
“Sendo assim, o projeto original, que demorava cerca de 3 horas para cada máscara ficar totalmente pronta, agora leva cerca de 45min, uma redução de 75% no tempo de fabricação, incluindo impressão e montagem, além de redução de 30% de material utilizado em cada unidade”, atesta Giovanni.
Os engenheiros estão arcando com os custos de material, logística e energia sozinhos e a meta é produzir 200 máscaras até o final de maio.
Deste total, 60 já foram entregues para dois hospitais em São Paulo (Incor e Hospital São Paulo). Assim que atingirem a meta inicial, eles pretendem aumentar a produção conforme sua capacidade de produção.
“Este projeto foi desde início pensado para doação. Não imaginamos a comercialização, mas uma forma de sanar os danos que o atual momento tem apresentado, especialmente para profissionais da saúde”, concluem os engenheiros.
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