O mercado editorial de livros é um setor muito presente no país. Recentemente, devido ao impacto da pandemia de Covid-19, houve um crescimento na venda de livros digitais. Segundo o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil, o setor editorial lucrou cerca de R$ 2,28 bilhões em 2021, sendo um aumento de cerca de 29% em comparação a 2020. Neste cenário, a artista e parceira da Wacom, Isadora Zeferino, que se destacou nos últimos anos na criação de ilustrações para capas de livros, conta as principais dicas para quem quer iniciar investir na carreira dentro do mercado editorial.
Isadora Zeferino, ilustradora e quadrinista carioca, tem como marca registrada os traços com a combinação de flores, cores e personagens. Entrou para mercado editorial ilustrando capas de livros, além de estar entre projetos de ilustrações publicitárias para clientes como Disney, Riot Games e Nestlé. Também foi destaque no ranking de melhores ilustradores do mundo, organizado no livro Illustrator: 100 best from around the world, publicado pela editora Taschen em 2019. A artista é conhecida por ilustrar algumas capas de livros famosos na versão brasileira como: Vermelho Branco e Sangue Azul (Casey McQuiston); Castelo Animado (Diana Wynne Jones) e Mulherzinhas (Louisa May Alcott).
A ilustradora adotou o uso de tecnologias para facilitar o trabalho, antes, como os outros artistas, fazia desenho no papel e agora utiliza mesas digitalizadoras e monitores interativos.
“A Isadora é uma grande parceira da Wacom e ficamos muito felizes de participar da jornada profissional dela. Inclusive, já a convidamos para participar do evento online Wacom Academy, quando levou ao conhecimento sobre arte digital e experiência do mercado para diversos futuros artistas. A arte da Isadora tem um diferencial muito bem trabalhado”, comenta Thiago Tieri, gerente de marketing da Wacom no Brasil.
Confira abaixo as dicas para quem quer investir na carreira de ilustrador para o mercado editorial:
1) Pesquisar e consumir o mercado editorial
Tudo começa com a pesquisa e estudo, para qualquer carreira e plano profissional. Além de manter a mente aberta – e sem distrações – para os novos aprendizados que irão surgir.
“É importante ver o que está sendo feito e criado. Consumir esse material é uma parte essencial do processo porque ajuda a ter uma ideia do que pode ser solicitado. Além de trazer inspiração para criar a própria visão e narrativa nos trabalhos”, explica Isadora.
2) Networking é importante
Ir em eventos do mercado e conhecer as pessoas da área auxilia muito no processo. Além de se aproximar de diferentes artistas que já atuam no setor (até por meio de redes sociais) para trocar experiências.
Para a artista, “estar em contato com comunidade artística é importante – não somente seguir alguns ilustradores, como também seguir as empresas que contratam ou estão ligadas a eles. Acompanhar contas como a da Wacom para que tenha acesso a maneira como as pessoas usam os produtos para criar essas peças, além de poder assistir lives, documentários, ouvir podcasts e toda uma rede de criadores que ou já faz o que almeja ou também tem o mesmo objetivo”.
3) Pratique e entenda o que goste
Não adianta fazer nada do que foi falado anteriormente sem buscar inspiração e começar a praticar para ficar expert em fazer ilustrações para livros. Uma dica é começar praticando em mesas digitalizadoras ou monitores interativos que auxiliam o trabalho, pela facilidade de fazer e refazer no digital, que também trabalha a sustentabilidade ao economizar papel e caneta. Além disso, é possível deixar todas as criações salvas diretamente na nuvem.
“Ensaiar o trabalho para o mercado editorial é um jeito muito prático de treinar. Se quer trabalhar com capas, escolha um livro de domínio público para fazer uma capa. Se quer trabalhar com ilustrações para artigos, encontre um site de conteúdo de preferência para ilustrar. É a lógica de convencer o mundo que consegue fazer uma coisa tendo um exemplo próximo no portfólio”, comenta a ilustradora.
4) Encontrar técnicas para facilitar o trabalho
A última dica é investir no que gosta e encontrar as principais técnicas. Segundo a artista, “encontre materiais e técnicas com as quais se sinta confortável. Não se prenda apenas a ilustradores da atualidade, mas pesquise também grandes nomes da pintura, gravura, entre outras mídias. A gente tem muito o que aproveitar com o tanto que podemos aprender e emular do conforto da nossa casa com as tecnologias de mesas digitalizadoras ou monitores interativos. Uma pegada inovadora pode ser simplesmente uma mistura de coisas antigas com uma nova ótica.”