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Facebook quer ser sua próxima TV



Durante anos os especialistas em mídias sociais divulgaram o conceito de segunda tela como sendo o destino desses sites de relacionamento. Esqueça isso. Pelos planos apresentados pelo Facebook, durante o anúncio de seu balanço trimestral, o termo que já não era ideal, passará a ser completamente inútil no novo cenário que se avizinha.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse querer que “as pessoas entrem no site para assistir conteúdos em episódios”. Mais do que um desejo, esse é um plano concreto, com passos estipulados e início já consolidado.

No último ano, os vídeos ganharam destaque na estratégia do Facebook. Os usuário podem programar vídeos ao vivo desde outubro de 2016. A empresa também possibilitou a gravação com tecnologia de 360 graus e fazer aquelas recordações sobre nossa atividade na rede com uma montagem de foto e trilha (ou seja, mais vídeo).



Conteúdos semanais
Mas o ideal de Zuckerberg é ainda mais próximo da TV. Ele quer que o Facebook seja uma opção para consumir conteúdos que só vemos nos canais da televisão (aberta ou paga). Ainda no ano passado, a empresa declarou que pretende pagar bem por conteúdo em vídeo de qualidade.

Provavelmente é mais do que uma estratégia de tirar os youtubers do Youtube. “O objetivo que temos para a experiência deste produto é torná-lo algo útil para quando as pessoas queiram assistir a vídeos ou se manterem atualizadas com o que está acontecendo com o seu programa favorito, ou o que está acontecendo com uma figura pública”, disse o CEO do Facebook.

O plano é audacioso, se pensarmos como o Facebook funciona hoje. A rede nasceu, cresceu e tem seu valor atual pela troca de conteúdo pessoal, às vezes íntimo, de seus usuários. A mudança não deve jogar isso fora, mas abrigará uma nova espécie de conteúdo, mas abrangente e de interesse geral. “A experiência é projetada para cumprir essa promessa. Você deseja assistir vídeos, você quer acompanhar o conteúdo que você assiste em episódios toda a semana. Este vai ser o lugar onde você vai fazer isso”.

Quanto ao balanço da empresa, foi mais uma amostra de seu poder. Em um ano afetado por polarização política, trolls, fake news e crise econômica forte em vários mercados, o lucro trimestral foi de US$ 3,57 bilhões, mais do dobro dos US$ 1,56 bilhões registrados há um ano. Os resultados superaram as expectativas dos analistas.

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