Os bigodes dos gatos são extremamente sensíveis. São mais ou menos 24 fios grossos e duros, em cuja raiz estão órgãos chamados de proprioceptores, que fazem uma ligação direta com o cérebro e o sistema nervoso, mandando vários tipos de informações – como orientação espacial, movimentos e muito mais.
“Assim, os bigodes ajudam os gatos a deslocar-se no escuro e ao redor de objetos, mensurar espaços, e caçar presas (a movimentação rápida desloca ar, o que é captado pelos proprioceptores), por exemplo. Eles estão cada vez mais próximos de nós, nas nossas casas e nos nossos corações. Várias novas informações sobre seu comportamento e necessidades especiais nos ajudam a lidar com diversos problemas, como a fadiga do bigode, uma condição que surge quando os bigodes roçam as laterais de comedouros pouco adequados para eles”, explica a CEO do It Pet, Mariana Castro.
O que é fadiga do bigode
Imagine uma sobrecarga de informação sensorial. Os bigodes roçam os objetos e ficam mandando sinais para o cérebro e para o sistema nervoso constantemente, ao ponto de gerar estresses. Tanto que a condição também pode ser chamada de estresse do bigode.
“Começou-se a falar sobre fadiga do bigode em relação a comedouros muito fundos e com bordas estreitas, nos quais os gatos eram obrigados a roçar seus bigodes constantemente. A teoria diz que se os gatos apresentam qualquer tipo de relutância ao comer ou beber, como olhar para o comedouro e miar, mas não comer; ou derrubar a comida no chão, isso pode ser um sinal de desconforto a ser considerado. Um distúrbio dessa natureza, quando desapercebido, pode causar desnutrição, desidratação e até graves problemas gastrointestinais”, aponta Mariana.
Nem todos os veterinários acatam a existência da fadiga do bigode. Alguns acham exagerado dizer que o constante contato dos bigodes com objetos cause fadiga, desconforto ou stress. “No entanto, preferimos evitar que o estresse aconteça a qualquer custo, não é mesmo? A solução é simples e pode ser implementada facilmente. É só trocar comedouros e bebedouros”, indica Mariana.
O que fazer e o que não fazer
Gatos precisam beber muita água, então é preciso procurar fontes de água corrente, que mantêm a bebida fresca, como eles gostam.
“Quanto a comedouros, já existem no mercado produtos específicos, que são mais largos e menos profundos, possibilitando apreender a comida sem que os bigodes toquem na peça. Jamais, em hipótese alguma, corte os bigodes do seu gato! Não me canso de repetir: observe seu pet, sempre. Ele te dirá tudo o que você precisa saber para dar a ele uma melhor qualidade de vida e muito amor”, finaliza.
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