…impostos ou algo que possa ser usado para tirar dinheiro da companhia atacada. Esse esquema tem custado, em estimações do FBI, algo em torno de US$ 2,3 bilhões em perdas nos últimos três anos.
Como em outros tipos de ataques, a tecnologia usada é muito baixa, embora seja bem executada. O principal componente do whaling é a engenharia social. A grande cilada nisso é acreditar em pessoas ou situações que não existem, mas foram muito bem desempenhadas. Algo como os famosos filmes de hollywood. É um trambique cinematográfico, com atores e cenários falsos.
“Os hackers podem se passar por outro CEO, um advogado ou um parceiro potencial de negócio”, alerta o relatório. Chegam a usar palavras e termos específicos de uma negociação e do mundo corporativo. Nada daqueles e-mails falsos cheios de erros de gramática.
Existem várias versões dos golpes, são quase customizados para cada caso. As vítimas vão desde grandes corporações, passam por empresas de tecnologia e chegam até as pequenas empresas e organizações sem fins lucrativos. Muitas vezes, a fraude é facilitada com empresas que trabalham com fornecedores estrangeiros ou regularmente realizam pagamentos por transferência bancária.
Tecnologia e desconfiança
De outubro de 2013 até fevereiro de 2016, as autoridades americanas receberam relatórios de 17.642 vítimas. O FBI cita que há casos similares em pelo menos 79 países. Com isso, as perdas podem ser bem maiores do que cita o documento.
A tecnologia da segurança digital pode ajudar a evitar essas fraudes. Mas cabe o conselho de sempre – desconfiar. Se não há certeza de uma solicitação de transferência ou legitimidade de um pedido, cabe fazer uma ligação, avisar a TI ou pedir confirmação verbal de quem enviou o e-mail.
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