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Ferramentas do metaverso fortalecem o turismo em Foz do Iguaçu



Por mais novo que seja o assunto, ferramentas da chamada Web3 já estão sendo usadas para ajudar setores da economia tradicional a acessarem um público consumidor cada vez mais digital e exigente. Baseado na descentralização, o termo foi utilizado pela primeira vez em 2014 por Gavin Wood, o britânico cofundador da rede blockchain Ethereum.

Na Web 1.0 o objetivo era o compartilhamento de um ponto para outro e na 2.0 o usuário começou a postar conteúdo, já na Web3, ou 3.0, o foco é descentralizar, principalmente com a ajuda da blockchain, e também aumentar o poder do usuário final.

Utilizadas já por grandes marcas, como no caso da Boticário, no Carnaval de 2022, onde ativou produtos dentro do jogo de realidade virtual Avakin Life. Os avatares dos usuários poderiam participar de dois blocos carnavalescos que levavam o nome de linhas da marca.



Essas ferramentas têm sido usadas também pelas pequenas empresas do país que não ficam atrás de grandes marcas quando o assunto é inovação. Em Foz do Iguaçu, a operadora Loumar utilizou uma ferramenta de metaverso para apresentar e vender hotéis da região.

A ação aconteceu duas vezes entre os dias 12 à 15 de maio, nos quais vendedores, guias da agência e equipe de marketing e comunicação da empresa levaram os clientes a uma jornada digital para dentro dos hotéis de Foz do Iguaçu. “Trabalhamos com pessoas para atender pessoas, que no nosso negócio elas estão no centro, logo quando a tecnologia ajuda ainda mais essa interação, é muito importante para nós”, comenta o CEO da empresa, Marcelo Valente. 

O executivo lembra que 72% da população brasileira joga algum tipo de game, e que esse público está acostumado com ferramentas da Web3. Ou seja, uma parcela grande e muito diversa de pessoas e perfis, mais concentrada nas faixas etárias mais jovens (18-34 anos) que também é o consumidor de viagens para Foz do Iguaçu.

Para o UX Designer e especialistas em experiências imersivas e Web3, e que auxiliou a Loumar pela incursão da ferramenta de metaverso, João Pedro, “as ferramentas do metaverso trazem uma nova vertical na experiência do consumidor e na transmissão do valor das empresas no cenário de inovação”. 

A ferramenta da Web3 escolhida pela Loumar Turismo foi a Bubble, uma espécie de videoconferência expandida. João Pedro explica que a Bubble permite imersão através das dinâmicas sociais que foram incorporadas à tecnologia de videoconferência. Customização do espaço completo (construção de espaços com diferentes propostas na sua infraestrutura), som espacial (o som literalmente fica mais baixo quando a sua ‘bolha’ se distancia de um participante) e diferentes mecanismos de interação e integração fornecem uma experiência que mostra com maturidade e validade comercial a transição da Web2 para a Web3.

Paulo Roberto Desan do interior de São Paulo foi um dos clientes que aprovaram a experiência no metaverso e a nova forma de consumir pacotes de turismo usando uma realidade digital. “Minha primeira experiência no metaverso. Adquiri hospedagem para agosto e fiquei muito surpreso com a ferramenta”, conta. 

 

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