Sempre é bom lembrar que a Internet que amamos surgiu de pesquisas para interligar, com cabos, centros de pesquisa e unidades militares. Isso foi lá em décadas passadas. Aos poucos, pessoas comuns foram usando a nova forma de comunicação e isso gerou essa rede maravilhosa que conhecemos para falar com amigos e fazer negócios. Hoje em dia, isso ficou possível sem os cabos, é a nossa mobilidade.
Mas qual seria a nova etapa de evolução da Internet? Difícil dizer, mas um sinal pode ser a parceria público-privada que Inmarsat e Agência Espacial Européia (ESA) firmaram para para explorar o futuro das tecnologias de comunicações móveis por satélite
A Inmarsat é uma provedora de comunicações móveis globais via satélite e sua iniciativa Inmarsat Communications Evolution (ICE), recebeu o apoio da ESA para identificar e criar a próxima geração de serviços de comunicações. Em princípio, isso é para facilitar o contato entre bases terrestres e no espaço. Mas a Internet também teve um começo restrito assim. O financiamento inicial de 4,2 milhões de euros apoiará um estudo de viabilidade de nove meses de duração, em que a Inmarsat é a principal contratante.
A ICE tem como objetivo expandir as capacidades da próxima geração de serviços de mobilidade via satélite, a criação de uma arquitetura aberta com interfaces padronizadas que assegurarão um ponto de entrada acessível para os desenvolvedores de aplicativos, estimulando assim a criação de novos produtos e serviços.
A PPP ICE oferecerá ao setor a oportunidade de propor tecnologias e soluções inovadoras que possam melhorar e expandir as capacidades de comunicações de mobilidade por satélite, incluindo produtos e serviços conexos.
Como principal contratante, a Inmarsat realizará um estudo de viabilidade focado na identificação de tecnologias que permitam, tanto no espaço como em terra, maximizar o rendimento e cobertura das comunicações via satélite, criar terminais de menor custo e menores dimensões, desenvolver componentes modulares que possam ser facilmente integrados em uma ampla gama de dispositivos; e maximizar as oportunidades comerciais que se apresentem com o desenvolvimento de aplicativos conectados – de transporte automatizado a monitoramento ambiental.
Expectativa para o futuro
“Gostaríamos de agradecer à ESA e à Agência Espacial do Reino Unido pelo seu apoio e por sua visão de compreender como o Reino Unido e toda a Europa poderão se beneficiar da expansão do setor espacial comercial”, declarou a diretora de Tecnologia da Inmarsat, Michele Franci.
De acordo com a executiva, “embora o estudo inicial seja um projeto de escala relativamente pequena, ele representa uma meta ambiciosa: a de estender os benefícios das comunicações por satélite a uma base mais ampla de clientes e de aumentar significativamente a gama de serviços e aplicações disponíveis – de sistemas conectados de transporte ao monitoramento de infraestruturas energéticas nacionais e internacionais, citando apenas alguns”.
*O orçamento de 4,2 milhões de euros, para o qual Inmarsat é a principal contratante, inclui o co-financiamento de 1.9 milhões de euros da Inmarsat juntamente com o financiamento de 2 milhões de euros da ESA. O orçamento restante, cerca de 0,3 milhão, virá das contribuições de co-financiamento de três subcontratantes: Space Engineering Italy, Airbus Defence & Space UK e RUAG Switzerland.
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