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Gartner anuncia as principais previsões para organizações de TI e usuários



Analistas exploram o futuro digital no Gartner Symposium/ITxpo 2015, que acontece de 19 a 22 de outubro, em São Paulo

 

O Gartner, Inc. revela as principais previsões estratégicas para 2016 e para os próximos anos. As expectativas estão relacionadas ao futuro digital em um mundo algorítmico voltado para máquinas inteligentes, em que pessoas e máquinas devem conviver em relações harmoniosas.



“A tendência ‘robô’, a praticidade emergente da inteligência artificial e o fato de empresas e consumidores já aceitarem o avanço dessas tecnologias motivam a mudança. As previsões começam a nos separar da mera noção de adoção da tecnologia e nos envolvem mais profundamente em assuntos relacionados ao que significa ser humano em um mundo digital”, afirma Álvaro Mello, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner.

Os analistas do Gartner apresentaram o resultado da pesquisa durante o Symposium/ITxpo 2015, que acontece até o dia 22 de outubro, quinta-feira, em São Paulo. Neste ano, três tendências são destaque entre as principais previsões: a relação entre máquinas e pessoas, a “inteligência” aplicada ao ambiente de trabalho e a evolução do Nexo das Forças, criando 10 estimativas distintas, mais relacionadas do que parecem:

Até 2018, 20% do conteúdo de negócios será feito por máquinas – Tecnologias com capacidade de integrar e fornecer informações de forma proativa por meio de plataformas de composição automatizadas estão transferindo a produção de negócios, antes feita por humanos, para as máquinas. Dados e informações analíticas podem ser transformados em uma linguagem escrita natural, utilizando as ferramentas emergentes. Conteúdos de negócios, como relatórios de acionistas, relatórios de mercado, comunicados de imprensa, artigos e documentos, podem usar ferramentas de escrita automatizada.

Até 2018, seis bilhões de coisas conectadas precisarão de suporte – Na era dos negócios digitais, quando os limites físicos e digitais tornam-se cada vez mais indefinidos, as empresas precisarão visualizar equipamentos como clientes de serviços – e tratá-los como tal. Os mecanismos precisarão ser desenvolvidos para responder a números cada vez mais altos de pedidos de suporte enviados diretamente por objetos. As estratégias também deverão ser desenvolvidas para que respondam diferentemente à solução de problemas e à comunicação com um cliente tradicionalmente humano. Atender ao chamado de equipamentos criará indústrias de serviços completamente novas, com soluções que surgirão para melhorar a eficiência de muitos tipos de negócios.

Até 2020, agentes de software autônomos e fora do controle humano participarão de 5% de todas as transações econômicas – Agentes orientados por algoritmos já estão participando da nossa economia. No entanto, sendo automatizados, eles não são completamente autônomos, pois estão diretamente conectados a uma coleção robusta de mecanismos controlados por humanos — nos domínios de nossos sistemas corporativos, judiciários, econômicos e fiduciários. Novos agentes de software autônomos possuirão valor próprio, como apoio fundamental de um novo paradigma financeiro que o Gartner chama de economia programável. Essa economia possui potencial para interferir na atual indústria de serviços financeiros. Veremos algoritmos (frequentemente desenvolvidos de forma transparente, aberta e liberados em cadeia) capazes de realizar operações bancárias, de seguros, mercados, trocas e financiamento colaborativo — e também de operar virtualmente todos os outros tipos de instrumentos financeiros.

Até 2018, mais de 3 milhões de trabalhadores no mundo serão supervisionados por um “chefe-robô” – Chefes-robôs tomarão cada vez mais decisões que anteriormente só poderiam ser realizadas por gerentes humanos. As obrigações dos supervisores estão se tornando conquistas de monitoramento de trabalhador por medidas de desempenho, que são diretamente ligadas ao rendimento e à avaliação do cliente. Tais medidas podem ser consumidas de forma mais eficiente e ágil por máquinas inteligentes de gestão, configuradas para aprender com base em decisões de recrutamento e incentivos.

Até o final de 2018, 20% dos prédios inteligentes terão sofrido vandalismo digital – As falhas de segurança resultarão em cada vez mais prédios inteligentes vulneráveis ao ataque. Com façanhas que vão de desfigurar a sinalização digital a deixar prédios inteiros na total escuridão por tempo prolongado, o vandalismo digital é um inconveniente, e não uma ameaça. Existem, no entanto, efeitos econômicos, de saúde e de segurança. A gravidade dessas consequências depende do alvo. Os componentes de um prédio inteligente não podem ser considerados independentes, mas devem ser vistos como parte de um processo de segurança organizacional maior. Os produtos devem ser criados para ofertar níveis aceitáveis de proteção e ganchos para a integração com sistemas de monitoramento e gerenciamento de segurança.

Até 2018, 45% das empresas de rápido crescimento terão mais máquinas inteligentes do que funcionários – O Gartner acredita que o grupo inicial de empresas que alavancará as tecnologias de máquinas inteligentes mais rapidamente e efetivamente será o de startups e outras novas empresas. A velocidade, a economia, o aumento de produtividade e a capacidade de ampliar a tecnologia inteligente para tarefas específicas oferecem vantagens determinantes para recrutamento, contratação, treinamento e crescimento de demanda por trabalho humano. Alguns possíveis exemplos são supermercados completamente automatizados ou empresas de segurança com serviços de vigilância realizados somente por drones. As empresas com “antigos guardas”, com grandes quantidades de tecnologias e processos, não serão necessariamente as primeiras a mudar, mas as organizações mais modernas serão as primeiras a reconhecer a paridade em agilidade ou custo.

Até o final de 2018, o assistente digital dos clientes reconhecerá indivíduos pelo rosto e pela voz nos canais e parceiros – O último passo para as experiências excepcionais e multicanais de clientes será um engajamento mútuo ininterrupto com consumidores, com a reprodução de conversas humanas com escuta e fala, senso de histórico, contexto atual de tempo e momento, tom e a capacidade de responder, acrescentar e continuar um pensamento ou propósito em várias ocasiões e locais. Embora as tecnologias de reconhecimento facial e de voz sejam amplamente desiguais em vários canais, os clientes estão dispostos a adotar essas tecnologias e técnicas para ajudá-los a filtrar quantidades cada vez maiores de informações, escolhas e decisões de compra. Isso demonstra uma demanda emergente para empresas que empregam assistentes digitais a clientes para organizar essas técnicas e ajudar a “conectar” conversas contínuas entre a empresa e o consumidor.

Até 2018, dois milhões de funcionários deverão utilizar dispositivos de rastreamento de saúde e preparo físico como recurso de trabalho – A saúde e o preparo físico dos funcionários com cargos de perigo ou fisicamente exigentes serão cada vez mais monitorados por empregadores via wearables (tecnologias para vestir). Agentes que prestam socorro, como policiais, bombeiros e paramédicos provavelmente integrarão o maior grupo de funcionários com saúde ou preparo físico monitorados por dispositivos. A principal razão para utilizá-los é a própria segurança. A frequência cardíaca, a respiração e os possíveis níveis de estresse podem ser inspecionados remotamente e a assistência poderá ser enviada imediatamente, se necessário. Além dos socorristas, uma parte dos funcionários de outros cargos cruciais será monitorada, incluindo atletas profissionais, líderes políticos, pilotos de aeronaves, funcionários industriais e em campos remotos.

Até 2020, agentes inteligentes facilitarão 40% das interações móveis, e a era pós-aplicativos será dominante – Tecnologias de agentes inteligentes em forma de Assistentes Pessoais Virtuais (VPAs) e outros agentes irão monitorar conteúdo e comportamento dos usuários com redes neurais armazenadas na Nuvem, criando e mantendo modelos de dados dos quais a tecnologia tirará conclusões sobre pessoas, conteúdos e contextos. Com base nesses esforços de coleta de informação e criação de modelos, os VPAs poderão prever as necessidades dos usuários de agir de forma autônoma.

Até 2020, 95% das falhas de segurança na Nuvem serão de responsabilidade do usuário – Preocupações de segurança continuam sendo o motivo mais comum para evitar o uso de serviços públicos em Nuvem. No entanto, somente uma pequena porcentagem dos incidentes de segurança ocorre por vulnerabilidades do provedor. Isso não significa que são necessariamente seguras todas as ações realizadas pelas organizações na Nuvem. Os componentes sob controle do indivíduo podem criar um computador em Nuvem altamente eficiente para os usuários inexperientes terem um tipo de vantagem em práticas não muito seguras, o que pode facilmente resultar em uma segurança difundida ou em falhas de cumprimento. O crescente reconhecimento da responsabilidade da empresa quanto ao uso apropriado da Nuvem pública é refletido na expansão do mercado de ferramentas de controle. Até 2018, 50% das empresas com mais de mil usuários utilizarão produtos de agentes de segurança para monitorar e controlar o uso de Software como Serviço e outras formas de Nuvem pública, refletindo o reconhecimento de que, embora geralmente seja seguro, o uso de Nuvens públicas requer esforço explícito dos clientes.

O Gartner Symposium/ITxpo 2015 oferece aos CIOs e executivos estratégicos de TI um direcionamento estratégico sobre como dominar as mudanças tecnológicas neste momento decisivo, no qual é preciso adaptar-se à nova onda digital que arrebata o mercado. Mais informações estão disponíveis no site: gartner.com/br/symposium.