O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, estima que as vendas mundiais de tecnologias para vestir deverão atingir US$ 28,7 bilhões em 2016, chegando a 274,6 milhões de unidades, um aumento de 18,4% em comparação com as 232 milhões de unidades vendidas em 2015. Desse total, US$ 11,5 bilhões serão de smartwatches.
“De 2015 até 2017, a utilização de smartwatches crescerá 48%, em grande parte devido às iniciativas da Apple de popularizar tecnologias para vestir como um estilo de vida. Os smartwatches terão o maior potencial de receita entre todas as tecnologias para vestir até 2019, chegando a US$ 17,5 bilhões. Embora as vendas de smartwatches sejam uma das mais fortes no segmento, sua adoção deve permanecer muito abaixo das vendas de smartphones. Em 2016, mais de 374 milhões de smartphones serão vendidos em mercados maduros e áreas urbanas de mercados emergentes, como Hong Kong e Singapura”, afirma Angela McIntyre, Diretora de Pesquisas do Gartner.
Tecnologias para vestir fitness, como pulseiras, roupas inteligentes, relógios esportivos e outros itens, continuam aumentando a popularidade, impulsionadas em grande parte por programas de bem-estar dos Estados Unidos.
“Entre todas as tecnologias para vestir fitness, os relógios esportivos manterão sua média de preço de varejo ao longo dos próximos anos. Atletas, ciclistas e mergulhadores deverão escolher relógios esportivos em vez de smartwatches, pois a interface de usuário, as capacidades e durabilidade são adaptadas às necessidades deles. Os avanços contínuos em sensores e sistemas de análise para relógios esportivos trarão novos recursos que sustentarão a média de preços do varejo”, diz a analista do Gartner.
Embora o tamanho do mercado mundial de pulseiras inteligentes tenha se igualado às vendas unitárias de smartwatches em 2015, no futuro, os smartwatches serão mais procurados pelos consumidores, pois existe um número maior de dispositivos multifuncionais que podem fazer o acompanhamento de exercícios. Os fornecedores de pulseiras estão buscando uma forma de competir com os smartwatches e conquistar parte do mercado que hoje é liderado pela Fitbit. Exemplos de outras propostas de valor emergente para pulseiras incluem, além de fitness, pagamentos, acesso, segurança, saúde e bem-estar.
Os Capacetes de Realidade Virtual (HMDs) representam um mercado emergente, tendo suas origens em projetos militares dispendiosos. Em 2016, o mercado de HMDs avançará para a adoção destes dispositivos por consumidores e para o uso corporativo. “Espera-se que novos HMDs de realidade virtual para os consumidores, tais como o HTC Vive, Oculus Rift, Sony PlayStation VR e Microsoft HoloLens, sejam disponibilizados juntamente com jogos de videogame, com conteúdos de entretenimento e aplicações críticas de negócios. Produtores de filmes e ligas esportivas aumentarão seu conteúdo tradicional com o uso dos HMDs, melhorando as experiências dos clientes por meio da criação de atrações, filmes e esportes interativos, que tornarão o conteúdo mais pessoal e significativo”, afirma Brian Blau, Diretor de Pesquisas do Gartner.
O uso corporativo de HMDs também crescerá nos próximos anos, com 26% dos HMDs sendo projetados diretamente para uso comercial em 2018. Os HMDs serão comprados por empresas para serem usados por seus funcionários em tarefas como reparo de equipamentos, inspeções e manutenção. Os trabalhadores também usarão HMDs para manterem as mãos desocupadas enquanto realizam tarefas.