Os grupos terroristas organizados têm usado a web com maestria para divulgar mensagens e conquistar novos simpatizantes. Não é de hoje que isso ocorre, mas o futuro dessas ações de propaganda deve ficar comprometido devido à promessa de cooperação entre Facebook, Microsoft, Twitter e Google. As empresas divulgaram que buscarão juntas a criação de formas de evitar o uso de suas mídias digitais para divulgar o terrorismo.
As gigantes da Internet querem criar um banco de dados compartilhado pela indústria para identificar conteúdo terrorista, incluindo o que elas descrevem como “imagens e vídeos mais extremos e atrozes”. Várias redes sociais e serviços de mensagens devem ser melhorados e terem conteúdos e usuários eliminados.
O modelo de funcionamento deve ser semelhante ao que mostra anúncios de agrado do usuário. O conteúdo será identificado de forma especial por pessoas comuns que usam os serviços e profissionais que farão o papel de editores dessas redes. A remoção será feita pela tecnologia e algoritmos das empresas.
Com o passar do tempo, a inteligência artificial que essas companhias estão implantando de forma ampla e rápida será capaz de identificar imagens, vídeos e textos que contêm propaganda terrorista. Hoje, conteúdos com propriedade intelectual já funcionam dessa maneira, sendo identificados e eliminados para proteger direitos autorais.
Políticas internas
A parte da tecnologia está razoavelmente pronta e com melhorias previstas. O desafio das empresas será como e quando o conteúdo de propaganda terrorista será eliminado. Ele será deletado de forma rápida, mas a identificação e remoção devem variar de acordo com políticas de uso de cada companhia.
Outra dificuldade inicial será identificar o conteúdo terrorista. Algumas imagens, textos e vídeos podem ser claras quanto a essas intenções de fazer propaganda e angariar adptos. Outras podem ser muito subjetivas. As empresas esperam que a inteligência artificial consiga, com o tempo de uso, ter capacidade de fazer isso sem afetar usuários comuns com alguma censura sem critério.
O Facebook também observa que as informações pessoais não serão compartilhadas, embora não tenha dito que essa informação não será coletada para ajudar investigações de governos sobre terrorismo. As empresas continuarão a seguir suas próprias determinações sobre como lidar com esses pedidos do governo e se isso será divulgado ou não.
O objetivo maior é tornar essa base de dados disponível para outras empresas no futuro, diz o Facebook.
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