O Cyberspace Administration of China, um órgão de controle do espaço digital daquele país, reportou que está colocando sob investigação algumas das maiores empresas de tecnologia chinesas (e, por consequência, do mundo). Tencent, Baidu, Weibo estão sendo acusados se permitirem a proliferação de conteúdo inapropriado, na visão do governo.
As autoridades dizem que há pornografia, violência extrema, notícias falsas e rumores que “perturbam a ordem social”. Os escritórios de Pequim e Guangdong do Cyberspace Administration estão coletando provas e juntando evidências que mostrem quais usuários estão se aproveitando dos serviços de notícias dessas companhias. Os investigadores esperam obter indícios que suportem a acusação de que as empresas estão fazendo vistas grossas para esse comportamento e conteúdo.
O governo chinês tem histórico de vigilância extrema no mundo digital e nos últimos meses isso tem se intensificado. O relatório do órgão de controle estatal cita que as investigações fazem parte das ações oficiais para sanear o ciberespaço.
Censura
Oposição e ativistas estão usando a deep web para alertar que as investigações não são sobre o conteúdo inapropriado, mas sim para aumentar a censura no país . Outros sites de conteúdo são bloqueados, como Facebook, Youtube e Twitter. Mesmo zonas de acesso um pouco mais livres que funcionaram no passado, como Xangai, estão sob forte vigilância e restrição. Até serviços de comunicação em cloud, como Microsoft Outlook e Gmail são proibidos ou extremamente filtrados pelo governo.
A China é considerada o país com o mecanismo de vigilância mais eficiente da internet no mundo. Batizado popularmente de Firewall da China, os filtros de controle misturam tecnologia e leis severas que são constantemente ajustadas. As empresas de telecomunicações, por exemplo, estão proibidas de oferecer VPNs até 2018, uma ordem dada em julho. Esse tipo de conexão garante um anonimato para navegar pela internet.
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