A Alphabet, holding que detém o Google, está próxima de comprar o negócio de celulares da taiwanesa HTC. A possível negociação foi adiantada pela agência noticiosa de negócios Bloomberg, que afirma ter conversado com uma pessoa que participa das conversas entre as empresas. A especulação sobre o negócio vem ocorrendo fortemente desde o começo do mês.
A compra pode ser mais do que um boato ocasional. As ações da HTC terão negociação suspensa a partir de 21 de setembro, quinta-feira, de acordo com comunicado enviado ao mercado que cita um fato novo e anúncio pendente de aprovação e de grande interesse para acionistas.
O site VentureBeat, especializado em tecnologia, diz ter recebido uma cópia de um memorando interno de convocação do board para uma reunião extra na quinta-feira. Há boatos de que houve um acordo para trocas de ações entre as companhias nas últimas horas.
A HTC tem mantido abertas as portas de negociação para vários setores. O objetivo, conforme executivos têm comumente falado, é trazer investidor ou capital novo para impulsionar a empresa em mercados estratégicos. Entre as unidades que estariam à mesa, está a de realidade virtual que possui o visor Vive, e a de fones de ouvido.
A proximidade entre as duas empresas é grande. A HTC foi a fabricante do primeiro celular do Google, o Dream, e é uma das prováveis manufaturas do novo Pixel 2, a ser anunciado no próximo mês. Os smartphones da marca taiwanesa costumam ganhar elogios e apresentam, em geral, características que agradam aos usuários. Mas a empresa falha constantemente no marketing e os lançamentos parecem nunca alcançar o patamar que merecem.
Dúvidas
Apesar das peças que se juntam na notícia divulgada pela Bloomberg. Há alguma desconfiança sobre o possível negócio. O mercado de celulares, mesmo considerando os poderosos smartphones atuais, anda patinando no mundo inteiro e, excetuando-se Apple e Samsung, há pouca chance de marcas conseguirem grandes lucros nos próximos anos. O segmento caminha para o mesmo destino dos PCs de mesa, que não acabou, mas está sem avanços.
O mercado também não é o mais favorável para agregar-se um negócio de fabricação. No ramo dos celulares, assim como em quase toda tecnologia digital de hoje, está valendo mais manter um fabricante como OEM e gerenciar a marca e o relacionamento com usuários.
Boato ou não, o final dessa história deve ser conhecido amanhã ou, no máximo, até o final da semana, com a HTC divulgando nota oficial ao mercado após sua reunião agendada.
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