Em um debate sobre cidades inteligentes promovido ontem (06/05) no Rio de Janeiro, o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MiniCom), Maximiliano Martinhão, destacou o potencial da comunicação M2M (máquina a máquina) em beneficiar setores da economia nacional e as políticas do Ministério das Comunicações nessa área. O M2M é a comunicação feita entre máquinas que não necessita de intervenção humana, considerado um dos elos fortes da Internet das Coisas (IoT).
Para incentivar o setor, no ano passado o governo desonerou as taxas cobradas sobre os dispositivos M2M em até 80% e criou uma Câmara de Gestão e Acompanhamento para subsidiar a formulação de políticas públicas em setores prioritários e promover a cooperação entre empresas, fabricantes e entidades de ensino e pesquisa.
Segundo Martinhão, o MiniCom trabalha para realizar a próxima reunião da câmara em maio. Para o secretário, o setor público deve dialogar com o setor privado para conhecer as soluções existentes e direcioná-las para áreas como o transporte, saúde e gestão pública.
“A gente quer acompanhar a implementação dessas tecnologias para saber as necessidades, promover o uso e verificar a necessidade de ter projetos específicos de pesquisa”, afirma.
A Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas Máquina a Máquina tem como componentes membros dos ministérios das Comunicações; da Ciência e Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Agência Nacional de Telecomunicações, além de representantes da indústria, empresas de telecomunicações, instituições de ensino e pesquisa e desenvolvedores de aplicações M2M.
Comunicação M2M
Os dispositivos M2M são utilizados em vários setores estratégicos da economia e contribuem para aumentar a produtividade nesses setores. Sistemas de comunicação M2M têm o potencial de aumentar a eficiência dos processos produtivos e de prestação de serviços por permitirem medições em tempo real e a tomada de decisões dinâmica, com o objetivo de reduzir custos, minimizar falhas e desperdícios e aumentar a segurança.
Veja a seguir setores da economia que pode se beneficiar da tecnologia M2M:
– Indústria: automação por meio de robótica em processos de produção (smart factory);
– Energia elétrica: medidores inteligentes (smart grid) e monitoramento de linhas de transmissão. Em 2015, as concessionárias de energia elétrica deverão oferecer aos clientes a opção de instalação de medidores inteligentes. Com isso, os usuários poderão, por meio da comunicação M2M, ter acesso, em tempo real, a dados sobre a conta de energia elétrica, melhores horários de consumo, balanceamento de carga, receber alertas etc.
Segurança pública e defesa: monitoramento de áreas de segurança e reação a incidentes;
– Logística: rastreamento e segurança de transporte de pessoas e de cargas;
– Mobilidade urbana: transporte público com rastreamento. A política estabelecida pelo Denatran determina que, em 2015, todos os veículos sairão de fábrica com módulos para rastreamento embarcados.
O uso de comunicação M2M permitirá aos fabricantes monitorar o veículo para saber consumo, manutenção, emissão de gases etc. Do ponto de vista de gestão pública, permitirá evitar roubo/furto de veículos/carga, controlar tráfego, restringir acesso a zonas urbanas, fiscalizar velocidade etc.
O uso de comunicação M2M permitirá aos fabricantes monitorar o veículo para saber consumo, manutenção, emissão de gases etc. Do ponto de vista de gestão pública, permitirá evitar roubo/furto de veículos/carga, controlar tráfego, restringir acesso a zonas urbanas, fiscalizar velocidade etc.
– Agricultura: irrigação automatizada, plantio automatizado, monitoramento de safra;
– Saúde: diagnóstico remoto (por exemplo, monitoramento cardíaco). Em caso de doentes crônicos, é possível monitorá-los remotamente, de forma que caso haja qualquer alteração na qualidade dos indicadores de saúde, o serviço médico seja acionado para cuidar da pessoa.
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