A montadora Tesla é praticamente sinônimo de carro elétrico. Seus potentes motores e baterias são sucesso em várias partes do mundo há alguns anos. Recentemente, a empresa tem apostado todas as fichas na inovação tecnológica para ser reconhecida também como líder em veículos conectados, inteligentes e autônomos. Planos esses que têm evoluído razoavelmente bem, só que também geram uma contrapartida. Hackers começam a ficar interessados em testar a segurança e eficiência desses automóveis.
No final da noite de ontem, 19 de setembro, um grupo de hackers “white hat” chineses divulgou vídeo no qual mostram como comprometer a segurança de um Tesla Modelo S. “Nós verificamos o vetor de ataque em diversas variedades do Tesla Modelo S. É razoável supor que outros modelos da marca podem ser afetados”, divulgou um dos membros do time de hackers em post nas redes sociais.
We pwned Tesla Model S remotely (no physical contact) with a complex exploit chain. All details reported to Tesla. https://t.co/0qtBM2sSKW
— KEENLAB (@keen_lab) September 20, 2016
White hats (chapéus brancos) são os hackers considerados “do bem”. Em geral, são estudantes, engenheiros de computação e especialistas em tecnologias digitais que costumam ser contratados por empresas para descobrir brechas ou invadem sistemas alheios e avisam companhias sob as vulnerabilidades que descobrem. É um termo comum para separar esses grupos dos hackers “do mal”, que ganham a alcunha de “black hats”.
O Keen Team é uma equipe desses especialistas invasores bonzinhos que possui um renome a zelar. Eles já apontaram várias falhas a empresas e sempre avisam consumidores sobre perigos que muitas empresas não percebem. Costumam participar de programas de caça-bugs e apresentações em conferências onde mostram suas habilidades, ações que rendem o dinheiro para manter a equipe.
Mexeram no freio
No vídeo divulgado ontem, o Keen Team mostra que é possível controlar vários comandos do Tesla a partir de um laptop. O material divulgado aponta para uma invasão feita sem qualquer adulteração feita fisicamente. Os hackers não chegaram a tocar no veículo e tudo foi feito remotamente.
Eles mexeram em controles aparentemente inofensivos, mas que poderiam causar confusão para o motorista no volante. Os hackers ligaram o limpador de para-brisa, abriram a porta, abaixaram o encosto do banco, viraram o retrovisor e abriram o teto solar. Contudo, o mais preocupante de tudo é que conseguiram dar pequenas batidas nos freios por cerca de 19 Km percorridos.
Não é a primeira vez que um carro com tecnologia embarcada é invadido. Várias marcas sofreram com esses testes. Mas o feito é inédito para um Tesla, a marca sensação dos fãs de tecnologias novas nos automóveis. Assista, abaixo, o vídeo divulgado pelo Keen Team.
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