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HPE mantém DNA e marca da Aruba Networks



atmosphere01_bRealizado na cidade de Nashville, no estado do Tennessee nos EUA, o evento da Aruba Networks foi o primeiro após sua aquisição pela HPE em 2015. O nome, a direção da empresa e desenvolvimentos terão vida própria e não é intenção da compradora incorporar a empresa em sua estrutura e sumir com a marca.

Ela trará discretamente a referência  “a Hewllet Packard Enterprise company” (Uma empresa Hewllet Packard“) em sua assinatura e mais nada. Essa é uma sábia resolução da HP, que está se reposicionando e se reinventando no mercado corporativo. E a ideia é essa mesmo: comprar empresas de sucesso no mercado e ficar nos bastidores, dando suporte para  que cresçam. Qual o motivo? Essa é outra história que não vem ao caso agora.

Denominado Atmosphere 2017The Innovation Edge, o evento é direcionado para parceiros, clientes, canais de vendas e distribuidores dos EUA, América Latina incluindo o Caribe e Canadá, o que significa um público superior a quatro mil participantes de todos os países do bloco, sendo o americano a maioria. O Brasil levou 70 pessoas e a América Latina, 250. Além deste, existem mais dois: o Atmosphere Europa e o Atmosphere Ásia, porém o Américas é o maior.



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Foi um evento de três dias, com apresentações no palco principal pela manhã e, após o almoço, centenas de trilhas técnicas e de negócios em salas menores, onde cada participante podia escolher a que fosse melhor para seus negócios e desenvolvimento profissional.

As apresentações do palco principal trouxeram informações de cases com grandes corporações como a United Airlines, Time Warner, algumas demonstrações, anúncios de integração de empresas compradas em 2016, tudo comandado pelo principal executivo da empresa, um dos criadores da Aruba Networks, o executivo Keerti Melkote.

O principal executivo e idealizador da empresa em 2002, Dominic Orr, se aposentou definitivamente em 31 de janeiro de 2017 aos 66 anos, porém continuará como membro do conselho.

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Além de produtos e serviços foi dado destaque para a aquisição de duas empresas, a  Niara e a RASA Networks, que serão integradas ao ClearPass  para, segundo informa Hilmar Becker, Diretor de Vendas da Aruba para o Brasil, dinamizarem a plataforma de analytics do produto. Com essas duas aquisições a empresa visa fortalecer a oferta de segurança integrada aos seus produtos e serviços.

Veja a entrevista de Hilmar Becker

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Segundo Becker, “Qualquer lançamento da Aruba deve demorar cerca de seis meses para chegar ao Brasil, pois quando ele acontece ele é colocado no mercado global em ondas. A primeira onda é o mercado americano e o Brasil está incluído na segunda onda.”, comenta. Isso é importante, segundo o executivo, por dois motivos: primeiro, o mercado americano é mais dinâmico e responde mais rapidamente ao lançamento, tanto em interesse quanto em aquisição, pois reforça o caixa da empresa rapidamente.

Enquanto isso nesse período de tempo os outros mercados vão se preparando, principalmente o canal, para receber os lançamentos e iniciarem sua oferta ao mercado. No caso de hardware, aqui no Brasil, é necessário que ele passe pelo crivo da Anatel “…e isso demora”, enfatiza Becker.

Canal e premiação
A Aruba Networks está presente no Brasil desde 2006 e sua aquisição pela HPE dinamizou muito sua presença no país, principalmente no tocante ao treinamento do canal. “Antes dependíamos muito dos distribuidores para realizar esse treinamento e, depois da aquisição, ficou tudo mais fácil. A HPE tem no país estrutura própria para treinamento e isso impulsionou nossa presença no Brasil”, afirma o executivo.

Durante o Atmosphere houve um pequeno evento privativo para a América Latina em que os canais e distribuidores da região foram premiados por seu desempenho no ano de 2016. Os destaques do Brasil foram os seguintes:

Network Partner of the Year: TELEMONT

Mobility Partner of the Year: Grupo Binário

Software of the Year: NCT Informática

Solution Distributor of the Year: Network1 Brasil

Transactional Distributor of the Year: Ingram Micro Brasil

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Terminada a entrega dos troféus, foi hora de falar da estratégia para 2017. Juan Carlos Urdaneta, Managin Director da região – algo como Diretor de estratégias -, Andrés Ramirez, Diretor de Marketing e Brand, Patricia Arboleda, responsável por SMB e distribuição na América Latina e o brasileiro Renato Cinini, Gerente de Canais AL, ocuparam o palco e fizeram uma apresentação para apresentar e explicar pontos que consideram importantes. A estratégia vale para toda a América Latina e Caribe.

Foi destacado que o mercado SMB – pequenas e médias empresas – tem prioridade, pois ele é carente e pode vir a ser um forte consumidor de mobilidade corporativa. Além disso, foram passados os seguintes pontos que o canal deve esperar em 2017. Os principais são:

1 – Mais investimento por parte da Aruba em certificação

2 – O calendário de treinamentos da HPE Education está disponível online

3 – Novas classes virtuais e novos níveis certificação de especialistas estarão disponíveis em breve

4 – Novos treinamentos e certificações estão disponíveis: Aruba Certified Switching Associates (ACSA); treinamento e certificação de Vendas Aruba e estão para entrar no ar webinars, vídeos sob demanda e outras ferramentas.

Quanto a estratégia para SMB, as exigências para os parceiros focam em uma atuação agressiva no mercado, com benefícios atraentes para que a adoção seja eficiente.

Beacons
Uma tecnologia que chamou a atenção no evento foi a de localização e indicação de caminhos via app, como se fosse um Waze para locais fechados, o sistema chamado Meridian. O hotel do evento era imenso e apurei que ele é o maior complexo hoteleiro dos EUA fora de Las Vegas, local que tem os maiores hotéis do mundo.

O evento ficava em uma ala do complexo e o pessoal da Aruba resolveu fazer esse app não só para facilitar a vida de quem estava no evento, mas sim mostrar na prática como essa tecnologia funciona. Sua utilização é muito simples e é operada como se fosse um app de GPS. Primeiro ele pede para você marcar sua localização pressionando um botão, que identifica sua posição geográfica dentro do ambiente.

Em seguida você abre uma lista com todos os locais do complexo e marca onde quer ir. Feito isso, basta seguir a tela do smartphone como se fosse o Waze: “Siga por 50 metros e vire à direita”; feito isso, aparece a próxima instrução: “Vire levemente à esquerda e siga por 150 metros”; e por aí vai. Se você seguir as instruções corretamente não tem como não chegar onde quer. O que permite que essa plataforma funcione corretamente, além de pontos de Wi-Fi, é a combinação deles com os beacons, que dá a precisão necessária ao sistema.

O primeiro case em larga escala da Aruba no Brasil é no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, com mais de três mil beacons instalados. Os mercados que a empresa tem como foco são espaços com grande concentração humana, como shopping centers, aeroportos, hospitais, grandes eventos – nesses caso são redes temporárias -,  educação e governo.

IoT
A Aruba vê internet das coisas como um mercado de bilhões e bilhões de dólares por muitos anos, talvez décadas. A Internet das coisas irá em breve se alastrar em larga escala e transformar os negócios em diversos setores. A constatação é do estudo global, “A Internet das Coisas: hoje e amanhã”, publicado pela Aruba. Segundo a pesquisa, 85% dos negócios pretendem adotar a IoT até 2019, guiados pela necessidade de inovação e de eficiência.

Para ver mais detalhes desse estudo global, vá para a matéria publicada aqui mesmo no Portal VOIT. Clique Aqui

Conclusão
Ficou bastante claro nesse evento que a Aruba Networks está focada em mobilidade, Cloud, IoT – Internet das coisas -, machine learning e segurança, tudo amarrado por serviços, sendo que a abordagem ao mercado é fortemente alicerçada no canal e não na venda direta.

A estratégia é focada em infraestrutura de rede móvel, muito além da infra cabeada somente com switches e roteadores tradicionais. Ela se posiciona como uma empresa de infraestrutura móvel e analítica. Se propõe a fornecer ao mercado mecanismos eficientes de redes móveis com controles, gerenciamento e serviços analíticos que procuram prever e antever possíveis ataques que abalem a segurança. Ao mesmo tempo, sabe que cloud é realidade e tem que estar presente no mercado com a oferta desses serviços.

Também detecta que serviços de localização, pontos e controles de acesso, controles de mobilidade, tendo como interface sensores e beacons, são as bases para IoT. E é nesse complexo cenário que visualiza os bilhões de dólares que estarão trafegando nas redes móveis do planeta.

Não foi por acaso que ela foi comprada pela HPE por três bilhões de dólares  em 2015 que, estratégica e sabiamente, irá manter seu DNA e nome originais.