Por Fabiano Falvo *
Falar de Blockchain sem associar com área financeira é inevitável. O termo surgiu do encontro desses dois universos. As criptomoedas (Bitcoin, posteriormente, Ether e Litcoin) são exemplos dessa união. Mas, para quem não é totalmente familiarizado com o assunto, o Blockchain nada mais é que um livro-razão (como um livro contábil compartilhado e imutável para a gravação de transações, o rastreamento de ativos e a construção da confiança), que funciona como uma cadeia de blocos virtuais com informações.
Cada bloco tem o seu arquivo e hash (algoritmo que mapeia dados de comprimento variável para dados de comprimento fixo). Essa cerquilha é o que garante a conexão e segurança entre os blocos.
Uma das razões pelas quais a tecnologia chama a atenção é pelo seu risco de invasão, que é extremamente difícil. Isso porque rede, além de descentralizada, conta com diversas camadas de segurança. Em outras palavras, toda vez que o sistema identifica e reconhece um ataque em potencial, ele automaticamente trava em questão de segundos.
Agora, o que muita gente nem imagina é que o conceito não se restringe à área de finanças. Sim, o Blockchain é uma tecnologia muito versátil, que pode ser aplicada em diversas frentes de atuação. E nós mesmos já fizemos isso em uma de nossas soluções.
Recentemente, lançamos uma plataforma para Onboarding e formalização de acordos totalmente digital para qualquer tipo de contrato, que elimina o fluxo e troca de documentos e o uso de papel. A solução, chamada iGree, utiliza justamente a tecnologia Blockchain para proporcionar a segurança e confiabilidade necessários na troca e no armazenamento de informações em diferentes blocos virtuais.
A “Pesquisa global de BlockChain 2019”, elaborada pela norte-americana Deloitte, mostra que as fintechs são, de fato, as que mais utilizam a tecnologia. No entanto, o documento comprova que o uso de Blockchain vem sendo expandido para outras áreas, tais como tecnologia, mídia e telecomunicações, saúde e governo, e está se tornando uma solução pragmática às empresas.
Se você ainda não se convenceu disso, saiba que 40% das empresas participantes estão dispostas a aplicar US$ 5 milhões ou mais em novas iniciativas de Blockchain nos próximos 12 meses; que 53% dos entrevistados afirmam que a tecnologia se tornou uma prioridade crítica para suas organizações em 2019, um aumento de 10% em comparação ao ano anterior; e que 83% dos entrevistados afirmaram ver casos efetivos ao usar a ferramenta.
Agora, falando do que nos concerne, o iGree é um exemplo bem interessante de aplicação dessa tecnologia, e além de usar o Blockchain para armazenar informações de modo criptografado, a solução é totalmente baseada em inteligência artificial. Para se ter uma ideia de como funciona, a aplicação identifica, em menos de um minuto e de forma totalmente segura por meio de selfie, vídeo e biometria de voz, todo e qualquer usuário.
Seu maior benefício é gerar um score de tomada de decisão com base em parâmetros e consultas realizadas de forma automática em órgãos externos, auxiliando no cruzamento dos dados e na criação de modelos preditivos para score e antifraude durante a jornada do usuário. Em outras palavras, o suprassumo da segurança em tempos de cibercriminosos cada vez mais criativos, arrojados e audaciosos.
* Por Fabiano Falvo é Head de Produto da Neo
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