Por Wagner Tadeu *
A arquitetura Zero Trust é uma das melhores maneiras que as empresas têm para evitar roubo de dados e propriedade intelectual. Este conceito foi introduzido pela Forrester Research em 2010 e parte do princípio óbvio de sua tradução literal “confiança zero”, ou seja, nunca confiar e sempre verificar.
Os profissionais do mercado de segurança da informação têm discutido mais recentemente sobre outro modelo de arquitetura, o SASE (Secure Access Service Edge), que foi proposto pelo Gartner em 2019 e que tem como premissa mover toda a rede de TI das empresas para a nuvem. Quando falamos sobre Zero Trust, a principal ideia é a de “matar” qualquer tipo de ameaça justamente no ambiente de nuvem.
Isso significa que um conceito potencializa e materializa o outro, pois quando se adota o modelo SASE, a proteção deve estar onde as pessoas estão. Não existe mais o “perímetro”, ou seja, à medida que as soluções evoluem para um modelo híbrido ou 100% em nuvem, as soluções e modelos de segurança devem evoluir junto.
A integração destas soluções é o que facilita o gerenciamento, detecção e aplicação de políticas de segurança para que se possa mitigar o maior número possível de riscos aos negócios. Obviamente devemos levar em consideração que as empresas não migram 100% para a nuvem de um dia para o outro.
As empresas já estão atentas a esta transformação de cenário. Segundo o Gartner, 40% das empresas pretendem adotar o modelo SASE entre 3 e 5 anos. A Forrester prevê que arquiteturas Zero Trust crescerão até 200% em 2021. Já o IDC aponta que 76% das empresas esperam aumentar a quantidade de acesso remoto nos próximos 2 anos.
Estas mesmas empresas tendem a acelerar a adoção destas medidas de segurança, pois de acordo com o FBI, desde o início da pandemia houve um aumento de 400% no número de reclamações de ataques cibernéticos. Esta é uma tendência que vai sendo acelerada pouco a pouco, mas é muito importante que o fornecedor de segurança ofereça um modelo híbrido e acompanhe esta transformação.
O mundo mudou, o comportamento do consumidor e dos usuários mudou muito e a necessidade de proteção precisa acompanhar a transformação.
* Wagner Tadeu é vice presidente da Forcepoint para América Latina
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