* Por Rafaela Mancilha
Aplicativos de trânsito, sensores de iluminação, lixeiras e bueiros inteligentes. Essas e outras iniciativas relacionadas às chamadas Smart Cities têm sido discutidas por empresas, governantes e sociedade. Porém, adotar ferramentas de forma individual não transformará os municípios. Além do uso intensivo de tecnologia, é indispensável planejamento urbano integrado.
Até 2025, haverá ao menos 88 cidades inteligentes em todo o mundo, segundo a IHS Tecnologia. Existem formas de viabilizar a adoção dessas soluções por meio de empresas licitantes ou privadas que incentivem essa renovação ou tendo o governo como impulsionador dessa transformação nos municípios. O importante é que haja um patrocinador que incentive a criação dos projetos e enfrente as barreiras relacionadas, sobretudo, à integração de diferentes players do mercado e esferas que hoje não têm tanta interação, como os setores público e privado.
Essa foi a principal dificuldade das iniciativas brasileiras até o momento. Unir os projetos e os resultados gerados é um dos grandes desafios dos governantes, que precisarão investir em tecnologias para coletar informações, centralizá-las de forma automática e analisá-las em tempo real. De nada adianta coletar inúmeros dados, se não houver inteligência para avaliá-los.
Apesar de boa parte dessas ferramentas já estar disponível, o tempo de maturação das iniciativas é longo. Nas cidades onde a instabilidade política é constante e os níveis de educação dos munícipes são mais baixos haverá ainda mais morosidade na disseminação de novas tecnologias a serviço dos cidadãos. Engajá-los nessa trajetória é essencial. Em relação à complexidade dos projetos, a inclusão de fornecedores e stakeholders que tenham a visibilidade de seus objetivos fim-a-fim passa a ser indispensável para a concretização dos mesmos.
Diferenciais competitivos
Em um contexto de cidades inteligentes, boas atitudes do passado não são mais suficientes. É preciso colaborar com o serviço público, informando aos responsáveis sobre o que acontece ao nosso redor. Em contrapartida, o governo deve oferecer meios que permitam essa interação. O Rio de Janeiro é um bom exemplo. Por meio de um aplicativo da prefeitura, toda população pode abrir chamados, seja sobre um semáforo com defeito ou um incêndio. Essa interação não só ajuda a melhorar a qualidade de vida da sociedade, como também torna os cidadãos protagonistas das melhorias na gestão pública.
Para obter diferenciais competitivos, as cidades devem investir em soluções tecnológicas tendo em mente que as iniciativas não podem ser realizadas de forma separada ou os silos continuarão existindo. A integração, mais do que transformar o dia a dia do município, confere transparência às ações dos governantes e contribui para melhores serviços públicos. Além dos benefícios, ao oferecer serviços mais eficientes aos cidadãos, criamos uma sociedade mais engajada, consciente, exigente com o seu próprio bem-estar e segurança e, logo, mais crítica com as políticas governamentais.
arquiteta de soluções de IoT da PromonLogicalis
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