Cerca de 48% das companhias vivem um momento de transição entre os modelos baseados na tecnologia tradicional e as inovações digitais. É o que aponta o “Índice de Inteligência de Negócios”, uma pesquisa global que analisa como estão as empresas no caminho de se tornar uma “empresa inteligente”, além da maneira como elas estão conectando os mundos físicos e digitais para melhorar a visibilidade, a eficiência e o crescimento. Essa quase metade das empresas estão ainda em busca dos caminhos para ganharem inteligência digital e apresentaram índice de 50 a 75 pontos do cálculo total, de acordo com o estudo feito pela fabricante de equipamentos Zebra Technologies. Apenas 5% das empresas superam 75 pontos, podendo, assim, serem consideradas com inteligência digital.
“Uma “empresa inteligente” é aquela que aproveita os laços entre o mundo físico e o mundo digital para melhorar a visibilidade e mobilizar insights que criem melhores experiências de clientes, gerem eficiências operacionais ou permitam novos modelos de negócios”, explica o Chief Technology Officer da Zebra, Tom Bianculli. “Muitas delas ainda estão formando suas estratégias de IoT, mas estamos vendo segmentos que identificaram casos de uso específicos e estão implementando soluções com força”.
O Índice de Inteligência de Negócios mede se as empresas atendem aos critérios que atualmente definem uma empresa inteligente. Estes incluem incluem a visão da Internet das Coisas (IoT), seu plano de adoção e o compromisso comercial para desenvolver ROI para IoT. Os critérios foram determinados por gerentes, especialistas da indústria e reformadores de diferentes setores no Simpósio de Inovação Estratégica de 2016: The Intelligent Enterprise, organizado pela Zebra no ano passado em colaboração com o Centro de Tecnologia e Empreendedorismo em Harvard (TECH).
O marco de uma empresa inteligente é composto por soluções tecnológicas que integram computação em nuvem, mobilidade e Internet das Coisas (IoT), para detectar automaticamente informações sobre os ativos do negócio. Os dados operacionais desses ativos, incluindo status, localização, uso ou preferências, são “analisados” para fornecer informações que cheguem à pessoa certa no momento certo e que os usuários podem “agir” tomando decisões mais oportunas em qualquer momento e lugar.
No caminho
O estudo da Zebra descobriu que a visão da IoT é forte e o investimento aumentará. Das pesquisadas 42% esperam que o investimento na IoT aumente entre 11% e 20%. Como destaque, 57% têm uma visão IoT ou estão realizando seus planos. Embora apenas 36% o tenham implementado em toda a empresa, espera-se que 62% o façam no futuro.
A experiência do cliente está direcionando o IoT. 70% das empresas dizem que o principal motivador do seu investimento na IoT é melhorar a experiência do cliente. No futuro, espera-se que o crescimento das rendas (53%) e a expansão para novos mercados (51%) sejam os principais impulsionadores.
O estudo também apontou que o compromisso empresarial é o mais importante, mas é preciso prestar mais atenção à cultura corporativa. Para 77% das empresas é necessário ter um método para medir o retorno sobre o investimento do plano de IoT. Outras 71% têm um plano IoT que aborda as mudanças culturais e de processos necessárias para a implementação.
Muitas empresas não possuem um plano de adoção. Mais de 50% das empresas esperam que sua solução IoT seja adotada, mas eles não têm um plano para lidar com a resistência. Somente os 21% que esperam resistência têm um plano para abordá-la.
As empresas mantêm os funcionários informados, mas há espaço para mais. Aproximadamente 70% das empresas compartilham informações sobre suas soluções IoT com seus funcionários, mais de uma vez por dia. Destes, mais de dois terços compartilham a informação em tempo real ou quase em tempo real. No entanto, apenas 32% fornecem informações processáveis para todos os funcionários e as informações são enviadas por email (69%) ou como dados brutos (62%).
A pesquisa on-line foi realizada de 3 a 23 de agosto de 2017 em uma ampla gama de segmentos, incluindo saúde, manufatura, varejo e transporte e logística. No total, foram entrevistados 908 decisores de IT de nove países, incluindo Grã-Bretanha, França, Alemanha, México, Brasil, China, Índia e Austrália.
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