Fernando Lobo*
Não há dúvidas de que a Internet das Coisas (IoT) chegou para ficar. Anunciada como tendência há poucos anos, hoje é fato e vem ganhando espaço gradativamente no setor de varejo. Segundo o Gartner, serão 26 bilhões de produtos inteligentes e conectados em uso em 2020. No entanto, os varejistas podem não estar cientes do impacto que a IoT terá sobre a forma como eles administram os seus negócios.
A IoT é composta por um número cada vez maior de dispositivos conectados à internet, construídos para todos os tipos de serviços, desde botões inteligentes de chamada em um provador, até “contadores” de pessoas em portas de entrada. E muitos desses dispositivos são equipados com Wi-Fi, tornando fácil a integração com a rede corporativa do varejista.
Porém, para que a adoção dessas novas tecnologias seja realmente efetiva, as organizações precisam contar com uma robusta arquitetura de rede sem fio, capaz de suportar com qualidade e segurança toda forma de conectividade. O risco envolvendo as soluções inteligentes de Internet das coisas (IoT) já foi demonstrado com o recente vazamento de dados do sistema do hipermercado Target, uma das maiores redes de varejo do mundo, em que aproximadamente 40 milhões de clientes tiveram seus dados de cartões de crédito/débito roubados.
Isso foi possível por meio de um sistema de ar condicionado e aquecimento! Os cibercriminosos encontraram uma maneira de invadir o sistema de ventilação baseado em IoT para ter acesso à rede interna do Target. Houve uma série de erros por parte do hipermercado, mas a principal vulnerabilidade foi encontrada nas permissões concedidas para o acesso à rede dos sistemas baseados em IoT. A segurança da rede precisa ser item prioritário na lista de avaliações, ao se considerar qualquer solução desse tipo.
Então, como um varejista se prepara para aproveitar essa variedade de soluções que explodiram no mercado de varejo?
É fundamental pesquisar soluções emergentes de internet das coisas que possam ser usadas em sua rede, como dispositivos de telemetria, sensores de inventário para automação de serviços de atendimento, dispositivos de monitoramento de tempo do cliente nas lojas, sistemas de localização, entre outros. Outro ponto importante é a identificação das áreas operacionais mais críticas para otimizar a conectividade dos dispositivos IoT por meio de uma rede sem fio robusta e eficiente. Desta forma o varejista ganha agilidade, automação, redução de custo e melhoria em seus processos, e consegue oferecer experiências diferenciadas para os clientes.
Faça também planos para a implantação de uma rede sem fio no padrão 802.11ac – isso aumenta a taxa de transferência de dados o suficiente para atender o congestionamento de clientes, as demandas por taxas de dados não processados de voz e vídeo, e de tráfego adicionado a partir de dispositivos IoT.
Escolha uma solução de rede sem fio que ofereça monitoramento e visibilidade detalhada de quais aplicativos e recursos exatamente cada dispositivo de IoT está acessando, em tempo real.
Os varejistas que entenderem e implantarem uma inteligência de Internet das coisasterão certamente maiores ganhos em seus negócios. Mas o planejamento deve incluir prioritariamente uma compreensão do impacto das novas tecnologias na segurança da rede e a importância de uma rede sem fio adequada para suportar esta demanda.
* Fernando Lobo é Diretor de Vendas da Aerohive para a América Latina
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