A bitcoin, moeda digital (cryptocurrency) tem um concorrente de peso agora. A Interpol criou sua própria criptomoeda numa tentativa de combater crimes digitais realizados na dark web. A iniciativa é a primeira do tipo realizado por uma agência de investigação e pode ser precursora de uma ofensiva internacional significativa sobre as atividades cibercriminosas.
A nova moeda é criação da Interpol Global Complex for Innovation (IGCI), criada há cerca de um mês, o braço digital da agência que investiga exclusivamente o ambiente digital. Para treinar os agentes no combate ao cibercrime, a IGCI simula exatamente o que eles encontrarão pela frente. Esse treinamento levou também a criação de um mercado negro igual aos encontrados na dark web.
As novas armas da Interpol foram apresentadas a jornalistas durante um desses eventos de treinamento. Madan Mohan Oberoi, diretor de ciberinovação do IGCI disse que a iniciativa está fazendo sucesso e prefere deixar os policiais aprendendo na suposta brincadeira do que tentar explicar como tudo funciona da maneira tradicional. “Não faz sentido explicar tudo por meio de apresentações de PowerPoint”, afirmou.
Durante o curso, os agentes encenam papéis como os de vendedores, compradores e administradores de sites do mercado negro da dark web. Ao mesmo tempo, aprendem como funciona uma bitcoin, a infraestrutura técnica das ferramentas e as técnicas para apagar os rastros digitais.
A nova moeda não tem nome, mas o modelo de treinamento, a cripotomoeda e o mercado simulado devem virar um novo jeito de ensinar investigadores de cibercrimes ao redor do mundo.
A dark web e bitcoin
A ambiente investigado, chamado de dark web, é uma parte da internet que exige softwares especializados para entrar e navegar. Existem várias dessas fronteiras obscuras e elas estão se proliferando ao redor do mundo como plataformas de negociação ilegal. A moeda digital bitcoin é o meio de pagamento preferido nesse submundo.
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