O conceito de smart city vai se tornando realidade em muitos lugares do Mundo. Umas das questões mais relevantes é a iluminação pública das cidades, que ainda hoje é feita em sua maioria com lâmpadas convencionais e pouca inteligência em sua operação. A prefeitura de São Paulo, por exemplo, gasta mensalmente…[read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
…de 11 a 14 milhões com energia elétrica para iluminar o espaço público. São cerca de 620 mil pontos de luz, distribuídas nas ruas, túneis e outros espaços públicos. Destas, 84 mil utilizam tecnologia LED (lâmpadas e luminárias), o equivalente a 13,5% do total.
Caso todos os pontos de luz fossem substituídos por LED, São Paulo economizaria de 5,2 milhões a 6,6 milhões mensalmente apenas com o consumo de energia, já que as lâmpadas e luminárias LED oferecem uma redução de cerca de 50% no consumo. Com o valor economizado seria possível contratar 2.379 professores para os Ensinos Fundamental I, II e Médio, 1.365 Guardas Civis Metropolitanos entre Inspetores, guardas de 3° Classe e Classe Especial, 746 médicos de Classe I, ou 766 enfermeiros de Classe I.
Além da redução considerável com consumo de energia, há várias outras economias propiciadas pelo uso da iluminação LED. Segundo Daniel Tatini, diretor geral da Signify no Brasil, companhia especializada em iluminação, as lâmpadas LED duram muito mais que as lâmpadas convencionais, além de oferecer redução de gastos na gestão de cerca de 20%.
“Os produtos de iluminação em LED voltados para iluminação pública duram pelo menos 50 mil horas, ou seja, cinco vezes mais do que qualquer outro produto que utiliza tecnologia convencional. Soma-se a isto também a redução em gastos com gestão com o uso do sistema de iluminação inteligente que remotamente identifica luminárias queimadas, atos de vandalismo, entre outros, além de possibilitar o controle da intensidade da luz associado ao movimento de rua, tanto de carros quanto de pedestres, como também a mudança automática do horário de funcionamento acompanhando a claridade do dia e o nascer e o por do sol”, afirma.
Outra questão importante é o impacto ambiental que a adoção deste tipo de lâmpada gera. “As lâmpadas e luminárias LED emitem quatro vezes menos CO2 do que uma lâmpada incandescente, não emitem calor ao ambiente e, por durarem mais, seu processo produtivo também é mais eficiente”, completa.
Segundo Daniel, a tecnologia LED pode ser integrada com plataformas de gestão inteligente de iluminação, enviando e recebendo dados, revolucionando o sistema de iluminação pública e a própria gestão da cidade. “Com o Interact City, nossa plataforma de gestão de iluminação baseada na nuvem, conseguimos saber tudo o que acontece dentro de uma luminária, dados que podem ser usados na melhoria da segurança pública, do tráfego local entre outras informações, levando a Internet da Coisas à gestão das cidades, auxiliando na transformação de uma cidade inteligente. Para monumentos, pontes e outros espaços que permitem iluminação dinâmica temos o Interact Landmark que permite, dentre outras coisas, monitorar, gerenciar e programar a iluminação arquitetônica facilitando a criação e a ativação de diferentes cenários de iluminação remotamente, simplificando a manutenção e otimizando o investimento”.
A Signify já implementou essas plataformas em diversas cidades, incluindo Buenos Aires e Los Angeles, entre outras. Um relatório¹ produzido pela Signify e pelo World Council on City Data (WCCD) confirmou que as cidades poderiam economizar energia e reduzir a emissão de CO2 em quase dois terços com a introdução da iluminação LED inteligente. O estudo revelou que a cidade de Los Angeles fez uma economia de energia de 63% em 2016 implementando um sistema desse tipo.
Um dos cases de sucesso de iluminação da empresa é o projeto do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, onde a frequência de visitação aumentou em 30% – já que o público passou a se sentir mais seguro com a nova iluminação, principalmente durante a noite. Além disso, o parque ainda teve uma redução de 30% no consumo de energia, passando de um consumo mensal de 49 mil kWh para 34,5 mil kWh, mesmo quase triplicando o número de pontos de luz, que passaram de 363 para 894.
“O Brasil continua representando um importante potencial de crescimento para nós na Signify e estamos comprometidos em trazer a mais recente tecnologia de nossas soluções inteligentes de iluminação para o benefício das pessoas”, disse Daniel.
¹ “The Citywide Benefits of Smart & Connected Public Lighting” relatório pela Philips Lighting e WCCD, avaliado através dos dados da norma ISO 37120, publicado em 2017.
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