A lista de redes sociais que promovem interação entre seus usuários é grande e, no topo, figura a plataforma de Mark Zuckerberg. No entanto, quando se trata de relacionamentos profissionais, o LinkedIn sai na frente. O site, adquirido pela Microsoft em 2016, apresentou um crescimento na preferência de quem procura uma colocação no mercado de trabalho, segundo uma pesquisa exclusiva, realizada pela Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee.
A plataforma vem se consolidando e já ultrapassou o Facebook, que ocupava o primeiro posto no ano passado. Os dados ainda demonstram que, em geral, as redes sociais ganharam maior relevância para manter um bom networking profissional e, de acordo com especialistas do setor, a tendência é que essas e outras plataformas digitais se fortaleçam ainda mais nessa modalidade.
O levantamento “O Perfil do candidato a vagas de estágios em 2017” contou com 2.193 estudantes de todas as regiões do país, que estão em busca de uma colocação profissional, especialmente uma vaga que proporcione aprendizado para o desenvolvimento de suas carreiras. 70% têm entre 18 e 23 anos e, 9 em cada 10 entrevistados, realizam curso superior, apenas 3,4% ainda frequentam o ensino médio.
A ascensão das redes sociais
A pesquisa mostrou que os jovens, que ainda frequentam as salas de aulas, buscam nos programas de estágio uma saída para continuarem desenvolvendo suas carreiras, mesmo em meio à recessão que assola a economia do país nos últimos anos (74% deles aspiram uma vaga de estágio especificamente). Essa parcela da mão de obra brasileira é usuária assídua de redes sociais e plataformas digitais, por isso, as buscas por esses canais se intensificaram, e o número daqueles que conseguiram uma vaga através dessas ferramentas quase dobrou – houve um crescimento notável, passando de 5% em 2016 para 9% em 2017.
Os espaços que antes eram voltados somente para interações informais entre amigos e conhecidos, hoje já cedem lugar para relacionamentos profissionais e informações mais sérias. Enquanto isso, os sites das próprias empresas perderam relevância nesse quesito – o estudo registrou uma queda de 10,4% em 2016 para 8,3% em 2017. De acordo com Tiago Mavichian, diretor da consultoria, embora os sites institucionais também façam parte do meio digital, as redes sociais possuem um alcance maior: “Justamente pelas possibilidades de interações oferecidas, através das diversas formas de compartilhamento e réplicas das notícias de vagas, que se propagam e podem tomar proporções gigantescas”.
Mudança estratégica
Em 2016, o Facebook figurava em primeiro lugar entre as redes sociais nas quais os usuários procuravam uma oportunidade de trabalho, mas, esse ano, a plataforma caiu de 35% para 24%, e perdeu o posto para o LinkedIn, que apareceu como o canal mais usado nessa procura para 31,8% dos estudantes.
Curiosamente a rede social, que sempre foi voltada para a construção de network e relações profissionais e corporativas, foi reformulada no início desse ano, alguns meses depois de sua aquisição pela dona do Windows, e adotou um layout mais simplificado, com um visual novo, de aparência mais próxima daquilo que encontramos no Facebook e outras plataformas de interação social. Segundo seus desenvolvedores, essa foi a maior mudança desde o seu surgimento e objetivou facilitar a experiência do usuário, em relação a identificação de temas de interesse e compartilhamento de conteúdo, dando destaque aos diálogos e às interações no centro do novo design.
Ferramentas digitais
Assim como as redes sociais, as plataformas especializadas também se destacaram. Dentre aqueles que especificaram o principal meio até a vaga, 16,6% afirmam que conseguiram a oportunidade via sites de consultoria especializados e 29,6% através de plataformas de divulgação de vagas.
Para Mavichian, assim como as redes sociais, esses meios também promovem uma interação maior e se tornam ainda mais eficazes pela precisão na hora de encontrar o melhor perfil para a vaga oferecida: “as plataformas e sites especializados possuem um banco de dados grande e estruturado, além disso, concentram um vasto número de cadastros, com diferentes perfis, e possuem as ferramentas adequadas para uma seleção minuciosa, com filtros mais apurados, portanto, são capazes de realizar uma seleção eficiente, voltada para a captação dos candidatos com as características que melhor se encaixem às exigências do cargo. Por isso esse processo vem sendo cada vez mais informatizado, tanto por parte dos candidatos, quanto pelas organizações” – explica o especialista.
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