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M-payment: os caminhos para fazer isso dar certo

Hoje entra em operação o sistema de pagamento móvel (m-payment) Apple Pay no Reino Unido. A facilidade de usar o smartphone para fazer o pagamento nas compras já é uma realidade nos Estados Unidos, desde outubro de 2014, e em algumas outras cidades do mundo.

Mas a troca da carteira pelo aparelho e do dinheiro pelos bits não é algo plenamente aceito como futuro imediato do comércio ainda. Um estudo da empresa de pesquisa Statista aponta que 43% dos americanos acham que os seus smartphones nunca substituirão o dinheiro para a maioria de suas compras. Outros 37% não acreditam que os cartões de crédito resistirão diante dessa inovação. A mudança de paradigma, de acordo com esse levantamento, só ocorreria daqui a 10 anos para 42% dos pesquisados.

É preciso levar em conta que a novidade do m-payment é recente, talvez o termo ideal seja “crua”. Os hábitos de consumidores não mudarão de uma hora para outra. A própria Statista tem outros levantamentos que apontam que a desconfiança quanto à segurança dos sistemas ou o que fazer em caso de perda do aparelho ainda assustam os usuários, mesmo os mais novidadeiros.

Mesmo com essas dificuldades, a expectativa do mercado é positiva. A eMarketer aponta que 16 milhões de consumidores adotaram o m-paymente em 2014, gerando US$ 3,5 bilhões em compras. A previsão é que em 2016 esse número supere os US$ 27,5 bi e não só o sistemas a Apple e Google participem disso, mas apps de empresas como PayPal e varejo como Starbucks e Dunkin’ Donuts ajudem a mudar o comportamento de consumo.

Outro fator que deve ajudar na alteração de patamar é a força que o mercado financeiro deposita no avanço da tecnologia. Em outro estudo conduzido pela The Economist a pedido da SAP, as transações por dispositivos mobile serão responsáveis por 48% das operações bancárias previstas para 2019. Os bancos estão por trás também de toda a viabilização do negócio de m-payment da Apple.



Vantagens para o consumidor
A vantagem principal vista nessa novidade não é a facilidade de pagamento ou realizar compras a qualquer hora e lugar. As empresas dão como certa a personalização de novos serviços e a coleta de dados de comportamento para impulsionar um novo leque de produtos e serviços ao cliente. Um paper do Federal Reserve (o Banco Central americano) traz um bom cenário das expectativas nesse sentido. O relatório “Consumers and Mobile Financial Services 2015” aponta que 69% dos consumidores mobile mudaram o comportamento após terem mais informações disponíveis.

O impulso desse mercado deve ser dado mais pelo marketing do que a TI. A Forrester aponta que esse é o departamento que comandará as estratégias de m-payment nos negócios. A questão não é de interoperabilidade ou sistemas, mas de ampliar mercado e serviços aos consumidores. É a experiência de compra que está em jogo.

 

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