Pesquisa encomendada pelo PayPal revela que o brasileiro já se deixou conquistar pela facilidade das compras online via dispositivos móveis, “mas ainda há muito espaço para crescer”, esclarece a empresa.
Em 2017 o volume de pedidos via mobile cresceu além dos 35% – segundo números do Webshoppers. Praticamente ¼ das vendas de e-commerce no Brasil se deram via dispositivos móveis, sejam smartphones ou tablets.
Mas o que explica esse crescimento, principalmente se levarmos em consideração os desafios da economia nacional nos últimos tempos? [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Foi para responder a essa questão que o PayPal encomendou ao Opinion Box uma extensa pesquisa cujo objetivo principal é ajudar a entender os hábitos de consumo online dos chamados m-consumidores, ou seja, os brasileiros e brasileiras que fazem compras via dispositivos móveis.
Parte desse fenômeno pode ser atribuído à democratização do acesso 3G e 4G no Brasil. Com isso, os smartphones cada vez mais desempenham o papel de principal ferramenta de acesso à internet, especialmente entre as classes menos abastadas.
De acordo com o IBGE, 92,1% do acesso à rede já são feitos por meio de dispositivos móveis. “O smartphone está se tornando o controle remoto do mundo”, como gosta de falar o pessoal do PayPal. Prova disso é que, no ano passado, 2,7 bilhões dos 7,6 bilhões de pagamentos processados pela empresa de meios de pagamento digital foram realizados por meio de dispositivos móveis e isso correspondeu a cerca de 35% do total.
Mas os números que o Opinion Box identificou demonstram outros pontos muito importantes desse mercado, que avança sobre todas as outras modalidades de consumo, embora ainda tenha muito espaço para crescer.
Veja a seguir os principais pontos da pesquisa. Todas as imagens e informações são de responsabilidade do Opnion Box. Coloquei dessa forma para ficar mais fácil de entender e visualizar.
Foram realizadas 1.020 entrevistas online, aplicadas por meio de um questionário de autopreenchimento com 72 perguntas. As entrevistas foram realizadas pelo Opinion Box entre os dias 26 e 28 de fevereiro de 2018. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais no geral e nível de confiança de 95%.
A primeira pergunta foi sobre as compras mais recentes feitas por meio de dispositivos móveis. Cerca de 30% afirmaram ter feito compras nos sete dias que antecederam a realização da pesquisa; outros 20% fizeram compras nos 15 dias anteriores; 21%, nos 30 dias anteriores; 11% nos 60 dias anteriores; e mais 18% há mais 60 dias.
Entre os 71% que fizeram compras nos 30 dias que antecederam a pesquisa, a quantidade média de compras via mobile foi 4,85 por respondente; enquanto que a média de compras via computador foi de 3,81.
O estudo quis saber também o fluxo das compras online entre o desktop e os dispositivos móveis. E descobriu que 30% dos pesquisados disseram ter o hábito de iniciar uma compra no celular e terminá-la no computador; outros 20% fazem o caminho inverso, começam a compra no computador e termina no dispositivo móvel.
Também foi investigado o fluxo de pesquisa que conclui na compra e 41% têm o hábito de pesquisar itens para comprar pelo smartphone ou tablet e fazer a compra pelo computador; e 30% costumam usar o método inverso, ou seja, pesquisar o produto/serviço pelo computador e comprar via mobile.
O m-consumidor costuma comprar qualquer tipo de item pelo smartphone/tablet, mas a categoria campeã de audiência é Serviços (como aplicativos para solicitar táxi ou carro particular, pedir comida/delivery, recarregar bilhete único, realizar recarga de celular etc.), com 84% de respostas. (respostas múltiplas)
A segunda categoria na lista é Produtos do dia a dia (como produtos de farmácia, supermercado, roupas, acessórios, livros, papelaria etc.), com 76%. Em terceiro lugar ficaram as chamadas Compras pontuais (como móveis, eletrônicos, eletrodomésticos etc.), com 75%. (respostas múltiplas)
Outro ponto pesquisado pelo Opinion Box foi a relação entre compra via site e via aplicativo no smartphone ou tablet. E aí temos resultados interessantes: na categoria Serviços, 56% dos respondentes afirmaram ter tido a experiência em aplicativos instalados no equipamento; 32% podem usar tanto o aplicativo quanto o site diretamente no navegador; e 12% compram somente no site das lojas.
A segunda categoria em que a experiência de compra via app é mais frequente é Consumo digital (músicas, jogos, software etc.), em que 40% compraram por aplicativos; outros 40% não fazem distinção entre apps e sites das lojas online; e 20% compraram diretamente nos sites.
61% dos pesquisados disseram comprar mais Serviços por meio de seus dispositivos móveis; Consumo digital vem em segundo nessa lista, com 44%; seguido por Entretenimento (ingressos para cinema, peças ou shows), com 41%, e Produtos do dia a dia, com 40%.
Foi perguntado também sobre qual a forma de pagamento mais usada pelos m-consumidores e o cartão de crédito foi o mais citado. 69% afirmam utilizar o cartão de crédito parcelado para comprar na categoria Turismo e viagem; seguido pelas Compras pontuais, com 62%.
Já na categoria Consumo digital, a maioria (56%) usam cartão de crédito à vista; modalidade mais utilizada também na categoria Entretenimento, com 57%.
A categoria em que as carteiras digitais, como o PayPal, são mais citadas é a de Consumo digital, em que a opção é usada por 33% dos entrevistados. Em seguida vêm Turismo, com 32%; Serviços e Entretenimento, ambas com 25%; Produtos do dia a dia, com 24%; e Produtos de compras pontuais, que registrou 23%.
Segundo o estudo, o m-consummer se considera um consumidor planejado. A categoria em que isso fica mais visível é a de Turismo e viagem, em que 86% garantem planejar os gastos.
Na outra ponta da pergunta, a categoria de Consumo digital conta com “apenas” 69% de consumidores planejados.
Quanto à facilidade do ato de comprar via mobile, a categoria que os pesquisados mais citaram foi a de Serviços, com 72%. Na outra ponta da pergunta, a categoria em que a experiência mobile é a mais difícil foi Turismo e viagem.
Dentre os principais motivos para considerar difícil realizar uma transação via mobile 42% citaram a demora para carregamento das páginas das lojas; 36%, o fato de não encontrarem informações sobre os produtos; e 32%, a necessidade de utilizar o pacote de dados para navegar e realizar a compra.
Outro ponto importante: 49% dos pesquisados garantem preferir comprar e pagar por produtos e serviços via aplicativo.
A pesquisa concluiu que esse índice só não é maior porque 57% dos entrevistados ainda se preocupam em baixar aplicativos, pois eles ocupam espaço na memória do celular.
Conclusão
Para Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil, “A pesquisa demonstra que apostar no mobile pode ser a chave de um futuro promissor para muitas lojas virtuais. O smartphone está se tornando o controle remoto do mundo, então, faz total sentido que as empresas invistam nas possibilidades desse dispositivo.“
“Os números do estudo do Opinion Box vão ao encontro desse nosso esforço para democratizar os serviços financeiros“, enfatiza o executivo, e completa: “Nós do PayPal, que acreditamos no poder de democratização dos serviços financeiros via mobile, trabalhamos dia e noite para criar a melhor experiência de compra de produtos e serviços (e gerenciamento de recursos) para nossos clientes.“,
Para Felipe Schepers, diretor de Operações do Opinion Box, “A pesquisa aponta para um grande potencial de crescimento do mercado mobile no Brasil para os próximos anos. Tanto no que tange à experiência de comprar produtos e serviços de diferentes categorias, quanto no aspecto de explorar novas formas de pesquisar, pagar e se relacionar com as empresas.“
“Ainda há um desafio de melhorar as plataformas de compra via aplicativo e/ou site pelo celular, tornando a experiência de compra mais fácil e atrativa para os consumidores.“, explica.
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