O Gartner, instituto de pesquisa e consultoria global de TI, informa que o mercado de infraestrutura de serviços na nuvem (IaaS – Infrastructure as a Service) crescerá 32,8% em comparação com 2014 e deverá haver concentração de players, uma vez que muitos prestadores de serviços estão mudando suas estratégias por não conseguirem ganhar força suficiente no mercado. Esse e outros dados serão apresentados durante a Conferência Gartner Business Intelligence, Analytics & Information Management, que acontecerá nos dias 23 e 24 de junho (terça e quarta-feira), no Sheraton São Paulo WTC Hotel.
Os gastos globais com IaaS devem chegar a US$ 16,5 bilhões em 2015, um aumento de 32,8% em comparação com 2014, de acordo com a última previsão do Gartner. Segundo Lydia Leong, vice-presidente do Gartner, o ecossistema de soluções de IaaS está-se consolidando rapidamente em torno de um pequeno número de líderes de mercado.
“Os clientes estão obtendo um grande valor fora do IaaS, mas o cenário competitivo está mudando. Poucos provedores possuem recursos financeiros para investir em ser amplamente competitivos no mercado de serviços cloud (na nuvem)”, afirma a analista do Gartner.
Segundo o Gartner, 2014 foi um ano de ajuste de contas para provedores de IaaS, e muitos acreditam que a estratégia atual está fracassando. Alguns pretendem lançar uma plataforma completamente nova de nuvem como serviço, realizar alterações substanciais na plataforma atual ou mudanças para fornecer serviços gerenciados nas principais plataformas de IaaS. Muitos fornecedores indicam que pretendem interromper ou reduzir de forma significativa o investimento em suas ofertas de nuvem como serviço, e outros pretendem eliminá-las ou substituí-las.
“Aconselhamos que os compradores sejam extremamente cautelosos ao selecionar provedores, que façam perguntas específicas e detalhadas sobre o serviço e busquem compromissos contratuais que não permitam que o provedor modifique substancialmente ou modifique a oferta sem aviso prévio de pelo menos 12 meses”, afirma a analista.
A fatia de mercado continua a diminuir, mesmo com o crescimento substancial. Apesar de 15 prestadores terem sido destacados no novo -Quadrante Mágico para Infraestrutura em Nuvem como um Serviço- mundial do Gartner, o setor é dominado por apenas alguns provedores globais, sobretudo a Amazon Web Services, a Microsoft Azure e o Google Compute Engine, cada vez mais presentes. Estes três fornecedores respondem pela maior parte do trabalho em execução em Nuvem pública IaaS em 2015.
Expansão das cargas de trabalho de IaaS
Em 2014, o crescimento absoluto das cargas de trabalho em nuvem pública IaaS superou, pela primeira vez, o crescimento de cargas de trabalho no local (de qualquer tipo). A pesquisa 2015 CIO Survey, do Gartner, indica que 83% dos CIOs consideram a nuvem IaaS como uma opção de infraestrutura, e 10% estão utilizando a nuvem pela primeira vez tendo IaaS como preferência de infraestrutura padrão.
As soluções de IaaS são usadas em praticamente todos os casos em que podem ser hospedados servidores virtualizados baseados em x86. Os usos mais comuns são: ambientes de desenvolvimento e teste; computação de alto desempenho e processamento em lote; sites voltados para a internet e aplicativos baseados na web; e aplicativos de negócios internos sem missão crítica. Um número crescente de organizações também passou a executar aplicativos de negócios de missão crítica em IaaS.
“A nuvem como serviço pode ser usada para executar a maioria das cargas de trabalho, embora nem todos os provedores possam executar bem todo tipo de carga de trabalho. IaaS não é uma mercadoria. Os fornecedores variam significativamente suas funcionalidades, desempenho, custo e termos de negócios. Embora na teoria a nuvem como serviço tenha muito pouco lock-in, na realidade ela não é meramente uma questão de aluguel de hardware, mas todo um ecossistema de data center como serviço. Quanto mais você usa seus recursos de gerenciamento, maior valor receberá a partir da oferta – e maior será o vínculo que criará com essa oferta especial de serviço”, afirma a vice-presidente do Gartner.
Estratégia bimodal para IaaS
De acordo com o Gartner, as organizações devem aprender a operar em dois modos essenciais, conhecidos como TI bimodal, pois elas não podem perder de vista a necessidade de manter as operações de TI, ao mesmo tempo em que buscam inovação digital.
Inicialmente, a maioria das empresas adota a nuvem IaaS para o Modo 2, projetos de TI ágeis que podem ser periféricos para as necessidades de TI da organização, mas que têm grande impacto comercial. Isso afeta o abastecimento: a adoção no Modo 2 é, muitas vezes, conduzida pela empresa, por gerentes de negócios que detêm o orçamento, necessitam de mais agilidade e têm prazos mais curtos do que as operações de TI são capazes de oferecer.
Com o tempo, conforme a empresa se torna mais adaptada ao uso de Nuvem IaaS, esta também será usada no Modo 1, assim como nos projetos de TI tradicionais, geralmente se espelhando na adoção do padrão de virtualização no data center da última década. Muitas empresas, especialmente no mercado de médio porte, acabarão migrando da execução de seus próprios data centers, a fim de contar principalmente com a infraestrutura em nuvem.
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