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Mercado de vinhos no país registra alta no primeiro quadrimestre do ano



Dados de consultorias como Nielsen e Ideal dão conta de um aumento considerável de consumo de vinhos, principalmente durante a pandemia. Quando analisam o volume de importações de vinho antes e depois da pandemia, registram crescimentos superiores a 30% no volume que entrou no país. E o panorama mantém-se aquecido. Segundo a Ideal Bi, o mercado de vinhos registrou alta de 6% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com os primeiros quatro meses de 2021. O resultado, com o total de 111, 6 milhões de litros de vinho, é a soma da comercialização das vinícolas nacionais, com a importação de vinhos e espumantes no período. “No ranking dos países que exportam para o Brasil, o Chile mantém a liderança com participação de 46% no total de importação em volume, e de 41% em valor no quadrimestre”, comenta Felipe Galtaroça, CEO da Ideal.

Mesmo com inflação global não vista em décadas, aumento dos preços dos insumos e rupturas na cadeia logística, fatores que caracterizaram o primeiro trimestre da atividade mundial em 2022, a Viña Concha y Toro alcançou um aumento de 8,9% nas vendas e 20% de lucro. As vendas consolidadas totalizaram US$ 178.055 milhões, refletindo o aumento do mix  de preços e o efeito favorável do câmbio.“Acreditamos que as bases sólidas da empresa somadas à força de seu portfólio de marcas, diversificação de mercado, bem como sua estrutura de distribuição, fizeram a diferença nestes tempos difíceis, impulsionando o crescimento e a rentabilidade”, disse Eduardo Guilisasti, CEO global da Viña Concha y Toro. “Neste contexto, a empresa tem levado a cabo uma estratégia eficaz que visa a manutenção da sua rentabilidade financeira, aumentos de preços e gestão do controle de custos”, acrescentou.

Em relação aos elementos que impulsionaram os números, o aumento dos preços ocorreu em resposta a pressões no custo de insumos secos, custos de mão de obra e fretes, entre outros. Esta decisão, aliada a uma taxa de câmbio mais elevada, resultou num aumento do preço médio/mix nos Mercados de Exportação (+6,7%), Vinho do Chile (+14,1%) e Estados Unidos (+9,6%). Esses mesmos motivos levaram a margem Ebitda a atingir 18,0% nos três primeiros meses do ano e crescer 9,7% para Ch$ 32.050 milhões. O lucro líquido foi de US$ 17.677 milhões.



Em termos de volumes, a queda de 8,3% foi explicada principalmente pela menor atividade no Reino Unido e nos países nórdicos, mercados onde se enfrentou uma elevada base de comparação devido à evolução da pandemia e dos confinamentos. de 2021. Além disso, a saída deliberada de marcas comerciais não premium -especialmente na China- e as interrupções no frete marítimo tiveram influência.Embora a venda das marcas foco da categoria Principal (Casillero del Diablo e suas extensões de linha) e Invest (Don Melchor, Diablo, Marques de Casa Concha, , Trivento Golden Reserve, Trivento Reserve, entre outras) apresentarem queda de 11,8%, em valor tiveram aumento de 7,8%. 

Consequentemente, a empresa registrou um mix de vendas estável em relação ao mesmo trimestre de 2021, com as categorias premium Principal e Invest respondendo por metade das receitas (49,9%).

Em relação aos mercados, destacou-se a América Latina, onde as vendas tiveram um desempenho sólido, com destaque para o México com crescimento de 33,4% em valor e 19,4% em volume, impulsionado pela categoria Invest (+230% em volume). As vendas no Brasil cresceram 18% em valor, com preço médio em dólar 8,8% maior e volumes 2,5% menores, com destaque para a categoria Protect e o portfólio Super & Ultra Premium (+38,4% e +88,6% em valor, respectivamente).

Já no mercado interno chileno, as vendas de vinhos cresceram 2,1%, impulsionadas por um aumento de 14,1% no preço médio/mix e um sólido crescimento de volume na categoria de marca Invest (+32,7%). Isso, apesar de o volume consolidado ter diminuído 10,5% em função da queda do vinho massivo, segmento que não é foco da empresa. O peso das marcas Principal e Invest nas vendas totais no Chile passou de 33% no primeiro trimestre de 2021 para 38,4% no mesmo período de 2022.

“Para os próximos meses, prevemos que as condições prevalecentes no cenário global continuarão a pressionar o consumo, os custos e as frentes da cadeia de abastecimento”, antecipa Eduardo Guilisasti. No entanto, há convicção da capacidade da empresa para lidar com esse cenário. “Juntamente com os nossos desejos de uma evolução favorável da pandemia e uma resolução do conflito geopolítico no leste da Europa, continuaremos a trabalhar com um elevado grau de flexibilidade que nos permita adaptar-nos às mudanças de condições e assim encontrar novas oportunidades de negócio para concluir 2022 como uma empresa ainda mais forte”, finalizou Eduardo Guilisasti.

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