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Metade do tráfego na web vem de robôs. Big data virou big bot?



É comum em alguns serviços na web aparecer um aviso “Mostre-me que você não é um robô” e em seguida pedir para resolver uma equação simples, apontar imagens ou escrever um código. Essa preocupação não é exagerada. De acordo com um estudo da consultoria DeviceAtlas, 48% de todo o tráfego da web vem de bots (como são chamados os robôs-softwares que são programados para varrer a rede clicando ou fazendo algo que mostre volume e acesso).

Normal? Não, de forma alguma isso deveria ocorrer. Com esse índice de bots vagando por aí, qualquer número de alta audiência pode gerar desconfiança. Mais ainda, o chamado big data pode ser algo corroído por não-humanos. Isso colocaria em xeque qualquer analytics e corromperia praticamente toda estratégia que não levasse em conta os bots.

O Mobile Web Intelligence Report analisou o primeiro trimestre de 2016. O mais ativo bot detectado foi o Majestic-12, um crawler (varredor) que conseguiu suplantar os bots do Google, Bing e Yahoo, que farejam a web para medir a audiência de sites pelo mundo todo.



A DeviceAtlas é uma unidade de negócio do Afilias, um serviço para registro de domínios web e grande interessado em como a audiência comporta-se no mundo digital.

Mobile avança
O relatório da empresa mostra que o tráfego de bots também ultrapassou o acesso mobile em sites. Cerca de 43% está vindo de dispositivos móveis. Os desktops respondem por algo entre 6% do acesso. O estudo ainda traz dados interessantes sobre o crescimento da plataforma Android e da preferência por telas grandes nos dispositivos.

Mas o número que surpreende mesmo é sobre os bots. Desconfiava-se que eles estavam se tornando algo ruim na web. Os dados apresentados mostram mais do que um ruído nos analytics. É uma epidemia que precisa ser contida.

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