Home Cultura Mídias sociais tendem a influenciar satisfação de usuários com seus sorrisos

Mídias sociais tendem a influenciar satisfação de usuários com seus sorrisos



Usuários de redes sociais podem ter a percepção do próprio sorriso influenciada pelas pessoas – geralmente famosas – que acompanham no Instagram, Facebook, Twitter ou outra mídia social. Em artigo publicado na revista Research, Society and Development, pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, mostraram o resultado de um levantamento feito com 171 pessoas. Por meio de questionário, 62% delas afirmaram estar satisfeitas com o próprio sorriso, mas gostariam de fazer alguma mudança em seus dentes.

Entre as mudanças que fariam no sorriso, as três principais respostas foram mexer na cor dos dentes (52%), na posição deles (38%) e no tamanho (18,7%). Ao serem questionados se essa percepção sobre o próprio sorriso é influenciada pelas mídias sociais, 12,9% disseram que sim e 47,4% afirmaram que parcialmente sim. Ao responderem sobre a característica mais atrativa do sorriso, a posição dos dentes foi citada por 83,6% dos entrevistados.

Garantir o alinhamento ou resolver posição anormal dos dentes – conhecido como má oclusão – é um dos principais motivos que levam as pessoas a procurarem um tratamento ortodôntico, segundo um levantamento feito por pesquisadores da Universidade do Sagrado Coração, de Bauru (SP), com 250 pessoas. Pelo menos 42,4% disseram ser esse o motivo de procurar tratamento, seguido pela melhoria da aparência, citado por 24% dos entrevistados.



Antes considerado demorado e doloroso, o tratamento ortodôntico, hoje, é diferente do que era oferecido há pelo menos 20 anos. De lá para cá, houve uma modernização de técnicas e materiais utilizados para realinhar dentes e encaixar mordidas. “Tivemos descobertas biológicas importantes nesses anos. Hoje se sabe que com menos força aplicada nos dentes, temos mais movimentação dentária. A idade também não é mais um fator limitante como se pensava anteriormente”, explica o ortodontista Fabricio Lima Milani.

O profissional esclarece que a evolução dos braquetes, que hoje são autoligados e possuem baixo atrito com o fio do aparelho, facilita a movimentação e aplicação de pouca força, o que diminui ou até elimina a dor e o desconforto do tratamento. “Em conjunto, temos os chamados fios “inteligentes” termo ativados que agem conforme a temperatura da boca, proporcionando mais eficiência, diminuindo o tempo total do tratamento e um intervalo maior entre as consultas, sem a necessidade de ir mensalmente no consultório”, comenta o dentista.

Milani, que tem mais de 20 anos de experiência na área de odontologia, explica ainda que a chegada dos alinhadores invisíveis, mais uma evolução dos aparelhos ortodônticos, vem garantindo excelentes resultados técnicos, sem a necessidade de peças metálicas coladas nos dentes, o que melhora a aparência e a higienização dos dentes.

Outra evolução foi o custo do tratamento, com a diminuição do preço dos materiais, que hoje é menor e se tornou mais acessível aos pacientes. “De fato, hoje o tratamento ortodôntico é realizado de forma menos traumática, seja em relação à dor, ao tempo de tratamento, que é bem menor, e com custo mais baixo. E para os que não querem aparelhos metálicos, existem os alinhadores totalmente estéticos”, resume Fabricio Milani.

Número de usuários de planos odontológicos aumenta 9% em um ano

A busca por um sorriso saudável e mais bonito é uma preocupação de muitos brasileiros, considerado o povo que mais se preocupa com a higiene bucal. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), os brasileiros escovam os dentes três vezes ao dia, o dobro da média mundial.

Para garantir o cuidado contínuo com o próprio sorriso, muitos têm contratado mais planos de saúde odontológicos. Segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), número 67, publicada em março pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o número de contratos de planos odontológicos aumentou 9% entre 2021 e 2022. Em janeiro do ano passado eram 26,8 milhões de beneficiários, número que saltou para 29,2 milhões no mesmo mês deste ano, saldo de 2,4 milhões de vínculos no período. 

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