* Por Mariane Guerra
Expatriar profissionais é visto com certa desconfiança por muitos departamentos de RH, porém, a estratégia de internacionalização é considerada um diferencial para os líderes das organizações. O motivo é garantir o fluxo de conhecimento e o enriquecimento cultural nas corporações, além de ajudar a preencher o quadro de funcionários em diversas regiões onde não se encontra profissionais especializados.
Mas, trazer colaboradores de outros países não é um processo fácil, além de uma estratégia bem traçada e de um acompanhamento muito próximo, o RH enfrenta diversos obstáculos burocráticos. Um dos mais comuns é o alto custo de um profissional expatriado, que pode ser mais elevado que o de um trabalhador nacional. Um exemplo disso é a política brasileira de imigração, a qual estabelece que o colaborador estrangeiro não pode ter no Brasil uma remuneração abaixo da que ele possuía em seu país de origem, fator que traz limitação para muitas organizações.
Para a área de Recursos Humanos, além das questões de relacionamento, é essencial estar em constante atualização em relação às leis e analisar os principais aspectos imigratórios, fiscais e trabalhistas referentes à folha de pagamento do expatriado. Uma pesquisa da ADP apontou que o risco de compliance é a preocupação número 1 para 60% dos líderes globais de RH, e essa atenção deve ser redobrada nos processos de mobilidade internacional de talentos.
A prestação destes serviços exige uma rede nacional de especialistas, com profundo conhecimento da legislação local, gestão de capital humano, folha de pagamento, entre outros itens burocráticos. O investimento para esse processo é significativo, e muitas vezes foge à atividade principal de qualquer organização. Muitas empresas têm em seu planejamento a aplicação de recursos em uma área de “gestão de expatriados”, principalmente multinacionais, mas poucas possuem, de fato, um departamento estabelecido. Se existe o desejo de se preparar para o futuro, é fundamental que as empresas coloquem os seus planos em prática.
Fluxo de empregados
Contar com um parceiro com experiência internacional em RH pode ajudar as empresas a adequarem a expatriação de seus colaboradores. Cada país possui suas regras e suas próprias leis, o que pode se tornar complicado para uma companhia que está presente em diversas regiões. Para transpor tal desafio, especialistas em mobilidade ou legislação de RH podem se tornar bons aliados para facilitar o fluxo dos empregados, agregando cultura, conhecimento e experiência para toda a organização.
vice-presidente de Recursos Humanos Latam da ADP
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