Home INOVAÇÃO Motoristas reclamam que tecnologia em carros ultrapassou o sinal amarelo

Motoristas reclamam que tecnologia em carros ultrapassou o sinal amarelo



A infinidade de instrumentos tecnológicos nos novos veículos tem sido a estratégia mais usada pelas montadoras na hora de atrair o consumidor. Cifras bilionárias têm sido investidas todos os anos para oferecer novidades como acesso remoto ao veículo e até a direção autônoma. Mas uma pesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos mostra que as empresas talvez precisem tirar um pouco o pé do acelerador quando o assunto é embarcar tecnologia nos automóveis.

A JD Power investigou as experiências dos motorista nos primeiros 90 dias de seus carros novos e descobriu que os proprietários não tinham usado nem metade dos recursos oferecidos. Algumas ferramentas como o concierge não foram usados por 43% e wi-fi por 38%. O sistema de estacionamento automático foi ignorado por 35% dos entrevistados e aplicativos embutidos, por 32%. Mais de 20% dos motoristas afirmaram ainda que dispensarão em seus próximos veículos pelo menos 14 funcionalidades como a Apple e Google CarPlay Auto Android, serviços de concierge e mensagens de texto por voz.

CarPlayGoogle
Automotivas e empresas de tecnologia querem agradar ao consumidor, mas tudo está indo rápido demais

Um dado curioso é que, entre os entrevistados da geração Y, 23% afirmaram que não se importam em ter carros com sistemas de entretenimento e conectividade. “Em muitos casos, os proprietários simplesmente preferem usar seu smartphone ou tablet, pois atende as suas necessidades; eles estão familiarizados com o dispositivo. É preciso pensar que uma tecnologia de conectividade que não é utilizada resulta em milhões de dólares perdidos por consumidores e fabricantes”, disse Kristin Kolodge, diretor-executivo da JD Power.



Muitos motoristas demonstraram também dificuldades em utilizar as ferramentas. Reclamaram da falta de atenção de seu revendedor em explicar a funcionalidade. Outros nem mesmo sabiam que da tecnologia disponível no automóvel. Ainda de acordo com a pesquisa, os motoristas estão menos preocupados com as tecnologias de conectividade e preferem ferramentas que melhorem a experiência de dirigir e a segurança como computador de bordo, detectores de ponto-cego e controle de cruzeiro adaptativo.

Mais intuitiva

Para Kolodge, as concessionárias precisam oferecer apoio ao motorista nos primeiros 30 dias de uso do carro para que ele se familiarize com as novas ferramentas. “Os concessionários deverão
desempenhar um papel fundamental para explicar a tecnologia para consumidores. Mas também é responsabilidade das montadoras projetar a tecnologia mais intuitiva”, disse Kolodge. “Os fabricantes de automóveis também precisa explicar a tecnologia para a equipe concessionária e
treiná-los sobre a forma de demonstrá-lo aos proprietários”, reforçou. (do Radar Nacional)

 

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