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Negócios: Brasil é vice-líder em inovação na América Latina



O Brasil alcançou este ano a vice-liderança, entre países latino-americanos, no quesito “inovação”. É o que apontam os dados do Índice Global da Inovação (IGI) 2022 anunciados nesta quinta-feira (29) pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês). Em 2022, o país atingiu 32.5 pontos, ficando apenas atrás do Chile e subindo duas posições no ranking que é considerado uma referência na avaliação da inovação para formulação de políticas econômicas de um país.

Porém, embora o resultado seja animador, o setor produtivo nacional ainda precisa acelerar em investimentos para almejar patamares mais competitivos. Isso porque, no ranking global, o Brasil encontra-se na 54ª posição, em meio a 132 países pesquisados. Em primeiro lugar, vem a Suíça, com 64,6 pontos, seguida pelos Estados Unidos, que conseguiu 61,8 pontos.

O investimento em inovação como condição essencial na reestruturação de cadeias globais foi tema de uma reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada este mês na Confederação Nacional da Indústria (CNI). As lideranças discutiram os desafios impostos pela reorganização da lógica de produção, fizeram uma análise de conjuntura geopolítica do Brasil e debateram formas de como atingir os objetivos corporativos e alavancar a competitividade dos negócios.



Segundo a gerente de Projetos Denise Freitas Santos das Neves, inovar no mercado não é novidade. Porém, é preciso saber quais ferramentas devem ser consideradas, de maneira a garantir que a empresa saia do ambiente de estagnação para um projeto de organização que busque novos modelos de negócios. Uma delas é o Project Management Office (PMO), ou escritório de gerenciamento de projetos.

“O PMO faz com que os projetos sejam executados seguindo as boas práticas, fazendo uso apropriado das metodologias e ferramentas disponíveis e seguindo as diretrizes e políticas de governança”, explica.

Ela assegura que a ferramenta pode ser implantada em qualquer ramo ou setor empresarial. Como exemplo prático, a especialista cita uma empresa de software, onde o PMO atuaria desde a formalização da venda de um projeto até a entrega do produto.

“Essa ferramenta irá documentar todas as fases dessa implantação, ajudará os coordenadores de projetos nas tomadas de decisões e será responsável por gerar dados para que seja possível visualizar se o projeto está dentro do tempo certo para entrega, ou se esse projeto já está exercendo as horas de implantação, gerando prejuízos ao cliente e assim por diante”, detalha.

Por conta dessa característica, Denise das Neves ressalta que o escritório de projetos está presente em todas as etapas do processo de criação, desenvolvimento e produção das empresas, orientando as equipes para que os objetivos sejam alcançados com eficiência.

“Alguns dos benefícios de se ter um PMO são a padronização, aumento na taxa de sucesso nos projetos, gestão do conhecimento, capacitação dos gerentes de projetos, facilidade em tomar decisões, redução de falhas em projetos, projetos alinhados à estratégia da organização, visibilidade e transparência para os projetos, possibilitando o aumento o sucesso dos projetos e diminuindo os riscos”, conclui ela, que tem 12 anos de experiência na área.

Brasil subiu três posições no Índice Global de Inovação

A melhor marca atingida pelo Brasil no Índice Global de Inovação (IGI) foi conquistada em 2011, quando o Brasil ocupou a 47ª posição, segundo informações da CNI, entidade parceira na produção e divulgação do ranking no país. Neste ano, apesar de estar sete posições longe daquela marca, no 54º lugar, o país conseguiu ganhar três posições em relação a 2021.

Além de Suíça e Estados Unidos, que ocupam a primeira e segunda posições, respectivamente, a lista dos 10 países mais inovadores do mundo também é formada, pela ordem, por Suécia, Reino Unido, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Alemanha, Finlândia e Dinamarca.

Na América Latina, além de Chile e Brasil, fazem parte da lista México (58º lugar), Colômbia (63º), Uruguai (64º), Peru (65º) e Costa Rica (68º).

De acordo com a CNI, o IGI 2022 é calculado a partir da média de dois subíndices. O subíndice “Insumos de Inovação! avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: (1) Instituições; (2) Capital humano e pesquisa; (3) Infraestrutura; (4) Sofisticação do mercado; e (5) Sofisticação empresarial. Já o subíndice “Produtos de Inovação” capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: (6) Produtos de conhecimento e tecnologia e (7) Produtos criativos.

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