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Pop Up Store oferece 50% de desconto nas peças de verão

Pop Up Store oferece 50% de desconto nas peças de verão

A Pop Up Store está oferecendo 50% de desconto em todas as peças da coleção de verão 2015 da marca. O kaftan étnico da foto, por exemplo, sai de R$ 318 por R$ 159. A grife pode ser encontrada no Pátio Higienópolis e JK Iguatemi, em São Paulo, Shopping Iguatemi, em Ribeirão Preto, Jundiaí Shopping, e Shopping Recife.



MP alerta sobre prejuízo de R$ 900 mil em compras de leitores ópticos por Detran-GO

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) que cancele o Pregão Eletrônico nº 36/2014, para aquisição de leitores ópticos de código de barras. Segundo a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, a compra de 500 unidades do equipamento vai causar um prejuízo de cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos.

A promotora observa que o leitor de código de barras terá funcionalidade apenas para placas instaladas em 2014 e 2015. A partir de janeiro de 2016, passa a valer outro modelo de placa veicular, nos padrões do Mercosul.

“Os leitores ópticos serão utilizados por apenas um ano, uma vez que, em 12 meses, será dado início a um novo modelo de emplacamento. Assim, o gasto de tão vultuosa quantia é desnecessária”, afirmou a promotora. Ela sustentou ainda que a troca de placas pelo modelo atual teve início em meados de 2014 e, até então, a fiscalização não contou com o leitor óptico para desenvolver seus serviços.

Atendimento precário
Coordenadores dos Centros de Apoio Operacional ao Consumidor e do Patrimônio Público do MP-GO convocaram representantes do Detran para tratar de queixas dos cidadãos com relação ao atendimento prestado pelo órgão.

A promotoria apresentou ao chefe de gabinete do Detran, Oberdan Vale, cerca de 50 reclamações formalizadas junto ao MP de usuários insatisfeitos com o serviço. Na maioria dos casos, os cidadãos reclamam da demora no atendimento, lentidão nas vistorias e falta de emissão de documentos na data prevista.

A direção do Detran esclareceu que houve atrasos no atendimento por conta da troca do sistema utilizado pelo órgão, mas garantiu que o problema já foi resolvido. Por conta da migração, 8 mil processos estão em atraso e devem ser concluídos até a próxima semana.



Com quase um milhão de veículos, metade da frota do Piauí está irregular

O Estado do Piauí atingiu em 2014 a marca de 947.917 veículos, sendo que 47,05% está com documentação irregular. Dos veículos com o licenciamento em atraso, 40,99% circulam na capital e 53,65% no interior do Estado.

Como forma de reduzir a inadimplência dos motoristas e regularizar a frota no Estado, a direção do Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI) vai ampliar a fiscalização e as campanhas educativas no trânsito. “Realizaremos ações como as blitzen acompanhadas pela Escola Piauiense de Trânsito, alertando aos condutores sobre a importância em respeitar as regras de trânsito, como dirigir dentro do limite de velocidade permitida, usar os equipamentos de segurança, dando destaque ao uso de capacetes pelos motociclistas”, pontuou o diretor-geral do Detran-PI, Arão Lobão. “Estamos realizando um estudo com o intuito de permitir a regularização dos veículos automotores do Piauí, inclusive, com facilitação do pagamento para usuários de menor poder aquisitivo”, ressaltou.

Campanha
Em outubro do ano passado, o Detran-PI realizou uma campanha para estimular motoristas a regularizarem a documentação de seus veículos. O órgão ofereceu descontos de até 100% em juros e multa para contribuintes que quitassem até o final de outubro débitos pendentes do Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA).

O motorista que pagasse os débitos à vista teria isenção de juros e multa. Também foi oferecida opção de parcelamento em seis meses. Neste caso, o desconto foi de 80%. A medida é prevista na Lei Estadual 6571/2014, regulamentada em 30 de julho, a partir da publicação do Diário Oficial do Estado.



Grevistas descumprem determinação da justiça de manutenção mínima da frota de ônibus em Curitiba

Nenhum ônibus saiu das garagens de Curitiba nesta segunda-feira (26) depois de deflagrada a greve geral por conta de atrasos nos salários de trabalhadores do transporte público municipal. A manobra contraria decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no sábado, que determinava a manutenção mínima da frota no horário de pico.

Representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) bloquearam as portas das garagens à meia-noite de segunda. “Trabalhador não é peão pra ser brinquedo na mão do patrão! 80% das empresas não pagaram em dia o Vale Salarial de motoristas e cobradores, muitas delas não têm nem sequer previsão de pagamento. As empresas jogam a culpa na dívida do governo do Estado. O trabalhador não tem nada a ver com isso. Pai e mãe de família que trabalha honestamente tem que receber seu salário em dia!”, afirmou o sindicato por meio de nota.

A administração municipal afirmou que a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) registrou junto à Justiça o descumprimento a decisão.  Fiscais de operação do transporte estão nos terminais, estações tubo e no Centro de Controle Operacional para acompanhar a paralisação. Somente as empresas Araucária Metropolitana e Reunidas mantiveram a frota nas ruas apesar da greve.

Transporte alternativo
Para minimizar os transtornos aos usuários, foi aberto o cadastramento de veículos para transporte alternativo. Os motoristas interessados apresentam documentos pessoais e do veículo. Após vistoria, o ônibus recebe o cartaz de identificação de veículo autorizado para o transporte de passageiros. O valor da tarifa é de R$ 6.

A autorização também é estendida para taxistas, mas a corrida deverá ser feita com o taxímetro desligado e o valor a ser cobrado por pessoa é o mesmo. Nesta manhã, a Urbs cadastrou 250 veículos alternativos – 240 carros e vans e dez microônibus. Outros 200 carros oficiais colocados à disposição da Urbs realizam o transporte gratuitamente.



Guarda de Indaiatuba testa equipamento que identifica veículos roubados

A Guarda Civil de Indaiatuba, na região de Campinas, iniciou testes com equipamento que identifica veículos furtados ou roubados. A máquina para monitoramento de veículos foi instalada em uma viatura. Com o auxílio de um tablet e duas câmeras, a guarnição recebe do sistema um alerta imediato sobre a origem do veículo.

O equipamento instalado na viatura para teste foi cedido pela Genetec. A empresa canadense é reconhecida como a líder em soluções de segurança em rede inteligentes e inovadoras.  “É uma tecnologia idêntica à que usamos e que faz a leitura das placas dos veículos e realiza consulta automática no sistema mostrando se o automóvel apresenta algum tipo de queixa como furto ou roubo”, relata o secretário de Segurança Pública, Alexandre Guedes Pinto. “Mais uma vez Indaiatuba sai na frente na integração de tecnologia no combate a criminalidade. Pelo que fomos informados somos a primeira cidade no Brasil a utilizar essa tecnologia embarcada em uma viatura”, comemora.

O município possui há seis anos um centro de operações e inteligência e um software que fiscaliza sem operadores placas de veículos que passam pelas vias públicas. São 100 câmeras fixas ligadas ao sistema instaladas em pontos estratégicos.

Quando uma placa de um automóvel suspeito já cadastro é identificada, o alarme é acionado na central. A guarnição mais próxima do local é acionada para proceder a abordagem. Na última semana, a guarda localizou uma motocicleta usada para prática de assaltos. O veículo foi detectado em uma área monitorada pela central e abordado na Avenida Visconde de Indaiatuba. O condutor estava sem habilitação e a motocicleta foi apreendida.

Mesmo com a tecnologia a favor da segurança, o número de veículos produtos de furto e roubo recuperados na cidade diminuiu. Foram 196 em 2013 contra 179, em 2014, segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado.



Vistoria do transporte escolar começa em Tocantins

Tem início nesta segunda-feira (26) a vistoria do transporte escolar. A inspeção semestral é obrigatória e será realizado nos 139 municípios do Estado em cumprimento ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A vistoria serve para avaliar as condições dos veículos para a segurança dos usuários. São avaliados os freios, sistema elétrico, pneus, direção, mecânica, layout, o estado de conservação e a validade do extintor de incêndio. Também é verificado se há no veículo o número de cintos em acordo ao número informado da lotação. Outra exigência é que as janelas abram somente 15 centímetros. Além disso, é obrigatório que haja encosto de cabeça para veículos que transportam até 20 passageiros.

De acordo com o gerente de fiscalização e segurança do Detran-TO, capitão Magela, a vistoria foi organizada em duas etapas para atender a todos os municípios no tempo previsto. “A fiscalização ocorrerá primeiramente em Palmas, no período de 26 a 30 de janeiro. A partir do dia 2 de fevereiro, duas equipes irão seguir para a região Norte e Sul do estado, realizando os trabalhos de vistoria. A estimativa é que até o dia 21 de março, todos os municípios tenham sido atendidos”, explicou.

Confira o cronograma de vistoria por região:

NORTE
Regional Cidade Data
Palmas Palmas 27 a 30/Jan
Araguatins São Miguel do Tocantins 02/Fev
Sítio Novo 03/Fev
Itaguatins
Maurilândia do Tocantins
Axixá 04/Fev
Augustinópolis
Praia Norte
Sampaio 05/Fev
Carrasco Bonito
São Sebastião do Tocantins
Buriti do Tocantins 06/Fev
Esperantina
Araguatins 07/Fev
Tocantinópolis São Bento do Tocantins 09/ Fev
Cachoeirinha
Ananás 10/Fev
Riachinho
Angico
Luzinópolis 11/Fev
Santa Terezinha do Tocantins
Nazaré
Tocantinópolis 12/Fev
Aguiarnópolis
Palmeiras 13/Fev
Darcinópolis
Araguaína Wanderlândia 23/Fev
Piraquê
Xambioá 24/Fev
Araguanã
Carmolândia
Santa Fé do Araguaia 25/Fev
Muricilândia
Aragominas
Filadélfia 26/Fev
Babaçulandia
Araguaína 27 e 28/Fev
Colinas do TO Campos Lindos 02/Mar
Goiatins 03/Mar
Barra do Ouro
Palmeirante 04/Mar
Nova Olinda
Bandeirantes do TO 05/Mar
Arapoema
Pau D´arco
Bernardo Sayão


Descontos na La Rouge Belle podem ir até 70%

A La Rouge Belle, marca de lingerie da blogueira Lala Rudge, está na reta final de liquidação para o verão 2015, com descontos de 50% na compra de cinco peças, 60% em seis peças, e 70% em sete peças em diante. A grife está localizada no shopping Iguatemi, em São Paulo.



Stella McCartney assina nova coleção para Adidas

Stella McCartney assina nova coleção para Adidas

A estilista Stella McCartney realizou nova parceria com a Adidas e acaba de assinar uma coleção especial para o verão 2015 da marca, voltada para o público feminino e jovem, em São Paulo.

A linha conta com camisetas, macacões, tops, calças justas e acessórios em cores explosivas e estampas inovadoras, que deixam o look esportivo com estilo mais diferente e ousado. “Procuramos dar vida a esse estilo em nossa coleção, combinando performance com estilo para criar o performance pop”, comenta a diretora criativa da Adidas StellaSport. Além disso, todas as peças foram projetadas para secar rapidamente e oferecer o máximo de conforto para o dia a dia.

A nova coleção está disponível nas lojas oficiais da Adidas.



Store Automação abre 20 vagas em TI e Logística

A Store Automação, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor logístico, anuncia a abertura de 20 vagas para sua fábrica de software, localizada em Barra Bonita, no interior de São Paulo. O objetivo é formar equipes para atender as atuais demandas de clientes e também para projetos futuros.

As vagas são dedicadas a profissionais e estagiários que desejam trabalhar nas áreas de desenvolvimento, suporte e consultoria. Para concorrer às posições disponíveis, o candidato deve enviar o currículo para o departamento de Recursos Humanos da companhia (rh@storeautomacao.com.br) ou ainda para o CVT (Centro Vocacional Tecnológico) da Prefeitura de Barra Bonita (diretoriacvt@barrabonita.sp.gov.br)

Exigências: formação ou curso em andamento nas áreas de Ciência da Computação, Análise de Sistemas ou Logística.



Associação vai ranquear prefeituras amigas da bicicleta

Prefeituras que valorizam o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo serão incluídas no Ranking das Administrações Municipais Cicloamigas (RAMC), lançado pela União de Ciclistas do Brasil (UCB). A proposta do órgão é reunir e divulgar boas práticas em municípios brasileiros sobre a ciclomobilidade.

O ranking será divulgado anualmente e terá como base 21 indicadores voltados ao uso da bicicleta, à frota e à população da cidade. Consolidam critérios relacionados à infraestrutura, recursos humanos, planejamento, promoção e informação.

“O RAMC serve tanto para divulgar as boas iniciativas que estão sendo realizadas pelo Brasil como para cobrar o poder público municipal que não tem levado a ciclomobilidade a sério. Além disso, em longo prazo vai ser possível ter uma visão mais abrangente das políticas municipais em relação à bicicleta. Em suma, uma ferramenta indispensável para o fomento de uma mobilidade sustentável”, afirma Luís Patrício, integrante da UCB e um dos idealizadores do projeto.

O projeto tem DNA colaborativo. Ciclistas e pessoas interessadas no tema poderão participar na alimentação da base de dados que será consolidada quando a UCB tiver informações de uma cidade por estado, no mínimo.

A página do projeto oferece planilha com indicadores para serem preenchidos – acesse aqui. A união também ajuda os cidadãos a solicitarem dados de seus municípios junto à prefeitura via Lei de Acesso à Informação.

Cidades que respeitam ciclista
Mais de 25 cidades brasileiras foram avaliadas na segurança viária oferecida ao ciclista e ao pedestre e Curitiba liderou o ranking com nota média de 5,4, numa escala de 1 a 10. Entre as 13 capitais que oferecem melhor sinalização dirigida a ciclistas, São Paulo é a quarta colocada. Os dados são da campanha Sinalize, promovida pelo portal Mobilize Brasil.

A capital fluminense ficou em segundo lugar. Na avaliação da sinalização que não é voltada aos veículos motorizados, a cidade recebeu média de 4,6. Porto Alegre é a terceira, com média 4,2. Manaus (AM) recebeu a pior avaliação, com nota média de 0,7. Palmas não está na relação.

Veja o ranking e as notas das 13 capitais brasileiras avaliadas no levantamento:

Curitiba (PR) – 5,4

Rio de Janeiro (RJ) – 4,6

Porto Alegre (RS) – 4,2

São Paulo (SP) – 3,8

Belo Horizonte (MG) – 3,6

Recife (PE) – 3,3

Brasília (DF) – 2,5

Natal (RN) – 2,5

Salvador (BA) – 2,1

Cuiabá (MT) – 1,9

Maceió (AL) – 1,6

Fortaleza (CE) – 1,3

Manaus (AM) – 0,7



Sergipe tem redução nas abordagens de motoristas alcoolizados

Sergipe apresentou em 2014 redução de 65,4% nas abordagens de motoristas alcoolizados. O balanço da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), que mostra as infrações mais cometidas no ano passado, demonstra que os condutores estão mais conscientes.

O quadro mostra que em 2014 foram autuados 498 motoristas sob influência de álcool no ano passado, dos quais 304 foram até a delegacia. Já em 2013 foram 762 condutores entre os quais 472 foram presos.

Entre as infrações mais comuns, o motorista sergipano foi abordado por dirigir veículos sem possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por conduzir o veículo com documentação em atraso ou sem o registro. Em 2014, 2.397 pessoas foram autuadas por dirigir sem a CNH ou Permissão Para Dirigir (PPD) contra 3.126, em 2013. A documentação em atraso gerou 2.080 multas no ano passado contra 2.275 em 2013. Já a falta de documentação obrigatória como CRLV e CNH foi a terceira causa mais recorrente em ambos os anos, com 1.422 e 2.424 autuações, em 2014 e 2013, respectivamente.

Para o comandante da CPTran, major Fábio Machado, a queda nas infrações é resultado da  conscientização dos condutores, fruto de campanhas e blitze educativas. “Entretanto, ainda percebemos um número grande de pessoas não habilitadas conduzindo veículos, que acabam colocando a vida de outras pessoas em risco com a grande probabilidade de causar acidentes”, diz.

O comandante da CPTran afirma que outra questão que necessita de mais atenção, embora tenha apresentado queda, é a mistura de álcool e direção. “Ainda há muito a ser feito, pois, principalmente nos fins de semana, são autuados muitos condutores embriagados que colocam a própria vida e a de terceiros em grande risco”, finaliza.



IoT, carro autônomo… é a era Jetsons

Os Jetsons, série animada de TV da década de 60, salta da ficção e  ganha a realidade. Uma das mais recentes provas disso é a Consumer Eletronics Show (CES), que aconteceu no início deste mês em Las Vegas (EUA). Considerada uma das maiores e mais vibrantes feiras de tecnologia de consumo do mundo, ela reuniu nada menos do que 3.600 expositores e recebeu 170 mil profissionais do setor, sendo 45 mil de fora dos Estados Unidos.

Os mais de 2 milhões de metros quadrados da feira organizada pela Consumer Eletronics Association (CEA) transformaram-se na Orbity City, de Hanna-Barbera, com todas as maravilhas inimagináveis. E ainda que não sejamos verdadeiramente Jetsons, a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), mote do evento, certamente está encurtando o abismo para essa possibilidade.

Carro autônomo
Ele roubou muitas das cenas por lá. A começar pela abertura do evento no discurso sedutor do presidente e CEO da Ford, Mark Fields com o anúncio do novo Plano de Mobilidade Inteligente da companhia.

O executivo convocou os desenvolvedores para, junto com a Ford, criarem soluções que proporcionem a melhoria da experiência dos usuários, com maior flexibilidade e colaboração. “Não queremos ser somente uma indústria de veículos, mas também de mobilidade, no sentido de revolucionar a forma como o mundo se move”, disse Fields, para quem o futuro já começa a desenhar a próxima geração de carros totalmente autônomos.

É o caso do Fusion Hybrid (em teste), um carro totalmente autônomo, da Ford, capaz de detectar objetos e algorítimos avançados, que ajudarão a prever o tráfego de pedestres e veículos.

O mais interessante é que Fields não está pensando prioritariamente em sair à frente da concorrência, mas, em especial, “colocar no mercado o primeiro carro autônomo Ford acessível às massas, com o objetivo maior de, efetivamente, melhorar a vida dos usuários”. “É nossa prioridade”, garantiu.

Com certeza, esse é um dos assuntos mais presentes nas pautas das principais montadoras do mundo. Imagine estar a bordo de um carro que faz o percurso sozinho, liberando você (até então o motorista) para contemplar a paisagem e conversar com amigos passageiros sem a menor preocupação. E ainda poder agarrar-se ao smartphone, trocando e-mails, respondendo mensagens, postando fotos, ou mesmo participando de uma conference call ao longo do caminho ou quando está preso no engarrafamento.

BMW e Volvo na nova era
Não por acaso, BMW e Audi tiraram da cartola seus relógios do futuro, os smartwatches, capazes de trazer o carro até o usuário por comando de voz. Sabe quando não lembra onde deixou seu carro em um estacionamento lotado? Ele virá até você – assim esperamos, e sem danos… A CES é mesmo surpreendente.

Fora das fronteiras de Orbity City, ou melhor, da CES, por aqui no Brasil a Volvo Cars realizou no início deste ano, pela primeira em solo nacional, a demonstração do veículo de teste do projeto Drive Me. A intenção é tornar a marca líder em condução autônoma e tornar-se pioneira nessa área.

“Com o carro autônomo, o motorista terá a liberdade de decidir se quer dirigir ou fazer outra coisa nesse tempo, com toda a segurança possível”, explica Jorge Mussi, diretor de assuntos governamentais e serviços ao cliente da Volvo Cars do Brasil, que conduziu o carro nas demonstrações no País.

A empresa acredita que o carro autônomo irá impactar positivamente para a melhoria da mobilidade urbana nas metrópoles, reduzindo acidentes e eliminando grandes gargalos no trânsito. E tem uma meta: em 2017 consumidores estarão dirigindo cem carros em condições reais de uso, por cerca de 50 km em vias selecionadas no entorno de Gotemburgo, cidade-sede da companhia, na Suécia.

“Testar esse tipo de carro em vias públicas nos proporciona informações valiosas sobre os benefícios sociais de ter carros autônomos como parte do trânsito. Nossos carros inteligentes são a parte fundamental da solução, mas uma abordagem da sociedade de forma conjunta é vital para oferecer mobilidade individual sustentável no futuro. Essa cooperação única é a chave para uma implantação de sucesso dos carros autônomos”, explica Erik Coelingh, especialista técnico da Volvo Cars.

T-Systems atenta à movimentação
A empresa, que oferece soluções integradas com Big Data para os veículos conectados, está com a meta de triplicar o número de veículos com a solução de informações por chip no mercado alemão e mira também o Brasil.

“Por aqui, o processo ainda é demorado, leva tempo para materializar. Trabalhamos por meio de casos de sucesso lá fora para preencher as demandas do mercado local. A indústria está pensando nessa solução para vender mais carro sem aumentar o custo”, diz Camilo Rubim, vice-presidente da área de Vendas para a Divisão Automotiva da T-Systems do Brasil.

Segundo o executivo, o público jovem já exige ter recursos de conected car e a competitividade está muito alta. Cada real é valorizado pelas montadoras na missão de oferecer carros mais equipados. “O desafio é trazer mais soluções tecnológicas também para a linha popular. Oferecer aplicativos além do entretenimento, sem onerar o consumidor”, completa.

Tudo pode começar com um chip instalado no veículo para a conexão e permitir coletar informações a todo o tempo sobre as condições do motor, o nível do óleo, a vida útil da bateria, entre outros. Do painel, o motorista terá informações como a melhor rota para chegar ao destino, tempo estimado, como nos aplicativos usados hoje em dia, mais integrados ao veículo e mais seguros, evitando que o motorista se distraia com o celular.

Com o carro conectado, o motorista passa a ter inúmeras possibilidades de acesso: informações sobre a autonomia do veículo, a localização dos próximos postos, o preço do combustível, o céu é o limite, na medida em que as parcerias vão acontecendo no mercado e ampliando o portfólio tecnológico. E vai além: no conceito machine to machine, é possível dar comandos ao carro pelo smartphone. Imagine, ainda no escritório, ajustar a temperatura do ar-condicionado do carro minutos antes de entrar nele. Ou permitir que outra pessoa dirija seu veículo por meio de reconhecimento facial…Jetsons total…

Carro do futuro em tópicos

Suporte – Diagnóstico remoto. Fornecedores poderão avaliar, a distância, as condições do veículo como a durabilidade dos pneus, o nível de óleo e a vida útil da bateria, entre outros.

Relacionamento – A tecnologia aproximará as concessionárias do consumidor, precavê-lo sobre a data da revisão, convidá-lo para o test drive de um modelo novo.

Segurança – O carro conectado possibilita assistência remota de emergência. No caso de um acidente, o carro liga automaticamente para o socorro médico.

Entretenimento – O usuário pode acessar, da nuvem, notícias, vídeos e músicas, redes sociais, entre outros tópicos de interesse, se for por meio de uma internet móvel de qualidade…

Utilidades – Acesso a mapas, condições de tráfego e da pista em tempo real, tempo estimado de chegada, informações sobre vagas nos estacionamentos próximos e até a possibilidade de reservar uma vaga. O motorista terá ainda a vantagem de escolher qual o posto mais próximo pelo melhor valor do combustível.

Entraves – Legislações ainda em tramitação estancam propostas de empresas de efetivar projetos de conectividade para o setor automotivo no País, entre elas, Resolução 245 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que prevê a instalação, de fábrica, de chip para rastrear veículos e coibir roubos e furtos.

 

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Portal Vida Moderna – www.vidamoderna.com.br

Radar Nacional – www.radarnacional.com.br



Cloud e o fantasma da migração

Quando as corporações pensam em cloud computing, a pergunta mais comum já não é se devem ou não migrar, mas sim como e o quê. Embora algumas companhias ainda devam entender melhor os seus ativos de TI e o que pode ou não evoluir para a nuvem. O importante é saber que não existe uma receita de bolo para os processos de migração para a nuvem, mas há massa crítica suficiente no mercado que espelha um conjunto de melhores práticas.

A vantagem é que, dessa forma, é possível minimizar obstáculos e problemas que possam aparecer no decorrer da mudança de plataforma, e isso independe do tamanho ou da área de atuação da empresa, embora o perfil das companhias traga diferentes enfrentamentos ou facilidades. Tanto é verdade que até mesmo empresas globais como a ThyssenKrupp AG, presente em 34 países (Brasil incluso), estão contratando a nuvem como solução.

No total, serão 80 mil computadores e 10 mil servidores alocados na T-Systems em um contrato que chega aos sete anos de contrato e aos três dígitos de milhões de euros. “Quanto mais complexa a TI de uma empresa global, mais se faz necessária a migração para a nuvem. Apenas ela reduz custos e aumenta a eficiência e a flexibilidade da TI”, afirma Reinhard Clemens, CEO da T-Systems e membro do Conselho Administrativo da Deutsche Telekom.

Pelo acordo, nos primeiros meses de 2015, a T-Systems iniciará a migração de processos e serviços de TI dos atuais 700 data rooms e 11 centros de computação da ThyssenKrupp para seus cinco data centers globais. Com isso, os funcionários do grupo poderão facilmente usar seus dispositivos e estações de trabalho para trocar informações e dados em todo o mundo, de forma segura, flexível e móvel.

Enquanto isso, no Brasil
Mas a nuvem não “captura” apenas grandes corporações, ao contrário. “Startups e pequenas empresas já nascem na nuvem, estimulados principalmente pela questão do menor custo envolvido e facilidade de implementação. A flexibilidade e a rapidez na contratação são outros grandes apelos da plataforma”, avalia Claudio Soutto (foto), sócio da área de Consultoria e especialista em TI da Deloitte.

Porém, o executivo faz uma ressalva importante, a escolha do provedor é primordial, ainda mais no mercado brasileiro, no qual uma gama sem fim de empresas fala que oferece serviços de cloud, mas outra parte não possui experiência ou melhores práticas comprovadas. E, pior ainda, coloca em um mesmo “balde” um montante de ofertas que não podem ser qualificadas com essa nomenclatura. “Muita gente se aproveita da onda”, critica.

Feita a observação, tanto Soutto quanto Pietro Delai, gerente de Pesquisa e Consultoria Enterprise da IDC Brasil, apontam que os processos de migração para a nuvem no Brasil atingiram um bom nível de maturidade. Especialmente em projetos na modalidade Software como serviço (SaaS). “Já existem melhores práticas com modelos bem definidos e parametrizados, e mesmo serviços empacotados, que oferecem grande redução de custos e migração rápida e dinâmica”, admite Delai.

Aqui é diferente
No entanto, algumas das melhores práticas globais perdem parte do seu efeito por aqui. “Temos questões locais, como a oferta ruim de serviços de telecom, que inibe ou dificulta projetos na nuvem. Em determinados locais, nem mesmo existe uma conexão confiável e veloz”, explica Soutto.

Mesmo que a indústria possa negar, ainda estamos em processo de construção da infraestrutura de telecom no Brasil. “É algo ainda inerente aos países ou mercados emergentes. O setor de telco é o dobro do de TI no Brasil, e nos países mais avançados o normal é o contrário. E isso também afeta os custos de links confiáveis, bem como o prazo de disponibilidade”, alerta o especialista da IDC.

Setorialmente, também existem obstáculos bem específicos. A indústria, por exemplo, tem problemas para migrar para a nuvem, especialmente por ser dependente de sistemas de chão de fábrica, que precisam de um tempo de resposta predeterminado. Ou mesmo setores e empresas que já eram resistentes ao outsourcing tradicional e seguem com o mesmo discurso sobre cloud.

Mas o setor financeiro lidera a lista dos que resistem bravamente à modalidade. E embora seja tradicionalmente reconhecido como inovador em TI, não arreda pé facilmente do ceticismo em relação a deixar dados valiosos em um lugar sem “endereço físico, CPF do responsável etc” – já confidenciou um CIO de um grande banco no Brasil.

Por esse motivo, grande parte dos sistemas é desenvolvida dentro de casa, sem contar com a alta parcela de processamento em mainframes, inibindo projetos de cloud.

Outro nicho de empresas resistentes à ideia de migração está naquelas que utilizam aplicações específicas. Se uma indústria de autopeças, por exemplo, é usuária de um ERP de mercado, ela é altamente “qualificada” para a mudança de plataforma sem maiores traumas. Ao contrário de um frigorífico, que tem entre os seus processos a “desmontagem” de um boi, pois necessitará de um sistema altamente especializado e alinhado ao seu negócio. Essa pode ser uma barreira para a migração, pois o software não foi pensado ou preparado para a nuvem.

Por outro lado, o comércio eletrônico, ou mesmo os varejistas presentes na web, está cada vez mais se rendendo à nuvem. “A área de comércio é muito impactada pelos períodos de pico, com grande afluência de clientes, e o benefício da elasticidade da plataforma de cloud surge como uma solução. O mesmo acontece com companhias aéreas ou quem têm estruturas massivas de call center”, garante Delai.

Lopes Imobiliária
“O alinhamento dos aplicativos é primordial. E se o negócio da empresa está satisfeito e plenamente atendido, não existe uma premissa para mudar. É preciso ter uma motivação para mudanças, independentemente do tamanho ou setor da corporação”, assegura o executivo da IDC. Outras empresas, no entanto, não podem esperar.

A Lopes Imobiliária, por exemplo, não possuía aplicativos preparados, mas tinha uma grande necessidade de migrar para cloud. “Evoluímos para a nuvem, visando um conjunto de fatores. Um menor custo operacional, a possibilidade de atualizar nosso parque de TI que estava defasado, com garantias dos sistemas expiradas, e também como forma de lidar com os momentos de pico, quando são realizadas campanhas de lançamentos imobiliários”, revela Luiz Moraes, diretor de TI da empresa.

A opção da Lopes por uma nuvem privada, com a hospedagem nos data centers da Alog dos novos equipamentos Dell, deve-se à visão da companhia de que os valores dos serviços tradicionais da nuvem ainda estão caros no mercado. “Mesmo assim, o nosso retorno do investimento (de R$ 3,5 milhões) está programado para 12 ou 13 meses, o que é ótimo. Sem contar com os ganhos operacionais, como uma melhor disponibilidade”, admite Moraes.

Os parceiros de longa data da Lopes entraram com participação bem definida: a Dell forneceu os equipamentos – os servidores PowerEdge 12G e o Storage Dell Compellent SC8000 – que ajudam a empresa também a consolidar a sua operação. Já a Alog cuida do operacional e do suporte das máquinas, com a equipe de TI da Lopes no gerenciamento.

O planejamento, iniciado em julho de 2013, definiu que a migração dos aplicativos de negócios aconteceria entre agosto e outubro de 2014, porém o término da parte mais nevrálgica da operação alongou-se até novembro último.

Moraes admite que os aplicativos não estavam preparados para a nuvem, e precisaram passar por adaptações e homologações ou mesmo atualizações. “A plataforma adotada garante o nosso crescimento dos próximos 5 anos, depois disso devemos migrar totalmente para a estrutura do parceiro, que acreditamos terá uma oferta ainda mais robusta e menos dispendiosa”, projeta.

Grupo Tiradentes
O Grupo Tiradentes, que reúne a Universidade Tiradentes (Unit), Faculdade Integrada Tiradentes (Fits), em Sergipe, e Faculdade Integrada de Pernambuco (Facipe), é uma instituição com 50 anos de história no Nordeste. E, recentemente, identificou a necessidade de tornar mais seguros e disponíveis os dados dos mais de 40 mil alunos com a plataforma da nuvem.

Mesmo com esse traço de tradição – que em alguns casos gera posições conservadoras –, a premissa da oferta de maior segurança foi apenas um primeiro passo para a adoção da moderna plataforma. “O que os acionistas antes consideravam crítico já levamos para a cloud. Agora, estamos caminhando para contar com outros serviços”, destaca Jones Emerson, diretor de TI da Unit.

O crescimento dos negócios e do setor de educação privada no País, que deverá registrar 12 milhões de novas matrículas até 2020, de acordo com dados do governo, é considerado um fator primordial para o investimento. “Nosso crescimento é iminente. E o desafio era contar com um único ponto – seu data center em Aracajú (SE) – para armazenar todo o processamento dos dados da instituição. Precisávamos de um site de contingência para fortalecer a segurança”, lembra Emerson.

Tendo como provedora a Amazon Web Services (AWS), agora a universidade tem na nuvem os sistemas acadêmicos e de administração, como contas a pagar e a receber, folha, controle orçamentário, lançamento de faltas, notas etc.

Depois da migração, a Unit passou por uma prova de fogo e pôde ver, na prática, o funcionamento do backup na nuvem. “Usamos por dois dias nossos sistemas na nuvem, e de forma transparente para os usuários”, conta.

O executivo diz que a operação foi realizada durante o período de matrículas, momento crítico para a universidade. “Realizamos entre 8 mil e 10 mil matrículas por dia no início do ano. O aluno não vem ao campus para esse procedimento, ele faz tudo pela internet. Imagina se tivéssemos ficado sem sistema nesses dias”, questiona.

Outra vantagem ressaltada pela Unit são as possibilidades futuras que a nuvem permite. “O modelo está em linha com nossa estratégia e expectativas. Por isso, estudamos contar com o data center totalmente em cloud”, afirma Emerson.

Maior barreira, a interna
O Grupo Tiradentes quebrou resistências iniciais e a Lopes recebeu de braços abertos a nova plataforma. Mas nem sempre é assim. A cultura interna e as pessoas (de TI ou não) são a grande barreira a ser vencida em processos de migração para a nuvem.

“Não tivemos resistência alguma, conseguimos comunicar e fazer com que as pessoas entendessem a necessidade do projeto, porém sabemos que esse é um fator complicador”, compara Moraes, diretor de TI da Lopes. Afinal, toda mudança que envolve alterações no dia a dia das pessoas precisa ser bem estudada, comunicada e avaliada em seu impacto.

Planejamento é tudo nesse sentido. “Mudar para a nuvem não é como levar um móvel para uma nova casa, e quando falamos em mudar pensamos em melhorar. O Brasil corporativo é conservador em adoção tecnológica, adotamos quando tem um nível de maturidade no exterior. Sofremos um pouco menos porque trabalhamos em uma experiência já criada, porém existe o temor nas pessoas com o novo ambiente, de alterar o que elas sabem ou fazem”, explica Delai, da IDC.

Outro temor associado às pessoas, e que surge tanto antes quanto durante a migração, é o da segurança. “Ainda observamos executivos com essa impressão de que a segurança na nuvem trará problemas, o que não é verdade. Bons contratos, SLAs bem definidos e um projeto gerenciado conduzem a nuvem para oferecer até mais segurança do que o data center tradicional”, compara Soutto, da Deloitte.

Boa parte desses medos é decorrente do desconhecimento da plataforma e de suas possibilidades pelos usuários em geral. “As pessoas ainda não têm consciência do que exatamente é cloud, porém sabem que a empresa precisava modernizar sua plataforma”, comenta Moraes.

O executivo da Lopes pretende fazer um novo comunicado aos usuários para alinhar ainda mais a cultura da empresa em relação à nuvem. No entanto, muitas vezes, o que importa é se os serviços seguem funcionando e, de preferência, melhoraram sua performance e disponibilidade, mais até do que a plataforma simplesmente. “Na migração do nosso CRM, que funciona 24 x 7, ele não saiu do ar em nenhum momento, isso foi uma grande vitória”, relembra.

Gerência da (in)satisfação
Entretanto, a euforia, ou a busca por uma solução, que pode gerar mudanças aceleradas, também traz seus efeitos colaterais. Uma pesquisa da CompTIA com 800 executivos dos Estados Unidos – entre executivos de TI e de negócios – aponta que mesmo após vencerem as barreiras iniciais da computação em nuvem, 24% das empresas voltaram para sistema local.

O principal problema, apontam os especialistas, é a quebra de expectativas. Sejam elas quanto ao serviço oferecido, os custos envolvidos – principalmente os ocultos ou não mencionados nos contratos – ou mesmo o tempo decorrido do início da mudança ou gasto no processo.

“Isto pode vir como uma surpresa para algumas empresas que tinham a expectativa de que a migração inicial e a integração representavam os maiores obstáculos para as operações de nuvem”, afirma Marco Carvalho, agente da CompTIA Brasil. Na verdade, as companhias que passam pelos primeiros vários estágios da adoção vivenciam suas transições em diferentes estágios ou expectativas.

Para driblar essa questão, Claudio Soutto, sócio da área de consultoria e especialista em TI da Deloitte, alerta que antes de iniciar qualquer processo é preciso fazer um bom inventário dos ativos e recursos, incluindo sistemas, infraestrutura e telecom. “Isso permite a montagem e a revisão de contratos e a renegociação ou seleção estruturada junto ao provedor, o que pode render condições de conseguir mais por menos de forma mais inteligente e sem criar perspectivas falsas”, alerta.

É claro que se os serviços contratados ou mesmo a questão do tempo de migração variam muito de empresa para empresa ou mesmo de acordo com o provedor, as corporações podem e devem ter um melhor controle da situação. “Depende muito da complexidade do projeto, quanto maior o número de interfaces, mais complexo e mais tempo ele vai durar. E ter um parceiro para ajudar no processo, uma empresa que pode ser o provedor ou uma consultoria, alguém com experiência, é essencial para conhecer e mitigar os riscos”, explica Delai, da IDC.

É bom saber que a maior parte do custo e do esforço para qualquer projeto de TI normalmente é consumida pela integração, e isso não é diferente na computação em nuvem. “A integração na nuvem pode ser ainda mais desafiadora, pois requer web APIs, muitas vezes desconhecidas pela equipe técnica. Sem contar que que ela também acontece por linhas de negócios, que utilizam aplicativos próprios, e eles podem não se adequar ao sistema como um todo”, assegura Carvalho.

Outra saída para minimizar riscos e frustrações ou mesmo conseguir uma mudança mais efetiva e eficiente é a informação. Ter contato com casos de sucesso, de preferência com isenção, apontados por entidades independentes ou se comunicar com a própria empresa que vivenciou a migração é algo recomendado. E dê preferência a histórias que sejam do seu segmento ou têm alguma similaridade com o negócio da sua empresa. Seguindo sugestões de especialistas e de usuários bem-sucedidos, a migração para cloud pode ser uma tarefa mais tranquila do que se imagina.

 



social business: pense além do Facebook!

Que tal conversar e fomentar negócios com uma comunidade engajada em um tema, ou perfil bem específico, e que se encaixa sob medida no modelo de negócios da sua empresa, produtos e serviços? É o que prometem as redes sociais de nicho, que já somam diversos casos de sucesso no Brasil, batizadas por aqui de “nichadas”.

Elas prometem uma conexão mais orgânica e dinâmica entre empresas e anunciantes com seu público-alvo, muito além das fronteiras do Facebook. Os investimentos no Brasil se multiplicam ao mesmo tempo em que o número de usuários cresce. A Passei Direto, voltada a estudantes universitários, por exemplo, fechou 2014 com 3 milhões de usuários – metade dos alunos matriculados no 3º grau.

O conceito de redes sociais de nicho não é novo, e podemos fazer uma correlação com o próprio Facebook, que antes de ser uma rede social massificada tinha um perfil de público em um nicho bem específico: o de estudantes universitários. Ou mesmo o seu antecessor de sucesso, o MySpace, que em seu início (em 2003) era voltado para a divulgação e fan page de bandas e cantores.

Bem mais recente, em 2012, o consultor Bill Tancer, da Experian, que faz pesquisas globais sobre a web, apontou que a maior tendência na internet no ano seguinte seria a proliferação de redes sociais de nicho, que representam o futuro do social business. Como no Brasil as coisas demoram um pouco mais para acontecer – mesmo no mundo digital –, podemos dizer que em 2014 vimos esse fenômeno ganhar ares de febre – veja ao final do texto algumas das mais interessantes e curiosas redes sociais de nicho brasileiras.

O resultado é que existem redes sociais de nicho – chamadas nos Estados Unidos de niche social network – para quase tudo. De fanáticos por bolos a encontros, a cultores de livros e mesmo para quem nasceu no Rio Grande do Sul ou é conectado à cultura gaúcha.

Mais que consumidores, fãs
“O conceito de nicho, de frações dos segmentos de públicos de massa, era uma tendência prevista. A geração Y – chamada de geração da internet, pessoas nascidas pós 1980 – possui interesses mais fragmentados. E a web permite “nichar” com muita velocidade”, aponta Flávio Yukio Motonaga, consultor e sócio-diretor da líbero+agência de web marketing paulistana.

Com uma diferença: se as redes sociais de nicho não exigem que o usuário fique online todo o tempo ou mesmo não abrigam amigos em profusão, como o Facebook, elas conectam pessoas que compartilham de um mesmo interesse e são extremamente “engajadas”. Ou seja, esse é o pulo do gato: se as empresas conseguirem se comunicar com eficiência, esses usuários podem ser mais que consumidores, eles podem ser fãs e defensores de uma marca ou produto.

Afinal, as social business são poderosas ferramentas de marketing, permitindo a divulgação, troca de informações e a mobilização de seus usuários – como vimos na onda de protestos no Brasil em 2013 – e servindo como um hub para fomentar negócios e conectar corporações a seus consumidores ou possíveis clientes.

Para as empresas, as redes “nichadas” trazem ainda uma audiência qualificada e/ou segmentada, possibilitando o direcionamento de informações ou ações para aquele público específico. O que permite interações muito mais focadas.

Cenário brasileiro
No Brasil, o cenário é de boom no segmento de social business. Com a procura das pessoas por redes sociais, que propiciem uma identificação maior com seus interesses ou grupos, as social business. Algo que ficou ainda mais latente depois do grande “cisma” entre amigos e conhecidos promovido pelas eleições presidenciais no Facebook.

Gabriel Reynard, administrador de empresas e sócio da rede social elaele, que promove conexões e relacionamentos, resume: “Nas redes sociais comuns, existe todo o tipo de assunto, de política a humor, de felicidade a tristeza. Isso faz com que os usuários vejam coisas que não os agradam, o que os obriga a procurarem por algo mais específico de acordo com suas preferências. As redes sociais de nicho são perfeitas, pois há espaço para todos, pois os gostos são diferentes”.

Beatriz Fazolo (foto), coordenadora de Marketing da rede social Passei Direto, analisa o momento como um reflexo do perfil do internauta local. “O público brasileiro motiva-se e engaja-se muito na web, com um componente emocional muito forte. Acho que as redes segmentadas vão trabalhar meio que em paralelo com as grandes, porém com mais foco. O Facebook oferece muita dispersão”, explica.

Da prancheta à web
Mas vamos ao ponto: como criar uma rede social de nicho? A executiva da Passei Direto lembra da origem do projeto. “O Rodrigo (Salvador) e o André (Simões) tinham projetos semelhantes, ambos estudantes da PUC-RJ. O André com o Tripula, também acadêmico, e o Rodrigo munido do objetivo de criar uma rede para conectar pessoas que prestavam o vestibular. Um amigo comum os conectou em 2012 e o projeto saiu do papel rapidamente”, explica.

Como André Simões já tinha a rede praticamente pronta, o próximo passo era conseguir o dinheiro do investimento (veja mais sobre o tema no bloco Empreenda já!). “O André trabalhava no Grupo Xangô e pediu para sair para se dedicar ao projeto, mas eles o convidaram a incubar a Passei Direto com eles. E o André aceitou a oferta”, revela Beatriz.

Em alguns casos, a gênese de um projeto é a resposta para um problema. Tallis Gomes, fundador do Easy Taxi, uma rede social de nicho baseada em um aplicativo que conecta taxistas e usuários, tinha um projeto de rastreamento de ônibus, porém ao se deparar com a falta de táxis em um dia chuvoso carioca, adaptou o sistema e criou a startup.

Em linha com o regionalismo
Outra realidade é montar algo de acordo com seus gostos pessoais. A Skoob (books, livros, ao contrário) é uma rede “nichada” em leitores e cultores de livros, criada como um hobby pelos sócios Lindenberg Moreira e Viviane Lordello ainda em 2009. Em um mês, chegou aos 5 mil usuários e, no final do ano passado, atingiu 1,8 milhão de participantes. “Em 2011, resolvemos transformar o Skoob em empresa”, conta Moreira.

Outra vertente é refletir interesses da localidade na qual a pessoa vive, como é o caso do O Laçador, rede social voltada para gaúchos, cujo nome remete a uma famosa estátua de Porto Alegre (RS). Criada pelo programador João Paulo Bastos, de apenas 29 anos, no final do ano passado, a rede é um desdobramento da página criada por ele no Facebook que chegou aos 14 mil fãs. Algo semelhante, a rede FeiraBook é dedicada à cidade de Feira de Santana, na Bahia.

Com o objetivo de compartilhar assuntos e interesses locais, O Lançador se assemelha muito ao Twitter, algo proposital para que as pessoas se sintam em um ambiente familiar, e traz a ideia de reunir pessoas do Facebook. Por meio de hashtags, o usuário sabe quais assuntos são mais comentados e o que está “bombando” na rede.

Um aspecto curioso, que reforça a ideia regional da rede, está no uso de palavras do vocabulário gaúcho para suas ferramentas. Os emoticons são “emotchês” e o curtir virou “achei tri”, e são usados ícones que remetem ao Internacional e ao Grêmio (times locais) ou mesmo ao chimarrão. Detalhe, são aceitos cadastros de todo o Brasil. Quem entra, pode “laçar” novas amizades.

Curiosidades de lado, é inegável que a história de sucesso das redes “nichadas” mostra uma evolução rápida. A Passei Direto começou no ambiente de seus criadores, a PUC-RJ, e em alguns meses já estava em 40 universidades e depois em todas as instituições de ensino para em apenas dois anos reunir 3 milhões de usuários – com grande influência nas áreas de administração, direito e medicina. “Temos 2,5 mil universidades e faculdades. O cadastro no início era lento, mas rapidamente isso foi ajustado e a rede social ficou muito intuitiva e colaborativa”, lembra Beatriz.

A evolução dos números se reflete na própria maturidade e funcionalidade das redes. O Skoob, por exemplo, lança atualizações constantemente, como a que permite que o usuário monte a sua estante virtual com os livros que leu, releu ou pretende ler. Ou ainda que escreva resenhas, monte históricos de leitura, avaliação de obras ou faça uma lista de desejos, e ainda converse com outros leitores por meio de grupos de discussão segmentados por título, autor ou temas de interesse. Para 2015, a meta do Skoob é expandir para outros países. Pretensão semelhante a da Passei Direto.

“A ideia é sair para outros países, primeiro para a América Latina. Muitos alunos que se interessam e se conectam atualmente são de outros países. Temos muito material de estudo em inglês”, admite Beatriz. Abrir a rede para outros públicos (estudantes), como os de ensino médio, também está na mira da coordenadora de Marketing da Passei Direto.

O ano 2015 promete ser de consolidação do modelo das redes sociais de nicho. “Vislumbro que as que possuem ou consigam alta popularidade vão começar a se capitalizar”, projeta Motonaga, consultor e sócio-diretor da agência digital líbero+. Leia mais em Empreenda Já!.

Engajamento = negócios
Independentemente dos perfis da rede “nichada” ou mesmo dos usuários – que em alguns casos extrapola o tradicional público dominante na web, os jovens de 18 a 35 anos –, o engajamento de seus participantes é algo comum. Eles não estão ali por acaso ou de passagem, e a retenção tende a ser alta assim como sua participação.

É um fato: o usuário das “niche networks” é ainda mais proativo que o integrante comum de redes sociais, e quanto mais de nicho é a ferramenta, isso é ainda mais verdadeiro. O resultado é que as empresas podem e devem extrair dividendos importantes. Mas, cuidado, esse mesmo componente (o alto engajamento) pode também trazer uma alta rejeição à marca ou ao produto se a comunicação não for adequada.

O sujeito que entra em uma social business com o perfil de nicho está em busca de “respostas” para o seu interesse pessoal, garimpando pessoas com o mesmo perfil e mais informação sobre o tema. “Isso vale até mesmo para o WhatsApp, cada vez mais vemos grupos sendo criados lá, e o brasileiro adora fazer parte disso. Nossa cultura mostra isso”, alerta Motonaga, consultor e sócio-diretor da agência digital líbero+.

O especialista faz a ressalva de que a rede social gera negócios ainda de forma indireta no e-commerce – poucas empresas estão efetivamente no Facebook com vendas, por exemplo. Em especial com a criação de fan pages ou institucionais.

Sem afastar o usuário
Outro aspecto gerado pelo alto engajamento é exatamente a resistência à presença de anunciantes e empresas no ambiente da rede social. O que dificulta para o empreendedor monetizar o seu projeto.

“Os donos das startups têm medo de perder o usuário. Mas é o dilema da quantidade ou da qualidade. O visitante pode ser fiel mesmo com a capitalização. O importante é gerar benefícios para os usuários a partir da entrada de empresas no ambiente”, pondera Motonaga. Assim como é possível cobrar por serviços agregados, como fez o LinkedIn – rede social global para contato profissional.

A Passei Direto, por sua vez, ainda está estruturando mecanismos para a monetização, que pode ser por meio de parcerias com empresas de educação ou vídeos premium institucionais. “Mas a partir do momento que isso aconteça, temos de fazer de forma sutil. Não vamos utilizar e-mail marketing, porém precisamos monetizar para nos manter”, revela Beatriz.

Investimento corporativo
Mesmo com a pluralidade de redes sociais, de massa ou de nicho, e com a presença extensiva de usuários, ainda é comum que as corporações não saibam exatamente como e aonde investir no social business. Entretanto, estar nesse ambiente é mandatório.

Criar ou manter reputações, solidificar ou divulgar marcas, informar sobre produtos e criar ou desenvolver demandas para seus produtos e serviços e fidelizar clientes estão entre as possibilidades para as corporações nas redes sociais. E quem largou na frente, colhe frutos direta ou indiretamente em seu business.

Mas como identificar a rede social mais adequada para o seu business? O Facebook é a rede social vital, tanto pelo número de usuários como de oportunidades para as corporações, enquanto o microblog Twitter vem sofrendo abalos e é lembrado pelo seu caráter informativo. Ou seja, para quem possui boa reputação é ótimo. Já o LinkedIn e seu universo formado por profissionais que desejam ampliar suas conexões ou buscar novas oportunidades, pode ser interessante de acordo com o objetivo.

Esqueça Google Plus e Instagram! O primeiro não alcançou relevância e talvez não valha a pena o investimento, e o segundo ainda não tem muitas possibilidades para as empresas, além da mera divulgação da marca. Mas, sem trocadilhos, essa é a “fotografia” do momento e tudo pode mudar.

Números evidentes
O marketing digital é uma realidade, e, nele, as redes sociais ocupam um grande espaço. O Gartner em seu estudo de 2014 revelou que entre as empresas norte-americanas, 10% de suas receitas seriam injetadas no universo digital, quatro vezes mais que os 2,5% registrados em 2012. Um cenário que ganha eco na outra ponta da mesa no Brasil.

Aqui, os internautas ficam 8h29 conectados por dia, e a maior parte do tempo nas redes sociais. E quem ainda não comprou na web faz pesquisas com amigos ou em sites sobre produtos e serviços antes da aquisição.

Investir é mais do que necessário. No entanto, como em tudo na web, é preciso ter ferramentas que façam o acompanhamento e as métricas da sua presença nas redes sociais. Veja se a rede entrega aquilo a que se propõe e traz resultados significativos, não só no curto prazo, mas pelo menos em um tempo médio bem estabelecido.

E onde entram as “niche networks” nesse cenário? “Ainda vejo poucas ações abrindo espaço para as redes sociais “nichadas”. Para quem busca quantidade, essas redes podem não parecer interessantes, mas para quem preza por engajamento e retorno qualitativo, esses espaços são minas de ouro”, aponta Ana Victorazzi, editora-chefe da agência digital Social Content.

Empreenda já!
Muita gente está investindo, mas montar uma rede social de nicho não é algo tão fácil. É preciso pesquisar muito, local e globalmente, entender as necessidades e interesses do público-alvo, ver como essas pessoas se comportam dentro e fora da rede e localizar onde esse público está.

Empreender é complicado no Brasil, até mesmo no meio digital, as pessoas não têm essa cultura e os investidores ainda são tímidos em sua atuação. Isso não impede, claro, que venture capitals e investidores (os angels) comecem a auxiliar na criação e desenvolvimento das redes “nichadas”.

Algumas dicas ou etapas para quem deseja empreender: valide suas ideias com possíveis investidores e/ou com o seu investidor, construa um plano simples de execução com orçamentos detalhados em etapas, execute seus planos, e volte sempre ao contato com seus sócios na evolução do projeto.

Pior, ou melhor, no universo das startups digitais a busca é por negócios que tragam mudança, mesmo sem um referencial correlato. “Tem de ser algo inovador. Tanto é que você traça metas, mas não sabe exatamente quão rápido elas serão atingidas”, completa Motonaga.

A Passei Direto passou por esse momento. “A ideia precisa ser pertinente e convincente. Os sócios do projeto participaram de um evento de educação e os promotores gostaram muito, além do apoio dos universitários: já temos 400 mil artigos, trabalhos e provas que podem ser consultados e 3 milhões de usuários. Isso chama a atenção dos investidores”, garante Beatriz.

Porém, claro, apenas uma minoria das startups consegue sobreviver. “É quase uma utopia, pouca gente acerta o projeto de primeira, e isso exige muito trabalho e envolvimento. O Facebook e o Instagram são brilhantes exceções”, finaliza Motonaga.Quadro:

Redes sociais de nicho brazucas:

Amiguinhos – foco em relacionamentos e encontros amorosos.

Blive – rede social na acepção da palavra, de troca de tempo por ações comunitárias.

elaele – especializada em conselhos sobre relacionamento, paquera, namoro e encontros heterossexuais.

Empreendemia – voltada para empreendedores.

Feirabook – foco nas pessoas e assuntos da cidade de Feira de Santana (Bahia).

FashionMe – voltado para o segmento de moda.

JuntoBox Filmes – comunidade e estúdio de cinema que criam novos filmes.

Kigol – para os amantes do Futebol.

Par Perfeito – outro com foco em relacionamento entre pessoas.

Passei Direto – ajuda os estudantes na busca de informações por meio de troca de conhecimento e compartilhamentos de arquivos.

Skoob – para os amantes da leitura e dos livros.

SouMix – para músicos, com ênfase na criação de músicas colaborativas.

 

 

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O impacto do bitcoin: a nova moeda de troca

* Por Márcia Ogawa

O bitcoin, juntamente com outras criptomoedas, pode ter implicações não só para o setor de tecnologia, em que se concentra grande parte da ação, mas também para outros setores, desde o varejo até os serviços financeiros.

O frenesi do bitcoin parece ter atingido novas alturas ultimamente, estimulado por uma base crescente de usuários, pela volatilidade dos preços e rápida evolução das redes de empresas ligadas ao bitcoin. Notícias de grandes investimentos em equipamentos de “mineração” e a expansão do ecossistema de apoio ao protocolo nos fazem lembrar, em muitos aspectos, uma corrida do ouro – uma analogia facilitada pelas outras semelhanças do bitcoin com o metal precioso.

Os princípios do bitcoin
O bitcoin é uma criptomoeda, uma alternativa digital ao dinheiro tradicional, que depende de criptografia para funcionar. O protocolo bitcoin, um sistema de processos de código aberto, rege a moeda e é fundamentalmente respaldado por uma rede peer-to-peer. Esse projeto também faz do bitcoin uma rede de pagamentos que existe fora do sistema de pagamento tradicional. Ao contrário das moedas mais tradicionais, não há nenhuma autoridade principal por trás do bitcoin. A Fundação Bitcoin, um grupo de defesa, ajuda a respaldar o uso da moeda.

Os primeiros bitcoins chegaram ao mercado em 2009, com valor de praticamente nada em termos de dólares. A complexidade do protocolo limitava o uso a quem tinha experiência com software e um interesse específico em moedas digitais alternativas.

Assim que a moeda amadureceu, um ecossistema de provedores de serviço foi desenvolvido a fim de facilitar as transações para que qualquer pessoa pudesse participar, mesmo quem não tinha conhecimento técnico da moeda.

Esse ecossistema global ainda em crescimento inclui estabelecimentos, processadores de pagamento, soluções bancárias e de carteira digital e plataformas de comércio e câmbio.

O desenvolvimento do ecossistema e a crescente atenção da mídia têm aumentado o interesse geral no bitcoin, estimulando nova demanda (de certo modo especulativa) e elevando o preço de um único bitcoin para mais de mil dólares em dezembro de 2013. Mais recentemente, o preço caiu em resposta à evolução normativa e a problemas operacionais em vários grandes operadores de troca de bitcoins. Como reserva de valor, uma das principais finalidades do dinheiro, a utilidade do bitcoin é atualmente limitada.

A alta volatilidade e um clima normativo incerto impedem-no de ter os benefícios de uma moeda como o dólar, o iene ou o euro. Além disso, quase a metade dos bitcoins é declaradamente detida por menos de mil indivíduos, uma concentração de poder de mercado que lança dúvidas sobre a robustez dos preços do bitcoin. Mas o bitcoin pode ter uma utilidade mais clara pela forma como difere do ouro: o uso como meio de troca direto. Para certos tipos de pagamentos, tais como transferências internacionais de pessoa a pessoa, os baixos custos de transação do bitcoin, seu alcance internacional, a velocidade de transferência e a facilidade de uso, podem torná-lo uma alternativa popular entre alguns segmentos. O impacto potencial do bitcoin é significativo, apesar de uma aceitação generalizada ainda ser um cenário improvável. Para que o bitcoin entre para valer, pelo menos três condições devem ser atendidas: estabilidade, aceitação e confiança.

Uma das principais incertezas enfrentadas pelo bitcoin e por outras moedas digitais alternativas é o ambiente normativo. Normas claras, especialmente em áreas como impostos, contabilidade e lavagem de dinheiro, podem aumentar a aceitação do bitcoin e fornecer uma medida de estabilidade e confiança.

Implicações para os serviços financeiros
Independentemente de essas condições serem atendidas, o bitcoin pode potencialmente permear inovação para uma ampla gama de instituições, inclusive no setor bancário tradicional.

Implicações comerciais
Pagamentos: transferências entre indivíduos por meio do bitcoin são mais rápidas, mais simples e menos caras do que as oferecidas por muitas empresas de serviços financeiros. As empresas podem precisar inovar para manter sua hegemonia nesse espaço.

Implicações institucionais

Estabelecer uma marca forte nas etapas iniciais da tendência de moeda digital alternativa pode trazer vantagem competitiva substancial nos próximos anos, mas as empresas precisam considerar cuidadosamente o leque de resultados. Mudar muito rapidamente pode resultar em excesso de exposição – e constrangimento – se o bitcoin for aceito na cultura predominante.

*Márcia Ogawa é sócia da área de Consultoria da Deloitte, líder das soluções em Analytics no Brasil e especialista no setor financeiro

 

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Evite uma tragédia grega na nuvem

por Fernando Lemos*

 As organizações estão-se preparando para adotar soluções de cloud computing e para isso precisam ter uma estratégia clara e um plano de batalha para ingressar e proteger os negócios na nuvem. Comparada à Odisseia, de Homero, nessa batalha, os CIOs são verdadeiros heróis. Eles precisam estar mais atentos à nuvem da atualidade, implementar controles para proteger aplicativos e informações privadas do possível cerco de hackers e usuários mal-intencionados. Isso explica porque o mercado de serviços de segurança na nuvem deverá alcançar, de acordo com o Gartner, a marca de $3,1 bilhões até 2015, em nível mundial.

Enquanto a Guerra de Troia de Homero foi travada para determinar o futuro do comércio em Helesponto (atual Dardanelos), a batalha cibernética de hoje determinará o futuro do e-commerce e dos serviços de TI na nuvem. Na Ilíada (a introdução à Odisseia), os bens mais valiosos eram joias e metais preciosos. Hoje, nossos bens mais valiosos são os dados e as informações corporativas, diferenciais de negócios, financeiras e dos clientes, bem como a propriedade intelectual. Na realidade, podemos aprender algumas lições com o cerco da antiga Troia e aplicá-las à segurança da nuvem.

Presentes de grego
Depois de perceber que os muros de Troia foram violados, Odisseu (ou Ulissses, na mitologia Romana) construiu um enorme cavalo de madeira, com vários guerreiros inimigos dentro, e entregou como um presente de vitória aos troianos. Na manhã seguinte, depois de aceitarem e trazerem o presente para dentro das muralhas, os troianos depararam-se com a cidade totalmente saqueada. Essa estratégia equivale aos modernos ataques de phishing por e-mail.

Atualmente, usamos o termo “cavalo de Troia” para descrever malwares que obtêm acesso privilegiado a um sistema ou aplicativo. Pesquisadores da University of Wisconsin mostraram como um software em uma parte da nuvem pode ser usado para espionar Tenants (locatários) em outra parte da nuvem. Para detectá-los, as organizações podem usar um software de gerenciamento de acessos, que pode localizar atividades anormais, e um software de controle de acesso privilegiado para gerenciar contas administrativas e de superusuários em sistemas e aplicativos. Aplicando o acesso adaptável, as organizações podem reduzir consideravelmente sua superfície de ataque com um ROI de 106% em 12 meses.

Tal qual Aquiles
Aquiles, o maior herói da guerra, ficou famoso por ser invulnerável, exceto por seu calcanhar. As senhas são o calcanhar de aquiles de muitos aplicativos e sistemas na nuvem. Senhas fracas são o alvo de 80% dos ataques, o que é um problema, pois 40% dos usuários não usam senhas fortes. As senhas são a causa e um alvo frequente quando os bancos de dados são colocados em risco, pois as senhas roubadas podem ser usadas em ataques subsequentes. Com base na minha estimativa, apoiada em várias fontes, muito mais de 60 milhões de senhas foram roubadas de aplicativos na nuvem. A fragilidade é acompanhada pela transmissão das senhas em texto explícito por trás do firewall, onde presume-se que estão em segurança. Esse problema é facilmente resolvido com alguns controles simples, como alterações regulares das senhas, políticas de senhas fortes, Multi-Factor Authentication e Step-Up Authentication.

Atenção aos avisos de Cassandra
Cassandra, princesa de Troia, avisou que os troianos não deveriam trazer o cavalo para a cidade, mas foi ignorada. O termo Cassandra tornou-se uma metáfora quando as pessoas não acreditam ou ignoram avisos válidos, situação que muitos profissionais de segurança já viveram. Em vários ataques cibernéticos havia indícios claros que acabaram perdidos nos detalhes triviais dos dados. Por exemplo, em 69% das violações, a organização vítima foi notificada do ataque por um terceiro. Contudo, a despeito das estatísticas, 35% das organizações que adotam aplicativos SaaS não avaliam a segurança destes. Com algumas soluções simples, as organizações poderiam retomar o controle. É importante o uso de tecnologias capazes de coletar e fornecer uma visão composta dos eventos de auditoria nos aplicativos e sistemas. Esse benefício pode aumentar a visibilidade e a rapidez de resposta a atividades mal-intencionadas.

Proteja as joias da coroa
Depois da queda de Troia, os exércitos gregos saquearam a cidade. Hoje, o incentivo aos criminosos cibernéticos geralmente é de natureza financeira. Os hackers capturam qualquer dado que possa ter algum valor econômico — de números de cartão de crédito e identidade a propriedades intelectuais. A segurança de perímetro não é suficiente. Na maioria das organizações, 66% dos dados mais valiosos residem nos bancos de dados. Apesar disso, um estudo recente da PWC mostrou que 53% das empresas não criptografa seus bancos de dados. Ao mesmo tempo, 43% dos ataques mais graves consistem em injeções de SQL que têm como alvo bancos de dados relacionais. Essa é uma receita para o desastre. Segundo uma previsão recente do Gartner, a criptografia pode reduzir em 30% o custo da segurança na nuvem.

Não lance mil navios ao mar
A Guerra de Troia começou quando Páris de Troia raptou Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Helena era famosa por sua beleza, tanto que seu “rosto lançou ao mar mil navios”. Hoje, esse tipo de excesso está fora de cogitação. Se o custo da segurança ultrapassar os benefícios econômicos da nuvem, o business case cairá por terra. A segurança da nuvem exige uma boa governança de acessos e identidades, e proteção aos bancos de dados.

A moral dessa história é que o sucesso da jornada de TI até à nuvem depende de segurança confiável. A boa notícia é que 97% dos riscos à segurança podem ser evitados e, com a implementação de alguns controles adequados, os ambientes de cloud computing podem ser mais seguros que “as torres descobertas de Ilium”.

*Fernando Lemos é vice-presidente de Tecnologia da Oracle para a América Latina



Como andam as Coisas na Internet?

A distância entre o mundo real e o digital está encurtando a passos largos. Cientistas afirmam que em um futuro muito próximo tudo o que é físico e faz parte do nosso dia a dia estará ligado à web, gerando troca de dados inimaginável entre objetos. Até mesmo nosso corpo terá essa habilidade com a tecnologia “wearable”, chip vestível que concede a função especial a uma mera pulseira ou relógio, camiseta, óculos e outros acessórios. A Internet of Things (IoT), ou Internet of Everything (IoE), que está criando a sociedade conectada, será a grande responsável por interligar todas essas coisas.

Para quem ainda não sabe muito sobre o assunto vale recordar que a chamada web 3.0, a IoT, que chegou depois da internet comercial e das comunicações móveis, promete grande revolução na vida das pessoas e dos negócios. O conceito começou a ser estudado em 1991 e o nome foi definido pelo britânico Kevin Ashton, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), quando fundou em 1999 o Auto-ID Laboratory, com a ajuda da tecnologia de identificação por radiofrequência, a RFID, que protagoniza o funcionamento.

Ashton descobriu que os computadores poderiam observar coisas, olhar, ouvir e até sentir o cheiro do mundo por meio de sensores. A ideia dele era dotar as máquinas de recursos para estabelecer comunicação entre si e realizar muitas das funções desempenhadas por humanos. Começou então a desenvolver sistemas de monitoramento que contassem tudo sobre os objetos, informando, entre inúmeros dados, quando precisam ser substituídos e reparados para ajudar as organizações a reduzirem custos com manutenção e desperdícios.

De lá para cá, a IoT evoluiu, deu os primeiros passos e ganhou impulso com os avanços da banda larga, a popularização dos dispositivos móveis e a disseminação da nuvem. Hoje, quase toda a indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) está envolvida na criação de soluções para alimentar a cadeia da nova internet, como é caso de Intel, AMD, Microsoft, Dell, Samsung, IBM, LG, Ericsson e todas as teles.

Esse é um negócio que desperta o interesse também de outros segmentos da economia, pois a comunicação máquina a máquina (M2M) vai mover objetos de diversos setores como indústrias de manufatura, transporte e logística, saúde, governos, construção civil e varejo.

As coisas e objetos desses mercados vão ganhar identidade própria (endereço IP) e interagir entre si, como se conversassem, trocando ideias [dados].  De forma que possam operar sozinhas. Um exemplo são os carros autônomos que a indústria automobilística está projetando para chegarem às ruas até o final da década com capacidade para trafegarem sem a necessidade de um componente que jamais poderíamos acreditar: o motorista.

A IoT vai estender seus tentáculos invisíveis e interligar processos, pessoas, coisas, e, segundo analistas, gerar economia para as organizações dos setores privado e público. Desse rebuliço, vão nascer produtos e serviços diferenciados para melhor atender ao consumidor e à população em geral. Não é à toa que essa nova rede foi apontada pelo Gartner como o quinto pilar das megatendências de TI ao lado de Big Data, cloud computing, social media e mobilidade.

É uma onda com muitas oportunidades e quem surfar nela pode se dar bem. Pesquisas da Cisco indicam que a IoT vai interligar aproximadamente 50 bilhões de dispositivos até 2020 e movimentar cerca de US$ 310 bilhões. Tem noção da grandiosidade? A IDC é ainda mais agressiva e projeta uma receita global de aproximadamente US$ 3 trilhões, envolvendo todo o ecossistema até o final da década.

Inteligência é o mote
 Hoje, tudo é conectado, móvel e, tem de, ou ao menos se propor, ser inteligente! E é nessa base que a IoT se sustenta. No seu conceito, vai além, ela pode automatizar uma infinidade funções e, por isso, tem apelo em várias áreas. Um deles é o segmento residencial. O Gartner prevê que a casa inteligente terá uma média de 500 dispositivos até 2022 para comunicação e monitoramento de portas, janelas, geladeiras, fogão, ar-condicionado, iluminação e inúmeros objetos do ambiente, já que o céu é o limite quando se fala de aplicações de IoT.

Imagine, convidam os consultores, que a IoT será o alicerce para a construção de edifícios inteligentes, equipados com sensores para diminuir custos operacionais com o consumo de energia por meio da integração dos sistemas de ventilação, refrigeração, ar-condicionado, elevadores e manutenção de outros equipamentos. A ThyssenKrupp, não perdeu tempo, uniu-se à Microsoft para monitorar seus elevadores pela nuvem.

E os Governos também não. Já começam a se apoiar na IoT para a criação de cidades inteligentes. Barcelona foi uma das primeiras cidades da Europa a oferecer serviços virtuais aos cidadãos, usando tecnologias de vídeo e colaboração para permitir à população interagir com a prefeitura, evitando deslocamentos e as entediantes burocracias tão comuns nas repartições locais.

Elas, as cidades digitais, que saltaram das histórias em quadrinhos e ganharam a realidade, usarão a IoT para leituras com precisão do consumo de energia, água, gás, entre diversos serviços públicos. Os estacionamentos mostrarão em tempo real onde há vagas, permitindo que motoristas façam a reserva pelo smartphone ou por relógios inteligentes.

 Revolução nos modelos de negócios
 A Internet das Coisas é o grande trunfo das organizações para vencer o desafio de torná-las digitais, acredita Cássio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisas do Gartner. “Por integrar pessoas e objetos, em sinergia com as outras tecnologias, a IoT pode gerar modelos de negócios incríveis”.

O varejo é um dos segmentos da economia que vai se beneficiar em muito com essa nova onda, avalia Severiano Macedo, gerente de Desenvolvimento de Negócios da unidade de IoT da  Cisco para a América Latina. Ele menciona a implementação de sensores em gôndolas com câmeras de vídeos para transmissão sincronizada de dados sobre vendas e comportamento do consumidor, que vão direto para mãos e mentes das equipes de produção e marketing.

Outra aplicação citada por Macedo é a automação dos processos fabris, como os da indústria automobilística, que vai permitir às empresas informar aos compradores dos carros cada etapa de montagem do seu veículo para fidelizar a marca.

Tudo isso não é novidade na indústria automotiva, que já usa a IoT tanto na fabricação como para prestar serviços aos consumidores, informa Marise Luca (foto), diretora de Soluções de Transporte da Ericsson América Latina.  O carro conectado embarca sensores para informar aos motoristas, entre inúmeras dicas e alertas, quando devem fazer manutenção do seu automóvel, que vai desde a troca de óleo ou substituição de alguma peça como medida preventiva.

“Os consumidores serão avisados, por exemplo, sobre o desgaste de freio e onde há uma oficina mais próxima para resolver o problema”, conta a executiva da Ericsson, que tem projeto de IoT, envolvendo companhias como a Volvo Car Group.

E no Brasil?
 O Brasil tem algumas iniciativas de Internet das Coisas. Dados do Teleco, que monitora o mercado de telecom, revelam que até agosto de 2014, havia no País mais de 9 mil terminais trocando informações M2M. Esse número deverá crescer em 2015 quando entrar em vigor a resolução do Departamento Nacional de Transito (Denatran), que obriga a todos os veículos saírem de fábrica com módulos de M2M embarcados para rastreamento.

Fique atento. Ainda neste ano, passa a valer a norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece o oferecimento aos clientes, por parte de todas as concessionárias de energia elétrica, da opção de instalação de medidores inteligentes. Algumas delas já estão testando o uso de M2M com projetos em consumidores corporativos, como é o caso da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Observadores constantes do potencial de mercado de IoT no País, fornecedores se movimentam para atender à nova demanda do mercado. A Denox do Brasil inaugurou uma fábrica em Betin (MG) para explorar esse nicho. Ela nasceu da empresa nacional Maxtrack, que produz equipamentos para rastreamento de veículos.

“Somos pioneiros no Brasil em Internet das Coisas com soluções de ponta a ponta, enquanto os demais estão mais focados em M2M”, afirma Felipe Ivo, diretor comercial da Denox. Uma das aplicações da empresa são soluções de segurança com câmera e baseadas em biometria, que reconhece o dono da casa, abre a fechadura da porta e traça perfil dos moradores, informando por celular qualquer anormalidade.

A companhia comercializa também tomadas inteligentes, capazes de acionar cafeteiras, microondas e outros equipamentos. Ela já contabiliza uma centena de clientes no País. Os planos para 2015 inclui a presença em 10 mil locais em território nacional. Mas em 2018, a ousadia é ainda maior: esperam contabilizar 1 milhão de pontos com aplicações de IoT.

Na prestadora de serviços brasileira CI&T, sediada em Campinas (SP), a novidade é o espaço “The Garage”, uma espécie de laboratório para IoT, inaugurado em maio do ano passado. Além de desenvolver protótipos, vão buscar capacitação em Internet das Coisas.

Pela gama de oportunidades que a IoT promete, tudo indica que os talentos que se especializarem nessa área terão a carreira valorizada. Por atuar com amplo ecossistema, esse novo mercado vai demandar profissionais com visão multidisciplinar. Especialistas acreditam que haverá espaço para desenvolvedores de software, engenheiros elétricos, designers, especialistas em hardware e principalmente os que dominam as plataformas móveis.

Para formar essa mão de obra, a Telefônica Vivo apoiou-se em parcerias com universidades. A operadora vai inaugurar um centro de pesquisa sobre IoT na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e fechou acordo com Instituto Mauá de Tecnologia de São Caetano do Sul (SP). O objetivo é despertar o interesse dos estudantes de TI para a nova internet, direto na fonte.

 Pedras no caminho
 A IoT promete conquistar espaço no solo brasileiro, mas ainda precisa vencer algumas barreiras. Uma delas é o custo dos sensores ainda considerados alto. O presidente da AMD no Brasil, Roberto Brandão, garante que os processadores, que vão embarcados nas aplicações, estão deixando de ser proibitivos. “Os preços estão caindo e ficarão mais acessíveis com a massificação”, promete o executivo.

Outro esforço da indústria, segundo Brandão, para impulsionar a IoT, é aumentar a performance desses chips e também o tempo de autonomia das baterias, principalmente das embarcadas nos controles remotos para monitorar objetos em residências.

Brandão avalia que esses problemas estão mais equacionados no Brasil, mas considera que a conectividade nas pontas ainda é um desafio. As redes 3G e 4G ainda têm problemas de cobertura fora dos grandes centros, o que será uma pedra no sapato do País para que a nova internet ganhe músculos.

Marise Luca, diretora de Soluções de Transporte da Ericsson na América Latina, considera que a medida do governo federal, regulamentada no ano passado, desonerando impostos da comunicação M2M pelas operadoras de telecomunicações, traz novas perspectivas para a IoT no Brasil. Porém, ela ainda prevê uma grande caminhada para eliminar as barreiras com as questões dos padrões e da infraestrutura de rede.

Os incentivos do governo federal anima as teles, que estão percebendo que a IoT é uma oportunidade de negócios e começam a investir nessa área. Em agosto do ano passado, a Vodafone e a Datora Telecom deram as mãos para atuar no mercado de M2M brasileiro. Embratel e Telefônica Vivo também criaram áreas de negócios em seus impérios para explorar esse mercado. A companhia do grupo espanhol trabalha na formação de um ecossistema no Brasil com parceiros para desenvolver aplicações capazes de conectar objetos e sensores com ajuda da nuvem. Ao que tudo indica, muita gente deve trilhar caminho semelhante. Quem vai se arriscar a deixar a onda gigante passar e não surfar no tubo?



Lool apresenta coleção para o Carnaval 2015

A Lool, marca de acessórios de Luiza Setúbal, acaba de apresentar uma coleção especial para o Carnaval 2015, em parceria com outras duas marcas nacionais: Afigurinista e Tula Casqueteria.

A linha, que conta com acessórios de cabeça e máscaras, perfeitas para serem usadas tanto em bloquinhos de rua, como em festas Black Tie, já está disponível nas lojas da marca, localizadas nos shoppings Iguatemi e JK Iguatemi, em São Paulo.

Lool apresenta coleção para o Carnaval 2015



Schutz realiza promoção especial para o fim de semana

Schutz realiza promoção especial para o fim de semana

A Schutz irá realizar uma promoção especial para o fim de semana, válida somente nesta sexta, sábado e domingo, em todas as lojas da marca. Na compra de um sapato, você ganha 30% de desconto, dois sapatos, 40%, três sapatos, 50% e, a partir de quatro pares de sapatos, 60%, em itens selecionados.



Calvin Klein reedita peças ícone para verão 2015

Calvin Klein reedita peças ícones para verão 2015

De volta às origens, a Calvin Klein resgatou as peças ícone da marca para uma coleção-cápsula especial para o verão 2015.

Além de reeditar os clássicos, a grife, que é reconhecida pelo seu tradicional jeans, também apresentou outras novidades: algumas peças com menos costuras à mostra e outras com texturas emborrachadas, que as deixam com aparência de verniz.

Para entrar de vez na retrospectiva e divulgar a nova linha, Lottis Moss, irmã de Kate Moss (que foi modelo da Calvin Klein por anos) foi fotografada por Michael Avedon.



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