Os profissionais de TI pretendem se movimentar no mercado de trabalho neste ano. É o que aponta o barômetro de TI elaborado pela Page Personnel, de recrutamento especializado de profissionais de suporte à gestão. De acordo com os dados do levantamento, 56% dos consultados avaliam buscar um novo emprego nos próximos 12 meses. Os principais motivos para essa mudança são a falta de possibilidade de crescimento na empresa, o salário abaixo do mercado e as companhias com gestão conservadora. A pesquisa mostra que oito em cada dez profissionais consultados estão empregados atualmente.
Para Ricardo Haag, diretor da Page Personnel, o segmento está na contramão do mercado e os profissionais estão bem valorizados. ”A eficiência, inovação e avanço tecnológico que a área pode agregar para todo tipo de negócio tornam os executivos de T.I cobiçados. Em uma eventual movimentação, esse cenário puxa a remuneração deles para cima”. A pesquisa consultou 1.100 executivos de cargos de suporte à gestão no primeiro trimestre deste ano.
Benefícios e flexibilidade de horário são os aspectos que mais atraem no setor
A remuneração não é o principal motivador para o profissional de TI aceitar uma proposta de trabalho. Os aspectos mais atrativos, ao analisar uma mudança de emprego, são o pacote de benefícios, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e a flexibilidade e horário. Outros pontos que também atraem são plano de carreira estruturado e a oportunidade de atuar fora do país.
“A maioria dos profissionais que compõem o mercado da tecnologia da informação é da geração Y, logo, já era esperado uma mudança nas prioridades e aspirações de carreira de público. Nascidos na era digital, eles buscam feedbacks, desenvolvimento e, principalmente, o que os inspira na sua postura e história profissional”, pontua Haag.
Perfil do gestor ideal
A pesquisa também apontou quais são as características ideais de um gestor da área de TI no país. Segundo os consultados, os superiores devem ser inspiradores, abertos ao diálogo e ter dinamismo nas tarefas do dia a dia. Entretanto, porém, esse público não gosta de trabalhar com lideranças de perfil político, amigo (que compartilha assuntos pessoais) e cauteloso.
Perfil bem avaliado
Inspirador: posiciona-se como exemplo e busca fomentar as melhores práticas de trabalho para o time
Aberto: posiciona-se de igual para igual, e interage com o time aberto para diálogo
Dinâmico: que levanta o ritmo de produção do time, e mantém o ambiente acelerado e/ou estimulante
Perfil mal avaliado
Político: que evita debates e apazigua/concilia relações
Amigo e companheiro: que seja aberto e compartilhe questões pessoais
Cauteloso: que toma as decisões mediante análises e costuma não arriscar
“De modo geral, esses jovens profissionais possuem um bom relacionamento com o gestor, no entanto, não o vê como exemplo e sente falta de dinamismo e comportamento motivacional. Esse conflito de gerações deve ser encarado com naturalidade no mercado de trabalho”, ressalta Haag.
Perfil do profissional de TI no Brasil
– Possui idade média entre 25 e 35 anos, predominantemente do sexo masculino (87%)
– Educação superior básica: mais de 40% não cursou além da graduação
– 63% possui inglês avançado e/ou fluente, e mais da metade afirma ter alguma noção de espanhol
– Desenvolvimento e Aplicações, assim como Infraestrutura e Sistemas, são as áreas com maior expertise no mercado brasileiro.
Funções desenvolvidas na empresa | |
Desenvolvimento de software / aplicacional | 60% |
Infraestruturas / Sistemas | 54% |
Projetos de ERP | 38% |
Pesquisa e/ou investigação | 23% |
Projetos transversais | 18% |
– Os setores mais povoados do mercado são Consultorias de Tecnologia e a Indústria;
Consultoria | 38% |
Indústria | 21% |
Internet/Digital | 19% |
Banco/Seguros | 17% |
Distribuição | 3% |
Start-up | 2% |
Moda/Marcas de luxo | 1% |
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