Home Novidades Notícias Corporativas Nutrólogo dá dicas para evitar intoxicação alimentar na temporada de festas

Nutrólogo dá dicas para evitar intoxicação alimentar na temporada de festas

Nesta época do ano acontece uma abundância de festas de fim de ano e das refeições que as acompanham. Em muitos desses eventos, comidas e lanches são servidos para que todos possam desfrutar durante a festa. No entanto, se o alimento for deixado em temperatura ambiente por mais de duas horas, torna-se muito fácil para os micro-organismos se multiplicarem rapidamente. O médico nutrólogo da Rede MaterDei Santa Genoveva, Cláudio Barbosa, explica as causas e como evitar a intoxicação alimentar.

Para se ter uma ideia, um boletim divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde mostrou que, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019, 37.247 pessoas foram notificadas com doenças transmitidas por água e alimentos no país. Os micro-organismos mais detectados foram Escherichia coli (35,7%), Salmonella (14,9%), Staphylococcus (11,5%), Norovírus (8,3%), Bacillus cereus (7,4%) e Rotavírus (6,95%), entre outros.

A intoxicação alimentar ocorre quando a comida é contaminada por vírus, bactéria, fungo ou protozoário. “Isso acontece por assepsia/higiene inadequada no preparo ou na conservação dos alimentos. Por exemplo, a maionese da noite do Réveillon, que é ingerida no almoço do dia seguinte e não foi armazenada corretamente na geladeira, estraga, ou seja, é contaminada com patógenos que causam doenças. Isso pode acontecer com folhas, saladas, legumes mal lavados, que trazem esses micro-organismos tóxicos ao ser humano”, explica Dr. Cláudio.

O médico Nutrólogo alerta que, dependendo do tipo de micro-organismo que contaminou o alimento, o quadro do paciente pode se agravar. “Pode ocorrer uma gastroenterite, uma GECA (gastroenterocolite aguda), infecção intestinal com diarreia, vômitos, febre, até com risco de óbito. A internação é necessária, não só pelo mal-estar e toxemia, mas também pela desidratação grave que esses quadros mais sérios podem trazer”, explica Cláudio.

De acordo com o médico, no caso desses sintomas acima descritos, o paciente precisa fazer uma alimentação leve e hidratação com isotônico (sal, potássio e açúcar), que pode ser o próprio soro caseiro, sais de reidratação oral e água de coco. Mas o indicado é que esse paciente passe por uma avaliação médica, para analisar se há a necessidade de tratamento com medicamentos sintomáticos, antibióticos (no caso de bactérias) e realização de exames complementares. Nos quadros mais graves, o paciente pode precisar até de internação hospitalar.



Entre os alimentos mais identificados nos surtos investigados nos últimos anos, estão leite e derivados, frutas, produtos de frutas e similares, carne bovina in natura, processados e miúdos, produtos à base de ovos, pescados e frutos do mar.

“Outro fator que contribui para o aumento das intoxicações alimentares no fim do ano é o fato de estarmos no verão e, no calor, a conservação dos alimentos cozidos e assados precisa ser feita de forma muito criteriosa, porque do contrário o alimento se perde. E aí vão crescer nos alimentos as bactérias, fungos, protozoários e vírus, que causam esse quadro gastrintestinal”, afirma Cláudio.

Dicas para o preparo e a conservação de alimentos

Lavar as mãos e as superfícies frequentemente com água morna e sabão durante a preparação dos alimentos;

Usar apenas água e hipoclorito para limpar frutas e legumes;

Impedir que alimentos que serão servidos crus entrem em contato com aves, carnes ou frutos do mar não cozidos, durante as compras ou na geladeira;

Usar uma tábua de corte para vegetais e pão, e outra separada para carnes cruas ou frutos do mar;

Deixar a temperatura da geladeira bem ajustada;

Alimentos congelados nunca devem ser descongelados no balcão, mas sim na geladeira, em água fria ou no micro-ondas, pois bactérias, parasitas e vírus podem crescer rapidamente em temperatura ambiente;

Alimentos perecíveis devem ser refrigerados em até duas horas.

Nutrólogo dá dicas para evitar intoxicação alimentar na temporada de festas



Previous articleProfessora explica sobre as oportunidades de carreira em Pedagogia
Next articleVerão: aumenta o alerta para a prevenção contra o câncer de pele