O conceito de transformação digital tem ganhado força dentro das empresas. O termo engloba as mais disruptivas tecnologias que surgiram nos negócios nos últimos anos e também algo essencial – percepção afinada para romper limites e uma cultura nova por toda a companhia. Por trazer em si mudanças que vieram com a computação em cloud, big data/analytics, redes sociais, etc, seria natural pensar que o principal executivo de tecnologia seria encarregado de abrir os novos rumos para as empresas. Mas não é isso que vem ocorrendo, de acordo com um relatório da consultoria global KPMG.
É possível ver o avanço do conceito. Cerca de 40% dos CIOs (Chief Information Officer – executivos da área de tecnologia da informação) das empresas pesquisadas pela KPMG possuem uma visão digital e uma estratégia de negócio que abrangem toda a organização. Esse percentual revela um aumento em comparação com os 27% do levantamento realizado dois anos atrás. Apesar disso, desse total, apenas 18% são líderes digitais.
Quem está dominando a transformação digital? O relatório “O caminho para a liderança em negócios digitais” (do original, The route to digital business leadership) aponta que são os outros executivos. “As estratégias digitais vem sendo abraçadas pelas áreas de negócios e uma nova gama de cargos”, ressalta o estudo em uma de suas conclusões.
Em outro estudo o, CIO Survey 2017, estão expostas as distorções de como a TI enxerga a transformação digital. “Os projetos de TI são complexos demais; trazem a questão da tecnologia proprietária, uma abordagem excessivamente otimista e falta de clareza nos objetivos. Esses são os principais motivos pelos quais os projetos de TI falham.”
Alinhamento
“O grande desafio dos líderes no mundo tem sido alinhar a estratégia de crescimento das empresas aos projetos de TI, de forma eficaz, e que realmente traga algum retorno para a organização que seja duradouro. Com o avanço constante da tecnologia, muitas empresas de todos os setores ainda estão tendo dificuldade em se posicionar com relação a isso. A área de TI deve deixar de ser uma estratégia de negócio basicamente de suporte e passar a ser uma parte integrante da empresa, proporcionando aos CIOs a oportunidade de trabalhar em estreita colaboração com os parceiros de negócio a fim de conduzir inovação por toda a organização”, analisa o sócio da KPMG no Brasil, Claudio Soutto.
De acordo com o estudo, as líderes digitais apresentam um desempenho melhor em função de quatro práticas que as distinguem das demais organizações: foco em inovação e crescimento; investimento agressivo em tecnologias ágeis e disruptivas; utilização de infraestrutura estável e segura; qualificação para alinhar a estratégia de negócio e a de TI.
“Independentemente de as tecnologias disruptivas serem vistas como uma ameaça ou oportunidade, a necessidade de uma transformação do negócio, viabilizada pelo uso da tecnologia, é uma questão de sobrevivência para alguns negócios e um imperativo estratégico para quase todos os demais”, complementa.
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