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O futuro industrial da internet das coisas no Brasil



Durante a 6ª edição do Growth, Innovation and Leadership Summit, em São Paulo, a Frost & Sullivan apresentou os resultados de seu estudo “O Mercado industrial brasileiro de Internet das Coisas, Cenário para 2021”, publicado em 28 de abril de 2017.

Neste estudo a Frost & Sullivan define IoT como objetos de uso cotidiano — de veículos a equipamentos para cafeterias em hotéis — que são conectados à Internet (comunicação de mão dupla) e que podem estar conectados uns aos outros. A pesquisa exclui IoT e objetos que exigem interface humana. A estimativa de receita se refere a hardware (módulo de conectividade e outros componentes), software e serviços diretamente ligados a soluções IoT.

“A Tecnologia começa a ser embarcada nos produtos, junto com módulos de conectividade, permitindo às empresas extrair informações sobre a experiência do consumidor, analisar e definir ações. É uma revolução centrada no consumidor, direcionada pela transformação digital”, afirma o Diretor de Pesquisa e Consultoria em Transformação Digital da Frost & Sullivan para América Latina, Renato Pasquini, um dos palestrantes do evento.



Em 2016, o mercado de IoT no Brasil atingiu uma receita de US$ 1.346,2 milhões, sendo a indústria automotiva e as manufaturas verticais as mais relevantes.

“A indústria automobilística espera gastar mais em IoT nos próximos dois anos, uma vez que a telemática de veículos comerciais representou a maior parte da conexão M2M no mercado brasileiro no ano passado. A logística e o transporte no Brasil são principalmente baseadas em rodovias por causa da limitada rede ferroviária; roubos de veículos e cargas são a principal preocupação. Empresas de diversos segmentos esperam ter perspectivas melhores em 2017 e retomar suas iniciativas de investimento em tecnologia”, destaca o gerente do programa de mobilidade da Frost & Sullivan, Yeswant Abhimanyu.

Oportunidades
Contudo, há oportunidades significativas em mercados como Smart Cities, Utilities, Agricultura e Saúde.

“Enquanto a indústria automobilística e de manufatura estarão maduras em 2021, a expectativa é que a da Saúde tenha as mais altas taxas de crescimento anual composta (na sigla em inglês CAGRs), gerando uma trilha reversa em outros mercados, começando por negócios B2C, e então envolvendo empresas. Devido à grande regulamentação do mercado de Saúde no Brasil, com várias questões sobre a confidencialidade e segurança dos dados, a adoção pelas instituições de saúde será uma longa jornada. Entretanto, tecnologias voltadas aos pacientes são mais fáceis de serem adotadas, como serviços móveis, apps e dispositivos, que levarão o mercado de saúde B2C a atingir a soma de US$610 milhões em 2020”, completa a Gerente de Pesquisas em Saúde Transformacional da Frost & Sullivan, Rita Ragazzi.

O ecossistema de IoT no Brasil ainda é fragmentado. Há desafios de ampliar a capacidade de consultoria e integração para que as empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação ofereçam soluções ponta-a-ponta em IoT. “Novos modelos de negócios evoluem rapidamente em diferentes mercados no Brasil tanto por meio de empresas estabelecidas, como de startups, gerando um cenário positivo para inovação e co-inovação de soluções para necessidades especificas do País”, completa Renato Pasquini.

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