* Por David Vergara
Ok. Agora que eu tenho a sua atenção explicarei melhor essa chamada. No último mês de março, o ícone da música folk finalmente foi até Estocolmo, mais precisamente até a sede da Academia Sueca, para aceitar formalmente o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 e o valor de 8 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 900.000) que acompanha a premiação.
Acontece que uma de suas mais conhecidas músicas (integrante do álbum The Freewheelin) tem como título “Não pense duas vezes, está tudo certo”. Estou certo de que o ex-Robert Zimmerman não tinha o conceito de segurança em mente quando escreveu esta letra. E, apesar disso, com base em uma recente pesquisa feita no Reino Unido mostrando com que despreocupação os cidadãos britânicos estão baixando aplicativos para seus dispositivos móveis antes de levar em consideração os riscos dos crimes cibernéticos a que se expõem ao agir dessa maneira, eu penso que há uma ampla identificação entre o título do álbum de Dylan e esse comportamento.
A pesquisa, revelada em um artigo da SC Magazine apontou que mais de 25% dos britânicos nunca verificam o quanto é seguro um aplicativo antes de instalá-lo. Fale sobre não pensar duas vezes, mas, espere, ainda há mais. Outro estudo promovido no ano passado pelo desenvolvedor de aplicativos de segurança Promon analisa as responsabilidades tanto do ponto de vista do desenvolvedor como do usuário.
Quando as pessoas são questionadas sobre o quanto elas acreditam que os seus bancos mantêm suas contas e dados financeiros seguros de ataques e roubos, 91% responderam que suas instituições são “de alguma forma capazes, muito capazes ou completamente capazes”. Para sublinhar essa constatação, a pesquisa também apontou que 89% dos participantes admitiram não saber se seus aparelhos foram infectados através de um ataque cibernético.
Em uma descoberta de alguma forma encorajadora, o estudo também revelou que os usuários estão ficando mais cientes dos riscos de ter seus dados pessoais associados ao uso de qualquer aplicativo. Dito isso, há ainda uma considerável expectativa entre os consumidores de que cabe aos bancos ou aos desenvolvedores de aplicativos tomar a iniciativa quando de trata de prevenir ataques de hackers ou de proteger seus dados.
Então, qual é o primeiro passo para os bancos e outros players blindarem os aplicativos? Bem, aqui é onde ganha importância a tecnologia RASP (Runtime application self-protection). Uma solução de software que protege os aplicativos contra os hackers, a RASP gerencia de forma proativa o perigo de um vírus ao prevenir que o aplicativo execute atividades fraudulentas mesmo antes de ele ser iniciado.
Descobrir e reagir
Ela opera assim: a tecnologia RASP é integrada de forma nativa no aplicativo móvel e minimiza os ataques criminosos que têm o aplicativo como alvo. Ela detecta os ataques e, instantaneamente, reage e fecha o aplicativo antes que dados sensíveis sejam comprometidos e empregados em fraudes.
O resultado? A RASP fortalece a segurança do aplicativo ao neutralizar os potenciais perigos e protege dados sensíveis e transferências de valores elevados dos hackers. Mas, e aqui está a chave, a RASP precisa ser planejada e mesmo priorizada na fase de desenvolvimento ou de atualização de um aplicativo. A contrapartida, todavia, é clara: a RASP torna o portfolio de um aplicativo mais seguro e, particularmente os móveis, mais confiáveis.
Consumidores, desenvolvedores ou ambos?
Para definir, afinal, em quais ombros deve recair a responsabilidade pela existência de aplicativos seguros, a resposta realmente só pode ser compartilhada por ambos. Os consumidores necessitam dar maior atenção aos perigos reais dos ataques móveis, onde eles baixam e usam aplicativos com os quais eles não possuem familiaridade. Mas, em última instância, pertence aos desenvolvedores e aos que comercializam aplicativos a responsabilidade de protegerem os consumidores através da oferta de aplicativos mais seguros. E, todos nós já sabemos disso, esperança não é uma estratégia.
Assim, nas palavras do novo (ou quase novo) ganhador do prêmio Nobel de Literatura, se você está baixando um aplicativo de um distribuidor que emprega a tecnologia RASP “não pense duas vezes, está tudo certo”.
chefe global de Marketing de Produtos da Vasco Data Security International
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