Por Eliezer Silveira Filho *
Achou curioso este questionamento? Pois saiba que um projeto de transformação digital pode nascer curiosamente após um café, pois ambos têm a ver com bate-papo, criação de novas conexões e compartilhamento de ideias.
Afinal, ninguém muda o mundo sozinho, e nada melhor do que um café para estabelecer uma relação afetiva com o outro em busca de conhecimento e alternativas para ambientes cada vez mais conectados, complexos, incertos e voláteis.
A partir de uma boa conversa sobre desafios e oportunidades para se digitalizar e promover experiências diferenciadas para o cliente, é hora de definir prioridades e se organizar para implementar soluções que tenham a ver com sua estratégia de negócios.
Muitas vezes, para se transformar, é preciso romper padrões e compreender que cada ser humano é único, e que sem diversidade não existe inovação.
Acredito que as empresas só vão reconhecer os problemas da sociedade se trouxerem para dentro perfis diferentes, que poderão se complementar. A transformação digital não acontece apenas com a implementação de novas tecnologias, mas com a mudança cultural, que muitas vezes está relacionada ao propósito da organização.
O ideal é que as lideranças criem ambientes que permitam conectar propósitos individuais ao da empresa, empoderando os colaboradores como protagonistas desta grande mudança.
A partir do momento que cada um tem seu espaço de poder estabelecido, as relações tornam-se mais inspiradoras e construtivas, estimulando um cenário onde a inovação emerge de maneira espontânea para trazer soluções e gerar impactos significativos para a sociedade.
Quando desenvolve um produto ou um serviço, você está buscando atender a uma necessidade da população, que não necessariamente é a sua ou das pessoas com quem convive. Por isso, a inclusão é uma forma de conhecer e abordar cenários diversos, que poderão impactar positivamente o seu negócio. Diversidade é, portanto, condição, causa e consequência para inovação.
Mesmo com a utilização de novas ferramentas para tornar os processos mais ágeis e eficientes, é importante que as empresas não deixem que o mundo digital acabe com o que temos de melhor: o humano.
Daí a necessidade de equilibrar a relação entre a tecnologia e o homem para que possamos desenvolver espaços mais empáticos, colaborativos e inclusivos. A própria Inteligência Artificial pode ajudar a superar preconceitos, quando especialistas humanos, devidamente orientados, criam, treinam e refinam seus sistemas
E não esqueça: o café pode ser um bom pretexto para iniciar essa jornada de transformação, que deve considerar a diversidade como um potencializador de projetos criativos e com melhor eficácia em inovação.
* Eliezer da Silveira Filho é CMO da Azion